sábado, 31 de março de 2007

SOLENIDADE DO DOMINGO DE RAMOS (Início da Grande Semana)




É o Domingo que precede à festa da Páscoa e dá início à Semana Santa. Antes da missa principal se realiza a benção dos Ramos com a procissão. Desta benção e desta procissão, já encontramos vestígios claros no século no século V. Se deveras queremos compreender a liturgia deste domingo, cumpre colocarmo-nos bem no meio do cenário onde vai se desenrolar o doloroso drama, e para para que possamos atingir esse objetivo, útil será recordarmos os acontecimentos dos últimos dias de vida do Divino Salvador na terra.Jesus, à frente de uma romaria, vai de Jericó a Betânia, onde os hospedam com seus amigos Lázaro, Maria e Marta, que para o homenagearem dão um banquete. É nessa ocasião que Maria unge com perfume a cabeça de Jesus. Indignado com o "desperdício" Judas rompe com seu Mestre. Muita gente vai a Betânia para ver Jesus e Lázaro, que fora ressuscitado. Com esta mesma multidão Jesus, no dia seguinte, parte em direção a Jerusalém, passando pelo Monte das Oliveiras. Festiva é sua entrada, como narra o Evangelho. O povo aclama o Messias e honras dignas de um Rei são-lhe tributadas, enquanto os fariseus, cada vez mais se enraivecem. Comtemplando a cidade, Jesus chora, lastimando-lhe a infelicidade e a sorte triste que a espera. Entra solenemente no templo, mas nesta mesma tarde volta para Betânia.Em Jerusalém, no IV século, lia-se neste Domingo e no lugar do acontecimento a perícopa do Evangelho que refere a entrada apoteótica de Jesus na Cidade Santa, acalmado pelas turbas como Rei de Israel. Depois um bispo montado num jumento, ia ao monte das oliveiras e à Igreja da Ressurreição, acompanhado pelo povo com palmas nas mãos, aos cantos de hinos e antífonas. A Igreja de Roam adotou este costume por volta do século IX e juntou-lhe a benção de ramos. Nas vésperas da semana santa vemos que a Fé resistiu a passagem das correntes filosóficas e das heresias que tentaram retirar o caráter divino de Cristo e destruir sua Igreja. Aproveitando que muitos dos cristão católicos por desconhecerem os fundamentos de sua própria fé, se deixaram levar pelos erros e pelos caminhos tortuosos da heresia. Nós como cristão devemos nos aprofundar melhor na fé e buscar com o coração as virtudes que Cristo nos convida a utilizar em favor de toda o Igreja. A fé é vista pelos racionalistas ateus como algo meramente mitológico e irracional fruto do sentimentalismo humano, sendo que sabemos que isso não é verdade. Ha ainda uma ignorância muito grande em relação aos fundamentos e bases do catolicismo, que justamente aqueles que tentam desestruturar, desconhecem. A mídia é uma grande divulgadora destas correntes de pensadores que desconhecem até o que procuram destruir. Busquemos no fundamentar e conhecer melhor a fé que professamos e rezemos para este mundo que mesmo depois de dois mil anos da paixão e morte do divino salvador ainda está mergulhado nas trevas e a fechar seus olhos para as verdades que cristo nos veio revelar.

domingo, 25 de março de 2007

V Domingo da Quaresma - I Dom da Paixão




Hoje a Igreja celebra o dia do Senhor com a liturgia do V domingo da quaresma que é conhecido na liturgia tradicional como o I domingo da Paixão de Nosso Senhor. Faltando apenas duas semanas para a Páscoa a Igreja convida aos fiéis a refletirem sobre o mistério da Cruz.
O V domingo da quaresma que segue o domingo laetare é um domingo de maior recolhimento de maior centralização de nossos corações ao mistério da Cruz do redentor. Neste domingo em especial se cobre as imagens dos santos e os crucifixos com panos de cores sombrias (roxo ou preto), já que ao nos aproximarmos da semana santa, a paixão de Cristo exerce um eclipse sobre a devoção dos santos que devem ser esquecidas temporariamente para darmos a atenção ao sofrimento e a dor do santo dos santos que se aproxima. Também seria neste momento da quaresma que a penitência torna-se mais intensa e as orações se multiplicam em reparação pelos pecados cometidos pela humanidade. Celebremos este domingo lembrando que se aproxima a imolação do cordeiro imaculado que irá expiar os pecados da humanidade. Entreguemos nossos corações a meditação dos mistérios da paixão e morte do Senhor, para assim com ele morrendo para o mundo, as trevas e o pecado, um dia ressuscitaremos com ele para a vida eterna.

sábado, 10 de março de 2007

Em tempos de Crise.




Em meio a crise do mundo ocidental, que muitos insistem em dizer que não existe, uma pergunta que ronda os corações dos cristãos seria, qual sua a postura ou posição em relação aos fatos que estão apontando para um futuro incerto e sombrio. Vemos todos os dias notícias referentes ao aquecimento global que trará mudanças climáticas catastróficas e irreversíveis para a humanidade em todo o planeta, mas não paramos para pensar que tal aquecimento global é causado pelo estilo de vida que incorporamos ao nosso modo de viver desde o início do século. O apelo ao consumismo pelo consumismo em uma vida enraizada pelo materialismo do capitalismo moderno, e pelo egoísmo humano nele incorporado, veio trazer uma forma nociva de comportamento e de vida que não só tem causado sérios danos ao meio ambiente mas sobretudo a convivência e a ordem nas sociedades.
Uma grande crise sofre o mundo ocidental que perdeu um dos seus grandes alicerces, o Cristianismo. Essa crise verifica-se nas famílias desestruturadas na delinqüência juvenil que cada vez mais cedo tem levado a criminalidade jovens e adolescentes. Essa crise pode ser vista no clero da Igreja que tem sido notícias infelizes de escândalo sexuais envolvendo torpes casos de homossexualismo e pedofilia. Sendo que a crise do clero é vista também sobre o "novo modo de cristianismo" que é a apresentado com influencias do marxismo e até do protestantismo pentecostal. A crise é ainda visível quando vemos jovens e adolescentes entregues as drogas e a prostituição, e muita das vezes entram nesse mundo através da influência da mídia que usa da sensualidade para obter audiência e assim ganhar dinheiro através das mazelas da sociedade. Observamos a crise quando vemos as inúmeras seitas religiosas que pregam um "cristianismo a seu estilo", que invadem cada vez mais nossa sociedade com suas doutrinas permissivas e fruto do "materialismo religioso" onde Deus é obrigado a atender os seres humanos em suas egoístas necessidades materiais.
Poderia citar inúmeros casos que demonstram que o mundo de hoje está doente e que precisa urgente de ajuda, mas cabe ao nosso leitor olhar em volta e observar que tais citações não estão nem um pouco longe, e que não são nem um pouco exageradas. Sabemos que quem defende as questões ecológicas são merecedores de ganhar destaques e elogios, mas os que defendem a moral e os bons costumes geralmente são chamados de hipócritas e excêntricos. Esses esquecem de que se o meio ambiente está sendo afetado isso se deve ao fato de vivermos num mundo sem moral e sem valores éticos que façam com que os homens tenham o mínimo de bom senso para manter a ordem e a convivência saudável na nossa sociedade.