segunda-feira, 24 de março de 2008

SEGUNDA-FEIRA DE PÁSCOA (OITAVA DA PÁSCOA)




A oitava de Páscoa foi de preceito nos primeiros tempos. No primeiro dia da semana fazia-se a estação em São Pedro, junto do túmulo do príncipe dos Apóstolos.




A Epístola é um trecho do seu discurso, em que nos fala da Ressurreição do Senhor e de quem fora das primeiras testemunhas. O Evangelho relata-nos a aparição de Jesus a Pedro e aos discípulos de Emaús.




Os neófitos, e nós com eles, devemos todos afirmar como Pedro a nossa fé em Jesus Cristo e na sua Igreja, e, alimentados, com o mesmo pão e com mesmo vinho, procurar reintegrar-nos como corpos vivos na vida uma e unificante do redentor.

Evangelho do Dia:

Continuação do Santo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo Segundo São Lucas: Naquele tempo:
Nesse mesmo dia, dois discípulos caminhavam para uma aldeia chamada Emaús, distante de Jerusalém sessenta estádios.
Iam falando um com o outro de tudo o que se tinha passado.
Enquanto iam conversando e discorrendo entre si, o mesmo Jesus aproximou-se deles e caminhava com eles.
Mas os olhos estavam-lhes como que vendados e não o reconheceram.
Perguntou-lhes, então: De que estais falando pelo caminho, e por que estais tristes?
Um deles, chamado Cléofas, respondeu-lhe: És tu acaso o único forasteiro em Jerusalém que não sabe o que nela aconteceu estes dias?
Perguntou-lhes ele: Que foi? Disseram: A respeito de Jesus de Nazaré... Era um profeta poderoso em obras e palavras, diante de Deus e de todo o povo.
Os nossos sumos sacerdotes e os nossos magistrados o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram.
Nós esperávamos que fosse ele quem havia de restaurar Israel e agora, além de tudo isto, é hoje o terceiro dia que essas coisas sucederam.
É verdade que algumas mulheres dentre nós nos alarmaram. Elas foram ao sepulcro, antes do nascer do sol;
e não tendo achado o seu corpo, voltaram, dizendo que tiveram uma visão de anjos, os quais asseguravam que está vivo.
Alguns dos nossos foram ao sepulcro e acharam assim como as mulheres tinham dito, mas a ele mesmo não viram.
Jesus lhes disse: Ó gente sem inteligência! Como sois tardos de coração para crerdes em tudo o que anunciaram os profetas!
Porventura não era necessário que Cristo sofresse essas coisas e assim entrasse na sua glória?
E começando por Moisés, percorrendo todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava dito em todas as Escrituras.
Aproximaram-se da aldeia para onde iam e ele fez como se quisesse passar adiante.
Mas eles forçaram-no a parar: Fica conosco, já é tarde e já declina o dia. Entrou então com eles.
Aconteceu que, estando sentado conjuntamente à mesa, ele tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e serviu-lho.
Então se lhes abriram os olhos e o reconheceram... mas ele desapareceu.
Diziam então um para o outro: Não se nos abrasava o coração, quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?
Levantaram-se na mesma hora e voltaram a Jerusalém. Aí acharam reunidos os Onze e os que com eles estavam.
Todos diziam: O Senhor ressuscitou verdadeiramente e apareceu a Simão.
Eles, por sua parte, contaram o que lhes havia acontecido no caminho e como o tinham reconhecido ao partir o pão.

Lefebvre, Dom Gaspar. Missal Quotidiano e Vesperal. Bruges, Bélgica; Abadia de S. André, 1960.

Nenhum comentário: