
Pertencem a Deus todas as horas da nossa existência, como o nosso ser por inteiro. Era lógico que fossem de todos os instantes o culto divino. Por outra parte, não é possível a prece ininterrupta, por causa das múltiplas exigências da vida. Nem todos podem orar a todo momento. A Igreja supre esta deficiência determinando:
a)horas especiais consagradas à prece divina - b) Designou representantes da sociedade cristã, delegadas que se incumbissem de, em nome dela, falar com Deus. - c) Finalmente, pôs nas mãos destes ministros escolhidos um livro de preces de uso regulado por certo número de rubricas: é esta a origem do ofício divino ou, por outra, do Breviário.
Horas da prece pública - Note-se, primeiro, que é anterior ao cristianismo o costume de rezar publicamente uma hora qualquer. Não erraria quem afirmasse que ascende ao berço do mundo. Não lemos na sagrada escritura que Enós, neto de Adão, "já invocava o nome do Senhor"? (Gen 4, 26). Entretanto, quem deu maior impulso a prece pública pela composição de Salmos admiráveis, destinados aos cânticos do templo, foi o santo Rei Davi. Bastava, portanto, que a Igreja imitasse os exemplos da antiga Lei. Assim o fez. Limitou-se a que horas deveria ser consagradas as preces públicas, aproveitando assim as práticas que já estavam em vigor, com a divisão do tempo, existente nessa época entre os romanos e os judeus.
Para fins de religião, os judeus contavam o dia desde o pôr do sol até o outro. Por exemplo, o sábado, começava na tarde da sexta-feira, indo até a tarde do sábado. No aspecto legal, para f
ins civis, o dia e noite constavam, respectivamente, de 12 partes iguais: o dia, do nascer ao por do sol; à noite, do por do sol ao nascer.
ins civis, o dia e noite constavam, respectivamente, de 12 partes iguais: o dia, do nascer ao por do sol; à noite, do por do sol ao nascer.Também as 12 horas da noite se dividiam em 4 vigílias, de 3 horas cada: a 1ª vigília, das 6 da tarde (18h) às 9 da noite (21h); a segunda vigília, das 9 das noite (21h) até a meia noite (00h); a terceira vigília começava à meia noite até às 3 da manhã; e a 4ª vigília das 3 da manhã até às 6 horas da manhã. Começava então o dia repartido, da mesma forma, em quatro períodos de três horas. Cada período tinha um nome inicial: daí o nome de prima (primeira hora) para a primeira parte; tertia (terceira hora) para a segunda parte; sexta (sexta hora) para a terceira parte; noa (nona hora) para a quarta parte.
Conformada com esta divisão do tempo, a Igreja estabeleceu dois ofícios: Ofício da noite e Ofício do dia. Aquele ofício que tinha antes o nome de Ofício das Vigílias, com três noturnos, segue-se-lhe agora com a prece da aurora ou da manhã, chamada por isso de Matinas. Mais tarde, deram às vigílias o nome de Matinas, e às Matinas o de Laudes.
O Ofício do dia constava-se de: - a) Prima; -b) Tértia; - c) Sexta; - d) Noa; - e)Vésperas, canto da tarde como Laudes era o canto da manhã; - f) depois ajuntaram a hora de Completas.
Há duas classes de pessoas confiadas a esta obrigação de orações, com caráter especial, são confiadas pela Igreja, e
sta missão importantíssima da prece pública, junto de Deus, aos religiosos e religiosas nos conventos, e os cônegos do capítulo. Fora estas duas classes os clérigos que já receberam as ordens sacras tem de recitar o breviário, sob pena de pecado mortal. Na Igreja latina, estas obrigações poderiam ser dispensadas por motivos graves (doença, serviço urgente).
sta missão importantíssima da prece pública, junto de Deus, aos religiosos e religiosas nos conventos, e os cônegos do capítulo. Fora estas duas classes os clérigos que já receberam as ordens sacras tem de recitar o breviário, sob pena de pecado mortal. Na Igreja latina, estas obrigações poderiam ser dispensadas por motivos graves (doença, serviço urgente).Não se sabe ao certo em que época se impôs aos padres a obrigação de rezar o ofício. Não se pode afirmar que fora de origem apostólica. O que está bem averiguado é que, já no século III e IV, existia o uso de rezar salmos e orações em determinadas horas.
Fonte: Doutrina Católica - Manual de instrução religiosa para uso dos Ginásios, Colégios e Catequistas voluntários - Curso Superior - Terceira parte - Meios de Santificação - Liturgia - Livraria Francisco Alves - Editora Paulo de Azevedo Ltda - São Paulo; Rio de Janeiro; e Belo Horizonte - 1927
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