quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Retrospecto do mês: Uma análise dos acontecimentos do mês de Outubro e seus antecedentes.

Encerrando Hoje o mês de Outubro na Véspera de Todos os Santos e da comemoração de todos os fiéis defuntos, peçamos a Deus que ilumine as almas dos que se encontram nas tormentas do purgatório e agradeçamos ao Senhor por mais um mês que finda e por mais um que se inicia. Invoquemos a intercessão de todos os santos para que Deus nos socorra em nossas necessidades materiais e espirituais. Peçamos também em nossas orações para que a Igreja de Cristo se reerga novamente neste mundo mergulhado nas trevas do relativismo e da apostasia.


O mundo e o Brasil, como sabemos, está em um processo de descristianização. Este processo está sendo liderado pela grande elite reinante de intelectuais anticatólicos de cunho esquerdista e anarquista. Essa elite está presente na mídia, nas artes e na política. Naturalmente divulgam suas idéias pelos meios de comunicação a população menos instruída e assim que conseguem apoio popular suficiente, em nome da democracia, fazem a maioria "engolir" os seus valores precários.



Voltou-se a argumentar a favor do aborto em nome do fim da violência. Como se filhos de pobres fossem todos marginais e assassinos. Isso demonstra a frustação de egoístas e antiéticos, que ao fazerem tais declarações, demonstram que são hipócritas e preconceituosos. Todos nós sabemos que a maioria esmagadora que mora em favelas e comunidades carentes não são de pessoas criminosas ou que tenham ligação com o crime, mas de sim de pessoas trabalhadoras, que lutam por seus objetivos, e que tentam sustentar suas famílias neste mundo de futilidades criado pelas camadas mais favorecidas da sociedade. Estamos num mundo em que os grandes empresários e a mídia transformaram tudo em propaganda e produtos de consumo. Ora, é óbvio que um jovem ou uma jovem ao ver membros de classes mais elevadas, consumirem produtos fúteis como algo de valor, também irão sentir a necessidade de consumi-los. Como não dispõe de uma renda equiparada para tal feito, irão optar ou pelo trabalho, ou por uma forma mais fácil de se conseguir. O que vai ser fundamental para o indivíduo na hora da escolha será sua base primária, a família.



O problema fundamental do Brasil é a família. Muitos alegam que a base de um indivíduo é o seu grau de escolaridade. O que é uma bobagem, pois todo sociólogo sério concorda que a base de um bom indivíduo será a família. Sua família é sua primeira sociedade, ao qual você terá a base comportamental para lidar com os demais membros. Se a família é desestruturada, o indivíduo terá sua formação de caráter afetada e poderá assim refletir suas frustrações aos demais indivíduos. Isso é algo que se deve refletir bastante, pois se trata da formação de seres humanos, que ocuparão no futuro um lugar fundamental na sociedade. Os valores transmitidos de pais para filhos são fundamentais como: educação, bons modos, ética, moral, caráter, etc. Se a família não transmite tais princípios, principalmente nos primeiros anos de vida deste indivíduo, ele terá problemas, dependendo do grau quantitativo, de como se encaixar e de como se comportar diante da sociedade e dos demais membros. Por tanto a educação não é a base exclusiva na formação e sim está na base que é a família. Justamente a família que mais tem perdido nos últimos anos com os ataques de idéias anti familiares. Se a família vai mal, a sociedade também vai mal, já que a célula da sociedade é a família.



Espero que declarações mais sensatas e mais responsáveis saiam da boca de nossos dirigentes, que ao invés de trabalharem em prol de uma sociedade mais justa e igualitária, defende a destruição de valores que são extremamente fundamentais para a ordem e a concórdia na sociedade. Esperamos também que os eleitores brasileiros sejam mais sensatos na hora de votar. Não escolham candidatos de última hora, somente pelo fato de serem obrigados a votar, mas escolha sim candidatos sensatos. E acompanhe seus eleitos, para que eles tenham a certeza de que estão sendo vigiados, para que eles sejam vigilantes não somente em suas declarações mas também no cumprimento de suas funções diárias.

Catecismo Online: "Padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos, foi cruscificado, morto e sepultado".



Pela declaração de "não conhecer outra coisa senão a Jesus Cristo, e por sinal de crucificado" (1Cor 2,2), o Apóstolo acentua a grande necessidade de conhecermos este artigo, e o zelo que se deve ter os fiéis ao meditar a Paixão de Cristo.





A primeira parte deste artigo nos propõe a crer que Cristo Nosso Senhor foi crucificado, quando Pôncio Pilatos governava, em nome de Tibério César, a província da Judéia. Fora encarcerado, escarnecido, coberto de toda a sorte de opróbrios e tormentos, e finalmente pregado no madeiro da Cruz.




Ninguém deve supor que a parte inferior de sua alma ficasse isenta de torturas. Uma vez que Cristo assumiu, realmente, a natureza humana, força a reconhecer que também na alma sentiu dores fortíssimas. Esta é a razão de ter dito: "A minha alma está triste até a morte" (Mt 26,38).





É certo que a natureza humana estava ligada a Pessoa divina, mas nem por isso deixou de sentir menos amargura no momento da paixão. Era como se tal união não existisse; na pessoa única de Jesus Cristo se conservam as propriedades de ambas as naturezas. Por conseguinte, o que era passível e mortal continuou a ser passível e mortal; por sua vez, o que era impassível e imortal - como cremos ser a natureza divina - conservou suas propriedades.





Neste artigo, notamos como insiste em indicar que Jesus Cristo sofreu durante o tempo que Pôncio Pilatos governou a Judéia. Outra informação referente ao assunto seria que tais indicações provassem como
realmente se cumpriu a predição de Nosso Senhor: "Entregá-lo-ão aos gentios", disse ele, "para ser escarnecido, flagelado e crucificado".





Devemos atribuir a um designo de Deus que Cristo, para morrer, escolhesse o madeiro da Cruz. Foi para que dali mesmo renascesse a vida, por onde tinha vindo a morte". Com efeito uma serpente que através de uma árvore vencera os nossos primeiros pais, foi vencida por Cristo na árvore da Cruz.





Poderíamos, ainda, alegar muitas outras razões, que os santos padres desenvolveram mais largamente, e por elas demonstrar, quanto convinha que Nosso Senhor sofresse, de preferência, a morte na Cruz.





Não eram os pagãos, os únicos a verem com repulsão o suplício da Cruz. A própria lei de Moisés chama de "maldito o homem que pende do madeiro" (Deut 21,23; Gal 3,13).

(Fonte: Catecismo da Igreja Católica - Ed. Vozes - 1962)

Novena das almas do Purgatório: 8º dia

Umas das doutrinas heréticas mais divulgadas e defendidas pela mídia, é a Reencarnação das almas. Doutrina pagã que se expande de forma devastadora no nosso país católico. A doutrina de Cristo é clara contra a reencarnação, como veremos nas passagens a seguir: "Então o Reino dos céus será semelhante a dez virgens, que saíram com suas lâmpadas ao encontro do esposo. Cinco dentre elas eram tolas e cinco, prudentes. Tomando suas lâmpadas, as tolas não levaram óleo consigo. As prudentes, todavia, levaram de reserva vasos de óleo junto com as lâmpadas. Tardando o esposo, cochilaram todas e adormeceram. No meio da noite, porém, ouviu-se um clamor: Eis o esposo ide-lhe ao encontro. E as virgens levantaram-se todas e prepararam suas lâmpadas. As tolas disseram às prudentes: Dai-nos de vosso óleo, porque nossas lâmpadas se estão apagando. As prudentes responderam: Não temos o suficiente para nós e para vós; é preferível irdes aos vendedores, a fim de o comprardes para vós. Ora, enquanto foram comprar, veio o esposo. As que estavam preparadas entraram com ele para a sala das bodas e foi fechada a porta. Mais tarde, chegaram também as outras e diziam: Senhor, senhor, abre-nos!
Mas ele respondeu: Em verdade vos digo: não vos conheço! Vigiai, pois, porque não sabeis nem o dia nem a hora" (Mateus 25,1-13). Nesta parábola das Virgens prudentes, Nosso Senhor afirma que haverá a penas uma única chance para as almas e que se elas não forem prudentes, terão que arcar com as conseqüências de suas irresponsabilidades: "Vigiai, pois, porque não sabeis nem o dia nem a hora" .


Em outra passagem: "Havia um homem rico que se vestia de púrpura e linho finíssimo, e que todos os dias se banqueteava e se regalava. Havia também um mendigo, por nome Lázaro, todo coberto de chagas, que estava deitado à porta do rico. Ele avidamente desejava matar a fome com as migalhas que caíam da mesa do rico... Até os cães iam lamber-lhe as chagas. Ora, aconteceu morrer o mendigo e ser levado pelos anjos ao seio de Abraão. Morreu também o rico e foi sepultado. E estando ele nos tormentos do inferno, levantou os olhos e viu, ao longe, Abraão e Lázaro no seu seio. Gritou, então: - Pai Abraão, compadece-te de mim e manda Lázaro que molhe em água a ponta de seu dedo, a fim de me refrescar a língua, pois sou cruelmente atormentado nestas chamas.
Abraão, porém, replicou: - Filho, lembra-te de que recebeste teus bens em vida, mas Lázaro, males; por isso ele agora aqui é consolado, mas tu estás em tormento. Além de tudo, há entre nós e vós um grande abismo, de maneira que, os que querem passar daqui para vós, não o podem, nem os de lá passar para cá. O rico disse: - Rogo-te então, pai, que mandes Lázaro à casa de meu pai, pois tenho cinco irmãos, para lhes testemunhar, que não aconteça virem também eles parar neste lugar de tormentos. Abraão respondeu: - Eles lá têm Moisés e os profetas; ouçam-nos! O rico replicou: - Não, pai Abraão; mas se for a eles algum dos mortos, arrepender-se-ão. Abraão respondeu-lhe: - Se não ouvirem a Moisés e aos profetas, tampouco se deixarão convencer, ainda que ressuscite algum dos mortos" (Lucas 16,19-31). Note-se que nesta parábola, Nosso Senhor, afirma claramente que após a morte se dá o julgamento e que aos bons é destinado o Céu e aos maus o inferno, e os que se encontram nos tormentos do inferno, nada podem fazer pelos que estão vivos e nem tampouco ter uma segunda chance.



Além de Cristo Nossos Senhor negar a Reencarnação, vemos o apóstolo Paulo dizer: "Como está determinado que os homens morram uma só vez, e logo em seguida vem o juízo"(Hebreus 9,27). É, portanto infundada a reencarnação, defendida por pagãos da antiguidade e pregada ainda hoje por seguidores do espiritismo. Cruel, é afirmar que pessoas que hoje vivem no sofrimento ou são portadoras de doenças graves, que assim o são por terem tido uma vida anterior de más condutas, e assim justificando seu castigo. Ora, que justiça é essa divina em que o réu não sabe a causa de sua condenação?



É justo pensar que tal idéia cruel tenha nascido das castas mais altas da sociedade querendo defender seus pertences e dos seus descendentes, impedindo quem se encontra em casta inferior possa delas usufruir. Também é por certo que muitos que são bem sucedidos defendam tal heresia.






Oração: Ó meu Senhor Jesus Cristo, eu vos adoro vindo a juízo, chamando os justos ao paraíso, e condenando os pecadores; eu vos rogo pela vossa dolorosa paixão nos livre das penas eternas, e por elas nos leve a bem-aventurança. Amém.






Pai-Nosso; Ave-maria; Glória-ao-Pai...


Para a Intercessão de São Gregório Papa:


Ó meu Senhor e Deus, Jesus Cristo, que admirávelmente revelastes o mistério de vossa Santíssima Paixão ao vosso bem-aventurado servo São Gregório: peço-vos que a este miserável pecador concedais alcançar aquela perfeita remissão de pecados, que o mesmo vosso venerável pontífice, com abundante autoridade apostólica, liberalmente concedeu a todos que verdadeiramente se arrependessem e meditassem o progresso de vossa admirável paixão. Que vives e reinas por todos os séculos dos séculos. Amém.


Estas orações de São Gregório e Pai-nossos e Ave-marias que tenho rezado, ofereço-vos aos sagrados merecimentos da paixão e morte de meu Senhor, a quem peço mas que receba em desconto e satisfação de minhas culpas e pecados, confirmando o que São Gregório e outros pontífices tem concedido a quem as rezar diante da imagem do mesmo Senhor: e de tudo quanto ganho e minha vontade que Deus Nosso Senhor aplique o que for servido para tirar do purgatório a alma que seja mais que minha obrigação de seu santo serviço, bem e glória. Amém.



Novena das almas do purgatório: 7º dia

Para a grande maioria dos Hereges seguidores do protestantismo, a morte representa a dormência da alma. Sendo que eles não sabem explicar o que acontece com a alma no período de "dormência". Quando Cristo afirmou que os mortos dormiam, (Mc 5,39: "Ele entrou e disse-lhes: Por que todo esse barulho e esses choros? A menina não morreu. Ela está dormindo") queria dizer, que a morte não era o fim definitivo, já que haverá o juízo final, donde os mortos irão despertar dos seus túmulos para serem julgados universalmente e para daí receberem o prêmio eterno ou a morte eterna. Por isso muitos destes hereges afirmam que ao invocarmos os santos estamos falando com um corpo dormente, e que nossas orações não podem ser ouvidas por estes. Ora não é bem isto que vemos na prática, e nem é o que afirma as sagradas escrituras e a tradição. Deus é o responsável pela comunicação entre a Igreja Celeste com a Igreja militante e a padecente. Trata-se da comunhão dos Santos: "Na casa de meu Pai há muitas moradas. Não fora assim, e eu vos teria dito; pois vou preparar-vos um lugar". (João 14,2)




A Própria bíblia está cheia de exemplos de intercessão, e aplica a Moisés o título de mediador (Dt 5,5): "Eu fui naquele tempo intérprete e mediador entre vós e o Senhor". E São Paulo em uma de suas carta em que afirma que Jesus Cristo sendo o único mediador entre os homens e Deus, fala-nos dos mediadores secundários (ITim 2,1-5): "Acima de tudo, recomendo que se façam preces, orações, súplicas, ações de graças por todos os homens, pelos reis e por todos os que estão constituídos em autoridade, para que possamos viver uma vida calma e tranqüila, com toda a piedade e honestidade. Isto é bom e agradável diante de Deus, nosso Salvador, o qual deseja que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade. Porque há um só Deus e há um só mediador entre Deus e os homens: Jesus Cristo, homem". Jesus Cristo é o único mediador entre Deus e os homens e os santos são mediadores por nós em Jesus Cristo. Em outra passagem no livro de Macabeus lê-se: "Eis o que vira: Onias, que foi sumo-sacerdote (já falecido), homem nobre e bom, modesto em seu aspecto, de caráter ameno, distinto em sua linguagem e exercitado desde menino na prática de todas as virtudes, com as mãos levantadas, orava por todo o povo judeu. Em seguida havia aparecido do mesmo modo um homem com os cabelos todos brancos, de aparência muito venerável, e nimbado por uma admirável e magnífica majestade. Então, tomando a palavra, disse-lhe Onias: Eis o amigo de seus irmãos, aquele que reza muito pelo povo e pela cidade santa, Jeremias, o profeta de Deus."





A Sagrada Tradição sempre entendeu que Jesus Cristo é o único mediador (o primeiro) que nos mereceu todas as graças e a salvação eterna, pela sua vida morte e ressurreição. Só por ele que nos pode dar dos seus méritos, sem recorrer a outro mediador. A Virgem e os Santos intercedem por nós mediadores secundários, por meio de Nosso Senhor Jesus Cristo, por meio de seus méritos e mediação. Nisso todas as orações litúrgicas terminam: "Por Nosso Senhor Jesus Cristo...





Oração: Ó meus Senhor Jesus Cristo, Pastor benígno, conservai os justos em graça, justificai os pecadores, compadecei-vos de todos os fiéis, e favorecei amorosamente este pecador. Amém.





Pai-Nosso; Ave-maria; Glória-ao-Pai...


Para a Intercessão de São Gregório Papa:


Ó meu Senhor e Deus, Jesus Cristo, que admirávelmente revelastes o mistério de vossa Santíssima Paixão ao vosso bem-aventurado servo São Gregório: peço-vos que a este miserável pecador concedais alcançar aquela perfeita remissão de pecados, que o mesmo vosso venerável pontífice, com abundante autoridade apostólica, liberalmente concedeu a todos que verdadeiramente se arrependessem e meditassem o progresso de vossa admirável paixão. Que vives e reinas por todos os séculos dos séculos. Amém.


Estas orações de São Gregório e Pai-nossos e Ave-marias que tenho rezado, ofereço-vos aos sagrados merecimentos da paixão e morte de meu Senhor, a quem peço mas que receba em desconto e satisfação de minhas culpas e pecados, confirmando o que São Gregório e outros pontífices tem concedido a quem as rezar diante da imagem do mesmo Senhor: e de tudo quanto ganho e minha vontade que Deus Nosso Senhor aplique o que for servido para tirar do purgatório a alma que seja mais que minha obrigação de seu santo serviço, bem e glória. Amém.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Liturgia: Vasos Liturgicos III


Hoje concluímos os nossos estudos sobre os objetos litúrgicos utilizados nas celebrações. Vamos dar continuidade estudando os objetos litúrgicos que não precisam ser abençoados e nem consagrados. Os objetos litúrgicos que não precisam ser abençoados e nem benzidos são:





  1. As galhetas: são pequenos recipientes de cristais, vidro ou metal. Em que se colocam a água e o vinho destinados ao Santo Sacrifício da Missa.



  2. O turíbulo: pequeno fogareiro, suspenso por correntes no qual faz-se arder o incenso. O uso do incenso remonta a mais remota antiguidade; os judeus ofereciam a Deus no altar dos perfumes. A Igreja o aproveitou para os mesmos fins. Serve para prestar homenagens ao Santíssimo Sacramento, isto é, a Divindade. Também, por extensão, para honrar pessoas e coisas que, de algum modo, participam da natureza, e da autoridade de Deus.



  3. A Naveta: (do latim "naus", navio) tem esse nome por causa de sua forma. Serve para guardar o incenso.



  4. A Caldeirinha e o hissope: Caldeirinha é um vaso portátil, em que os clérigos levam a água benta que o padre necessita, para diferentes aspersões litúrgicas. O instrumento utilizado para fazer estas aspersões é chamado de Hissope, porque primitivamente usavam, para este fim, um ramo de planta chamada hissopo.



  5. A campainha: serve para chamar a atenção dos fiéis às partes mais importantes da celebração da missa.



  6. O purificatório: com a água na qual o sacerdote purifica os dedos, quando distribui a comunhão fora da missa.



Incluímos também outros objetos litúrgicos aos quais não necessitam ser benzidos e consagrados: o baldaquino, o pálio ou umbela que serve como teto móvel para guardar o santíssimo sacramento nas procissões; também os estandartes e bandeiras de irmandades contendo imagens de Nosso Senhor, da Virgem e dos Santos.







Novena das almas do Purgatório: 6º dia

Os hereges afirmam que o culto aos santos e orações dos mortos é condenado por Deus por se tratar de culto aos mortos. Ora, vemos diversas passagens da Sagrada Escritura em que Deus opera através de seus santos e inclusive já mortos: "Ora, aconteceu que um grupo de pessoas, estando a enterrar um homem, viu uma turma desses guerrilheiros e jogou o cadáver no túmulo de Eliseu. O morto, ao tocar os ossos de Eliseu, voltou à vida, e pôs-se de pé." (II Reis, 13, 21). Ora Deus se utilizou das relíquias (No caso os ossos) de um santo paras fazer um milagre. Deus se utiliza de seus santos para realizar prodígios e o que nós católicos fazemos é rogar aos santos que suas orações atendam os nossos favores. Invocação dos mortos, necromancia como fazem os espíritas é anticatólico e anti bíblico. Deus condena quem se dá a essas práticas, Det 18, 11: "Não se ache no meio de ti quem faça passar pelo fogo seu filho ou sua filha, nem quem se dê à adivinhação, à astrologia, aos agouros, ao feiticismo, à magia, ao espiritismo, à adivinhação ou a evocação dos mortos porque o Senhor, teu Deus, abomina aqueles que se dão a essas práticas, e é por causa dessas abominações que o Senhor, teu Deus, expulsa diante de ti essas nações. ".


Os hereges que afirmam tal leviandade, são astutos, pois, querem provocar confusões nas mentes ingênuas dos fiéis mais desavisados. Os que se dão as práticas de evocação dos mortos, o fazem para adivinhações ou para saber "como estão as almas" após a morte. E bem verdade que em muitas traduções de bíblias aparece a palavra invocação, que que dizer, pedir algo, enquanto a palavra correta é evocação, que significa, reclamar a presença. Isso trata de um problema de tradução. Lembremos que a idéia de invocar a intercessão de um santo é um conceito que não existia na época dos israelitas, e que aparece somente com Cristo que afirmou que se podia pedir ao Pai invocando pelo seu santo nome.






Oração: Ó meu Senhor Jesus Cristo, eu vos adoro ressuscitado dentre os mortos, subindo aos Céus, e assentado à mão direita de Deus Pai; eu vos rogo que me façais merecedor de vos seguir a essa glória e ser apresentado a vosso santo acatamento. Amém.






Pai-Nosso; Ave-maria; Glória-ao-Pai...


Para a Intercessão de São Gregório Papa:


Ó meu Senhor e Deus, Jesus Cristo, que admirávelmente revelastes o mistério de vossa Santíssima Paixão ao vosso bem-aventurado servo São Gregório: peço-vos que a este miserável pecador concedais alcançar aquela perfeita remissão de pecados, que o mesmo vosso venerável pontífice, com abundante autoridade apostólica, liberalmente concedeu a todos que verdadeiramente se arrependessem e meditassem o progresso de vossa admirável paixão. Que vives e reinas por todos os séculos dos séculos. Amém.


Estas orações de São Gregório e Pai-nossos e Ave-marias que tenho rezado, ofereço-vos aos sagrados merecimentos da paixão e morte de meu Senhor, a quem peço mas que receba em desconto e satisfação de minhas culpas e pecados, confirmando o que São Gregório e outros pontífices tem concedido a quem as rezar diante da imagem do mesmo Senhor: e de tudo quanto ganho e minha vontade que Deus Nosso Senhor aplique o que for servido para tirar do purgatório a alma que seja mais que minha obrigação de seu santo serviço, bem e glória. Amém.

SOLENIDADE DE CRISTO REI DO UNIVERSO


Para a grande maioria dos católicos a festa de Cristo Rei se dá no último domingo do tempo comum. Na liturgia tradicional esta festa se dá hoje no último domingo de Outubro. É uma oportunidade de conhecer as origens da fé a qual pertecemos.


Pio XI quis ao instituir a festa de Cristo Rei, proclamar solenemente perante aos homens o reinado social de Cristo. Rei das almas e das consciências, rei das inteligências e das vontades, Jesus Cristo é o rei também das famílias, da cidade, do povo, da nação e do mundo todo. Como Pio XI demonstrou bem na encíclica "Pax Christi in regno Christi", o laicismo, tão presente atualmente, é a negação radical a realeza de Nosso Senhor Jesus Cristo. Organizando a vida social como se Deus não existisse, gera no espírito das massas a apostasia e conduz a sociedade a ruina. Para combater esta terrível heresia julgou o Papa que a liturgia seria o meio mais eficaz porque iria propor durante todos os homens nos seus espíritos vazios a proclamação solene de que que Cristo é o Rei de nossas vidas. A missa e o ofício desta festa são, com efeito, a proclamação solene da realeza universal de Cristo sobre os homens e sobre o mundo. Fixada no último domingo de Outubro a festa de Cristo Rei se torna quase na vigília de Todos os Santos, esta festa portanto se torna na coroação de todos os eleitos do Reino de Deus. A grande realidade do cristianismo é precisamente Cristo ressuscitado reinando gloriosamente no meio dos eleitos, que são a aquisição do seu sangue.


Evangelho da Festa:


Seq. S. Evangelii sec. Joannem. In illo tempore: dixit Pilatus: Tu es rex Judæorum?
et respondit Jesus: a temet ipso hoc dicis an alii tibi dixerunt de me
respondit Pilatus numquid ego Judæus sum gens tua et pontifices tradiderunt te mihi quid fecisti
respondit Jesus regnum meum non est de mundo hoc si ex hoc mundo esset regnum meum ministri mei decertarent ut non traderer Judæis nunc autem meum regnum non est hinc
dixit itaque ei Pilatus ergo rex es tu respondit Jesus tu dicis quia rex sum ego ego in hoc natus sum et ad hoc veni in mundum ut testimonium perhibeam veritati omnis qui est ex veritate audit meam vocem




Continuação do Santo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João:


Naquele Tempo disse Pilatos a Jesus:
És tu o rei dos judeus?
Jesus respondeu: Dizes isso por ti mesmo, ou foram outros que to disseram de mim?
Disse Pilatos: Acaso sou eu judeu? A tua nação e os sumos sacerdotes entregaram-te a mim. Que fizeste?
Respondeu Jesus: O meu Reino não é deste mundo. Se o meu Reino fosse deste mundo, os meus súditos certamente teriam pelejado para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas o meu Reino não é deste mundo.
Perguntou-lhe então Pilatos: És, portanto, rei? Respondeu Jesus: Sim, eu sou rei. É para dar testemunho da verdade que nasci e vim ao mundo. Todo o que é da verdade ouve a minha voz.
Lefebvre, Dom Gaspar. Missal Quotidiano e Vesperal. Bruges, Bélgica; Abadia de S. André, 1960

domingo, 28 de outubro de 2007

Novena das almas do Purgatório: 5º dia



A palavra Purgatório não é encontrada na Sagradas Escrituras, como também não encontramos diversas palavras como "sacramento da confissão", "Eucaristia" e "Crisma". No entanto, a Bíblia descreve diversas situações e lugares aos quais a Igreja denominou Purgatório, obtendo para si fundamento na tradição escrita desta doutrina.


Em II Macabeus 12, 43-46 (livro blasfemamente retirado da bíblia pelos protestantes), lemos: "
Em seguida, fez uma coleta, enviando a Jerusalém cerca de dez mil dracmas, para que se oferecesse um sacrifício pelos pecados: belo e santo modo de agir, decorrente de sua crença na ressurreição, porque, se ele não julgasse que os mortos ressuscitariam, teria sido vão e supérfluo rezar por eles. Mas, se ele acreditava que uma bela recompensa aguarda os que morrem piedosamente, era esse um bom e religioso pensamento; eis por que ele pediu um sacrifício expiatório para que os mortos fossem livres de suas faltas". Ora, ser livre dos pecados, depois de morto, pelo sacrifício expiatório, indica claramente a existência do Purgatório.


Alguns biblistas percebem a confirmação do Purgatório pela doutrina de Jesus quando ele diz em Mateus 5,25-26: "
Entra em acordo sem demora com o teu adversário, enquanto estás em caminho com ele, para que não suceda que te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao seu ministro e sejas posto em prisão. Em verdade te digo: dali não sairás antes de teres pago o último centavo". Ora, sair desta prisão depois da morte, depois de ter pago o último centavo, seja pelo sofrimento próprio a que se é submetido ou pela orações e expiações dos vivos só é possível com o entendimento do purgatório, já que se a alma for condenada ao inferno, jamais poderá sair.


Outras referências bíblicas sobre a existência de um lugar de tormentas paras os mortos que morreram na graça de Deus, mas tendo pecados a expiar, seria em I Coríntios 3, 12-15: "
Agora, se alguém edifica sobre este fundamento, com ouro, ou com prata, ou com pedras preciosas, com madeira, ou com feno, ou com palha, a obra de cada um aparecerá. O dia (do julgamento) demonstrá-lo-á. Será descoberto pelo fogo; o fogo provará o que vale o trabalho de cada um. Se a construção resistir, o construtor receberá a recompensa. Se pegar fogo, arcará com os danos. Ele será salvo, porém passando de alguma maneira através do fogo". Aqui nesta passagem a tradição entendia o fogo como sendo do Purgatório.




(Fonte: Resposta da Bíblia - Pe. Vicente, SVD - Ed. Pe. Reus - 1998)




Oração: Ó meu Senhor, Jesus Cristo, eu vos adoro descendo ao limbo para libertar as almas que de ti esperavam a sua descida; eu vos que não permitais que minha alma entre nas infernais prisões eternos. Amém.




Pai-Nosso; Ave-maria; Glória-ao-Pai...


Para a Intercessão de São Gregório Papa:


Ó meu Senhor e Deus, Jesus Cristo, que admirávelmente revelastes o mistério de vossa Santíssima Paixão ao vosso bem-aventurado servo São Gregório: peço-vos que a este miserável pecador concedais alcançar aquela perfeita remissão de pecados, que o mesmo vosso venerável pontífice, com abundante autoridade apostólica, liberalmente concedeu a todos que verdadeiramente se arrependessem e meditassem o progresso de vossa admirável paixão. Que vives e reinas por todos os séculos dos séculos. Amém.


Estas orações de São Gregório e Pai-nossos e Ave-marias que tenho rezado, ofereço-vos aos sagrados merecimentos da paixão e morte de meu Senhor, a quem peço mas que receba em desconto e satisfação de minhas culpas e pecados, confirmando o que São Gregório e outros pontífices tem concedido a quem as rezar diante da imagem do mesmo Senhor: e de tudo quanto ganho e minha vontade que Deus Nosso Senhor aplique o que for servido para tirar do purgatório a alma que seja mais que minha obrigação de seu santo serviço, bem e glória. Amém.

sábado, 27 de outubro de 2007

Novena das almas do purgatório: 4º dia

Imagine que te achas junto a um enfermo a quem respeitam poucas horas da vida... Pobre enfermo! Considera como o oprimem e angustiam as dores, os desfalecimentos, as asfixias e falta de respiração, o suor frio e o entorpecimento até ao ponto de quase não ouvir, quase não compreender e quase não falar... Entretanto, a sua maior desgraça consiste em que, estando próximo da morte, em vez de pensar na alma e de preparar as contas para eternidade, só pensa nos médicos, nos remédios, para se livrar da doença que o vai vitimando.


Oração: Ó Senhor meu Jesus Cristo, eu vos adoro colocado no sepulcro, ungido com mirra e balsamos cheirosos; eu vos rogo que vossa preciosa morte seja minha ditosa vida. Amém.



Pai-Nosso; Ave-maria; Glória-ao-Pai...


Para a Intercessão de São Gregório Papa:


Ó meu Senhor e Deus, Jesus Cristo, que admirávelmente revelastes o mistério de vossa Santíssima Paixão ao vosso bem-aventurado servo São Gregório: peço-vos que a este miserável pecador concedais alcançar aquela perfeita remissão de pecados, que o mesmo vosso venerável pontífice, com abundante autoridade apostólica, liberalmente concedeu a todos que verdadeiramente se arrependessem e meditassem o progresso de vossa admirável paixão. Que vives e reinas por todos os séculos dos séculos. Amém.


Estas orações de São Gregório e Pai-nossos e Ave-marias que tenho rezado, ofereço-vos aos sagrados merecimentos da paixão e morte de meu Senhor, a quem peço mas que receba em desconto e satisfação de minhas culpas e pecados, confirmando o que São Gregório e outros pontífices tem concedido a quem as rezar diante da imagem do mesmo Senhor: e de tudo quanto ganho e minha vontade que Deus Nosso Senhor aplique o que for servido para tirar do purgatório a alma que seja mais que minha obrigação de seu santo serviço, bem e glória. Amém.

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Novena das almas do purgatório: 3º dia

Que é nossa vida? Assemelha-se a um tênue vapor que o ar dispersa e desaparece completamente. Todos sabemos que temos de morrer. Muitos, porém, se iludem, imaginando a morte tão afastada que jamais houvesse de chegar. Jó, entretanto, nos adverte que a vida humana é breve: "O homem, vivendo breve tempo, brota como flor e murcha." Foi esta mesma verdade que Isaías anunciou por ordem do Senhor: "Clama ao qual toda carne é erva... verdadeira erva é o povo; seca a erva e cai a flor (Is 40,6-7). A vida humana é pois, semelhante a esta planta. Chega a morte, seca a erva; acaba a vida e murcha cai a flor das grandezas e dos bens terrenos.


Preparação para a Morte - Santo Afonso Maria de Ligório



Oração: Ó Senhor meu Jesus Cristo, por aquela amargura que por mim, miserável pecador, sofreste na cruz, principalmente na hora em que vossa alma nobilíssima saiu de vosso bendito corpo, eu vos rogo que tenhais misericórdia de minha alma, quando sair deste corpo maculado de pecados, e que a leveis para gozar da eterna alegria. Amém.



Pai-Nosso; Ave-maria; Glória-ao-Pai...


Para a Intercessão de São Gregório Papa:


Ó meu Senhor e Deus, Jesus Cristo, que admirávelmente revelastes o mistério de vossa Santíssima Paixão ao vosso bem-aventurado servo São Gregório: peço-vos que a este miserável pecador concedais alcançar aquela perfeita remissão de pecados, que o mesmo vosso venerável pontífice, com abundante autoridade apostólica, liberalmente concedeu a todos que verdadeiramente se arrependessem e meditassem o progresso de vossa admirável paixão. Que vives e reinas por todos os séculos dos séculos. Amém.


Estas orações de São Gregório e Pai-nossos e Ave-marias que tenho rezado, ofereço-vos aos sagrados merecimentos da paixão e morte de meu Senhor, a quem peço mas que receba em desconto e satisfação de minhas culpas e pecados, confirmando o que São Gregório e outros pontífices tem concedido a quem as rezar diante da imagem do mesmo Senhor: e de tudo quanto ganho e minha vontade que Deus Nosso Senhor aplique o que for servido para tirar do purgatório a alma que seja mais que minha obrigação de seu santo serviço, bem e glória. Amém.

Teologia Ascética e Mística: A inconstância dos principiantes na fé




Quando uma alma se dá a Deus e começa a progredir nos caminhos espirituais, é sustentada pela graça do Senhor, pelo atrativo da novidade e por um certo entusiasmo pela virtude que aplana as dificuldades. Não tarda, porém, o momento, em que a graça de Deus nos é dada sob forma menos sensível, em que nos cansamos de estar sempre a recomeçar os mesmos esforços, em que o nosso ardor parece quebrantado pela continuidade dos mesmos obstáculos. Então é que vem o perigo da inconstância e do relaxamento.



Esta disposição manifesta-se:




  1. Nos exercícios espirituais, que se fazem pelo menos na aplicação, se encurtam ou descuram;



  2. Na prática das virtudes: entra-se com toda a alma no caminho da penitência e da mortificação, mas acha-se depois que é custoso, enfadonho, e afrouxam-se os esforços;



  3. Na santificação atual das ações: tinha-se acostumado a renovar amiúde o oferecimento das obras, para não ter segurança de as fazer com a pureza de intenção, mas cansa-se desse exercício, descura-o, e o resultado é que dentro em breve a rotina, a curiosidade, a vaidade, a sensualidade inspiram muitas das suas ações. Com tais disposições é impossível avançar, porque sem esforço continuado não é possível conseguir nada.



É necessário convencermo-nos de que a obra da perfeição é obra de grande fôlego, que exige muita constância, e que somente são bem-sucedidos aqueles que voltam incessantemente ao trabalho com novo ardor, a despeito dos reveses parciais que experimentam. É isso o que fazem os homens de negócio, quando querem triunfar; é o que deve fazer toda a alma que quiser progredir. Todas as manhãs se deve perguntar a si mesma, se não pode fazer um pouco mais ou um pouco melhor por Deus; e todas as noites se deve examinar com cuidado, menos em parte o programa da manhã.




Para assegurar a constância, não há nada mais eficaz do que o exame particular fielmente praticado; quem concentrar a atenção sobre um determinado ponto, uma virtude e der conta ao próprio confessor o progressos realizados, pode ter certeza de ir avançando, ainda quando não tenha consciência disso.




Observe o caro leitor que a educação da vontade é algo também excelente para ajudar a triunfar da inconstância. Na próxima postagem falaremos sobre o fervor indiscreto dos principiantes.




(Fonte: Compêndio de Teologia Ascética e Mística - Apostolado da Imprensa - 1961)

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Novena das almas do purgatório: 2º dia

Os mundanos só consideram feliz a quem goza dos bens deste mundo: honras, prazeres e riquezas. Mas a morte acaba com toda esta aventura terrestre. Que é vossa vida? É um vapor que aparece por um momento (Tiago 4,15). A morte, enfim, despoja o homem de todos os bens deste mundo... Que espetáculo ver arrancar um príncipe de seu próprio reino para dele nunca mais ver e entrar, e considerar que muitos nesta vida tomam posse de seus bens como se deles nunca fossem separar. Quão dolorosa será a morte do avarento, já que representa o fim de sua "felicidade" ao separar-se de seus bens. Neste mundo todos os homens nascem em condições desiguais, mas a morte os iguala - disse Sêneca. Horácio dizia também que a morte nivela os cetros e os cajados. Numa só palavra, quando a morte chega, tudo se acaba e tudo se deixa; de todas as coisas deste mundo nenhuma levaremos para a tumba.





Oração: O Senhor meu Jesus Cristo, eu vos adoro pregado no santo madeiro da Cruz, ferido e chagado, onde vos deram a beber fel e vinagre sobre a maior amargura dos nossos pecados; eu vos rogo que essas vossas preciosas chagas sejam o remédio e cura da minha alma. Amém.



Pai-Nosso; Ave-maria; Glória-ao-Pai...


Para a Intercessão de São Gregório Papa:


Ó meu Senhor e Deus, Jesus Cristo, que admirávelmente revelastes o mistério de vossa Santíssima Paixão ao vosso bem-aventurado servo São Gregório: peço-vos que a este miserável pecador concedais alcançar aquela perfeita remissão de pecados, que o mesmo vosso venerável pontífice, com abundante autoridade apostólica, liberalmente concedeu a todos que verdadeiramente se arrependessem e meditassem o progresso de vossa admirável paixão. Que vives e reinas por todos os séculos dos séculos. Amém.


Estas orações de São Gregório e Pai-nossos e Ave-marias que tenho rezado, ofereço-vos aos sagrados merecimentos da paixão e morte de meu Senhor, a quem peço mas que receba em desconto e satisfação de minhas culpas e pecados, confirmando o que São Gregório e outros pontífices tem concedido a quem as rezar diante da imagem do mesmo Senhor: e de tudo quanto ganho e minha vontade que Deus Nosso Senhor aplique o que for servido para tirar do purgatório a alma que seja mais que minha obrigação de seu santo serviço, bem e glória. Amém.



quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Novena das almas do Purgatório: 1º dia

Hoje iniciamos a novena em sufrágio das almas que estão no purgatório. Juntamente com esta novena vamos discutir sobre a morte. Tudo relacionado ao tema, e uma renovação da doutrina religiosa sobre o o purgatório e sobre a morte.






Temos uma grande certeza na nossa vida, de que um dia iremos morrer. Acompanhado desta certeza temos inúmeras incertezas: Quando vamos morrer? Como vamos morrer? O que acontecerá depois? Como deve ser a sensação da morte? Em que estado irei morrer? etc. Na luz da revelação além da morte temos outros destinos reservado as almas: Juízo, Inferno ou Paraíso. Esse são os Novíssimos do homem:






Morte





Juízo



Inferno





Paraíso


O cremos pois assim Deus o revelou aos homens. E a Igreja portadora da mensagem divina revela aos homens para que não pereçam e assim não ganhem o inferno como prêmio. A morte causa temor aos pecadores, incrédulos e avarentos, mas se torna libertação para as almas puras que procuram abrigo nas asas de Deus. A morte para muitos representa o fim de tudo e enquanto para outros é o início de uma nova vida, uma vida em Deus na eternidade. Acreditamos por revelação divina, que Deus deu ao homem uma alma imortal e que na morte a alma volta a quem lhe pertence e o corpo volta para a terra da qual saiu. Acreditamos que as almas dos justos que já faleceram estão gozando na eternidade da visão beatífica de Deus. E como lidamos com a morte na nossa vida? Isso é o que vamos discutir nessa série de 9 postagens. Rezemos então:






Oração: Meu Senhor Jesus Cristo, eu vos adoro suspenso nessa cruz, suportando a coroa de espinhos na vossa sacrossanta cabeça; eu vos rogo que essa nobilíssima cruz seja o escudo que me livre dos ministros de vossa justiça. Amém.







Pai-Nosso; Ave-maria; Glória-ao-Pai...







Para a Intercessão de São Gregório Papa:







Ó meu Senhor e Deus, Jesus Cristo, que admirávelmente revelastes o mistério de vossa Santíssima Paixão ao vosso bem-aventurado servo São Gregório: peço-vos que a este miserável pecador concedais alcançar aquela perfeita remissão de pecados, que o mesmo vosso venerável pontífice, com abundante autoridade apostólica, liberalmente concedeu a todos que verdadeiramente se arrependessem e meditassem o progresso de vossa admirável paixão. Que vives e reinas por todos os séculos dos séculos. Amém.







Estas orações de São Gregório e Pai-nossos e Ave-marias que tenho rezado, ofereço-vos aos sagrados merecimentos da paixão e morte de meu Senhor, a quem peço mas que receba em desconto e satisfação de minhas culpas e pecados, confirmando o que São Gregório e outros pontífices tem concedido a quem as rezar diante da imagem do mesmo Senhor: e de tudo quanto ganho e minha vontade que Deus Nosso Senhor aplique o que for servido para tirar do purgatório a alma que seja mais que minha obrigação de seu santo serviço, bem e glória. Amém.

Catecismo Online: "Nasceu de Maria Virgem" (Parte II)


Na postagem anterior iniciamos um estudo aprofundado no que diz respeito a maternidade divina de Maria Santíssima, ao passo que hoje iremos dar continuidade:




Como estes mistérios "foram escritos para nossos ensinamentos" (Rom 15,4), devemos conservá-los profundamente no espírito e nos nossos corações. Antes de tudo, para que a recordação de tão grande benefício os leve a render graças a Deus, seu autor. Depois para que tenham diante dos olhos e tratem de imitar este singular exemplo de humildade.




Realmente, que pode haver de mais útil e mais próprio frear nossos egoísmo, orgulho e arrogância espiritual, do que considerar como Deus se humilha, a ponto de tomar sobre si a fraqueza e a fragilidade humana; como Deus se fez homem, e se põe a serviço do homem sua soberana e infinita majestade, a cujo aceno, no dizer da escritura, as colunas do Céu vacilam e tremem de pavor (Jo 26,11); como veio afinal a nascer na terra aquele, a quem os anjos adoram nos Céus (Apoc 7,11).




Ora, se Deus faz tanto por nós, que nos incumbe de nossa parte, para realizar sua vontade? Com quanta alegria e prontidão de espírito não devemos, pois, amar, abraçar, e cumprir a todos os deveres que nos impõe a humildade.




Devem os fiéis tomar a peito as salutares lições que Cristo nos dá, desde o seu nascimento, antes de ter proferido a menor palavra. Nasce na indigência. Nasce, como um estranho, na estalagem. Nasce numa simples manjedoura. Nasce no rigor do inverno.




Eis o que relata São Lucas: "Quando ali estavam, aconteceu completar-se o tempo em que devia dar a luz. E deu a luz a seu filho primogênito, envolveu-o em faixas, e reclinou-o numa manjedoura; pois não havia lugar para eles na estalagem" (Lc 2,6-7).




Poderia o Evangelista ter exprimir, em termos mais lhanos, toda majestade e glória do Céus e da Terra? Não escreve, apenas, que não havia lugar na estalagem, mas que não havia lugar para Aquele, que de si declarou: "Minha é a redondeza da Terra, com todas as coisas que se acha repleta" (Salm 49,12). Outro evangelista dá o mesmo testemunho: "veio para o que era seu, e os seus não o receberam" (Jo 1,11).




Levando em conta estes fatos, os fiéis devem ainda lembrar-se de que, se Deus quis assumir a baixeza e a fragilidade da carne humana, foi para elevar o gênero humano no mais alto grau de honra e dignidade. Com efeito, como prova da eminente posição e dignidade, a que a bondade divina exaltou o homem, basta realmente existir um homem que, ao mesmo tempo, é perfeito e verdadeiro Deus.




Por conseguinte, podemos gloriar-nos de que o Filho de Deus é "nossa carne e ossos"(Gên 29,14). Regalia essa que não se aplica nem aos próprios espíritos bem-aventurados, porquanto diz o Apóstolo: "Não assumiu a natureza dos anjos" (Heb 2,16).




Sem embargo, devemos cuidar não nos aconteça, para a maior desgraça nossa, o que sucedeu na estalagem em Belém, onde faltava lugar para Cristo nascer; que, já não nascemos corporalmente, não possa ele descobrir em nossos corações um lugar, para nascer espiritualmente. Nascer dentro de nossas almas é o que Jesus quer, com toda a veemência, pois nossa salvação é o objeto de sua maior solicitude.




Assim como ele se fez homem por obra do Espírito Santo, e nasceu de uma maneira que supera as leis da natureza; assim como ele é santo, e é a própria santidade; assim também devemos nascer, não do sangue ou da vontade humana, mas de Deus" (Jo 1,13); e depois levar uma "vida nova" (Rom 6,4), como novas criaturas para nos conservarmos aquela santidade e pureza de espírito, que é o maior apanágio dos homens regenerados pelo Espírito Santo.




Desta arte reproduzimos a certa imagem e semelhança da santa conceição e do santo nascimento do Filho de Deus, o que para nós constituiu uma fé inabalável. E na posse desta fé, contemplamos elevados, e adoramos a sabedoria de Deus no Mistério, a qual se ache encoberta.


(Fonte: Catecismo da Igreja Católica - Ed. Vozes - 1962)

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Liturgia: Vasos Liturgicos II


Semana passada iniciamos um estudo sobre os vasos litúrgicos, especialmente sobre os vasos consagrados para o culto divino. Hoje iremos vamos dar continuidade aos nossos estudos. O tema de hoje são os vasos benzidos.




O Cibório é um vaso que encerra as hóstias consagradas para a comunhão dos fiéis.




O formato do Cibório mudou muito durante as épocas. Este vaso tem por função de conservar as hóstias consagradas. Outrora era uma torre ou uma pomba que se suspendiam da abóbada do cibórium, ou também uma urna ou taça, colocadas do mesmo modo. Esta última forma prevaleceu, por ser mais cômoda. Atualmente o cibório é uma taça fechada por tampa que se remove. As dimensões variam com as necessidades do culto.




Nos primeiros séculos, sucedia com o cibório é uma taça fechada por uma tampa que se remove. As dimensões variam com as necessidades do culto.




Nos primeiros séculos, sucedia com o cibório o mesmo que com o cálice: nenhuma substância era de preceito, de modo que houve cibórios de vidro e até de madeira. A disciplina atual exige que a copa seja de ouro ou de prata dourada no interior. O cibório não pode ser consagrado como o cálice, só benção dada pelo bispo ou seu representante.




Obs: É observado encobrir o cibório com um véu de pano precioso: seda branca, tecido de ouro ou prata. O véu no cibório, sendo considerado um sinal de soberania, lembra aos fiéis a presença de um soberano.




O Ostensório ou Custódia (do latim "ostendere, ostensum", mostrar) é uma peça de joalheria, de altura elevada para que os assistentes possam ver. A luneta que fica no centro do ostensório é uma espécie de gaveta anular, de ouro ou prata, destinado a receber a hóstia consagrada, para exposição às adorações dos fiéis.




Os ostensórios não estão presentes nos primórdios do cristianismo. A exposição das sagadas espécies do Corpo e Sangue de Cristo aos fiéis para a adoração, se deve a uma forma de protesto e desagravo as heresias que pregavam contra o dogma da presença real de Cristo na Eucaristia. O formato atual do ostensório com um sol irradiando é proveniente do século XVI. A princípio o ostensório tinha uma forma de torre ou esfera.




A luneta deve ser feita de ouro ou prata, com as faces de vidro ou cristal. A benção do ostensório não é obrigatória, mas a luneta deve ser benzida pelo bispo ou por um de seus representantes.




domingo, 21 de outubro de 2007

21º Domingo depois de Pentecostes: "O seu seu senhor irritado o entregou a seus executores". (Ev.)



Continua-se a ler no ofício divino as histórias de Macabeus que se bateram pela pátria e tradições de povo eleito. A vida cristã é também um combate contínuo que se vai desenrolando através dos tempos e em que estão igualmente em jogo a glória de Deus e a salvação do povo. E nesta luta, que quase todo o povo cristão deve travar, fica bem desinteressado o ardor do cavaleiro e sem mancha que se bate até cair sem sangue, gritando, num último arranco, o nome de seu Rei e Senhor. Lembremo-nos que nós como eles combatemos pela fé de nossos pais, pelo patrimônio sagrado de filhos de Deus, que devemos colocar acima de todos os títulos e grandezas da Terra. Todos estes imenso tesouros espirituais, que guardamos em vasos de barro, são ameaçados constantemente pelas forças do mal em rebelião perpétua contra Deus. A luta não se trava contra os homens, diz São Paulo, mas com os espíritos das trevas, cuja ação é grandemente poderosa e deletéria. E o Apóstolo convida-nos que nos armemos como as aramas de Deus: Com a fé, com a verdade, com a justiça com o evangelho da paz e da caridade. O Intróito é um hino de confiança na vitória: "Todas as coisas dependem da vossa vontade, Senhor, e nada há que lhe possa resistir".


O gradual e a comunhão exprimem os mesmos sentimentos de esperança invencível. Sentimos realmente dentro de nós uma força nova, ao erguermos a nossa voz débil a um Deus Onipotente, que se compraz em ajudar os que o invocam. A Igreja, que sabe os rudes combates que temos de sustentar, coloca-nos assim nos lábios orações magníficas para nos infundir coragem e nos dobrar a misericórdia divina. Não obstante, porém, o auxílio do Céus, a nossa fraqueza e inconstância não nos permite agüentar por muito o peso da peleja sem deixar terreno ao inimigo. É nestes momentos culminantes que devemos recorrer mais do que nunca a misericórdia de Deus. O Evangelho nos diz que ela é infinita e que nunca nos poderá faltar, se nunca a negarmos àqueles que no-la pedem também.


Evangelho de Domingo:


Continuação do Santo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, segundo São Mateus: Naquele tempo:
Disse Jesus a seus discípulos: Por isso, o Reino dos céus é comparado a um rei que quis ajustar contas com seus servos.
Quando começou a ajustá-las, trouxeram-lhe um que lhe devia dez mil talentos.
Como ele não tinha com que pagar, seu senhor ordenou que fosse vendido, ele, sua mulher, seus filhos e todos os seus bens para pagar a dívida.
Este servo, então, prostrou-se por terra diante dele e suplicava-lhe: Dá-me um prazo, e eu te pagarei tudo!
Cheio de compaixão, o senhor o deixou ir embora e perdoou-lhe a dívida.
Apenas saiu dali, encontrou um de seus companheiros de serviço que lhe devia cem denários. Agarrou-o na garganta e quase o estrangulou, dizendo: Paga o que me deves!
O outro caiu-lhe aos pés e pediu-lhe: Dá-me um prazo e eu te pagarei!
Mas, sem nada querer ouvir, este homem o fez lançar na prisão, até que tivesse pago sua dívida.
Vendo isto, os outros servos, profundamente tristes, vieram contar a seu senhor o que se tinha passado.
Então o senhor o chamou e lhe disse: Servo mau, eu te perdoei toda a dívida porque me suplicaste.
Não devias também tu compadecer-te de teu companheiro de serviço, como eu tive piedade de ti?
E o senhor, encolerizado, entregou-o aos algozes, até que pagasse toda a sua dívida.
Assim vos tratará meu Pai celeste, se cada um de vós não perdoar a seu irmão, de todo seu coração.
Lefebvre, Dom Gaspar. Missal Quotidiano e Vesperal. Bruges, Bélgica; Abadia de S. André, 1960.

São Pedro de Alcântara, padroeiro do Brasil

Poucas pessoas o sabem, mas o primeiro padroeiro do Brasil foi São Pedro de Alcântara. Este grandioso santo, hoje está como co-padroeiro do Brasil. Juntamente com Nossa Senhora Aparecida é invocado para proteger e zelar pelo nosso país. Hoje terminando a oitava de Nossa Senhora Aparecida, temos a honra de festejar nosso patrono. Vejamos nessa postagem retirada de um site, como foi a vida deste nosso protetor:

Famoso por suas terríveis penitências, nasceu em 1499 na comunidade espanhola de Alcântara. Seu pai era governador da região e sua mãe era de muito boa família. Ambos se distinguiam por sua grande piedade e seu excelente comportamento. Estando estudando na universidade de Salamanca, o santo se entusiasmou pela vida dos franciscanos devido a que os considerava pessoas muito desprendidas do material e muito dedicadas à vida espiritual. Pediu ser admitido como franciscano e elegeu para viver ao convento onde estavam os religiosos mais observantes e estritos dessa comunidade. No noviciado o puseram de porteiro, hortelão, varredor e cozinheiro. Mas neste último ofício sofria freqüentes repreensões por ser bastante distraído. Chegou a mortificar-se tão asperamente no comer e o beber que perdeu o sentido do paladar e assim todos os mantimentos lhe pareciam iguais. Dormia sobre um duro couro no puro chão. Passava horas e horas de joelhos, e se o cansaço lhe chegava, apoiava a cabeça sobre um prego na parede e assim dormia alguns minutos, ajoelhado. Passava noites inteiras sem dormir nem um minuto, rezando e meditando. Por isso foi eleito protetor dos zeladores e guardas noturnos. Com o tempo foi diminuindo estas terríveis mortificações porque viu que lhe arruinavam sua saúde. Foi nomeado superior de vários conventos e sempre era um modelo para todos seus súditos quanto ao cumprimento exato dos regulamentos da comunidade. Mas o trabalho no qual mais êxitos obtinha era o da pregação. Deus lhe tinha dado a graça de comover os ouvintes, e muitas vezes bastava apenas sua presença para que muitos começassem a deixar sua vida cheia de vícios e começassem uma vida virtuosa. Preferia sempre os auditórios de gente pobre, porque lhe parecia que eram os que mais vontade tinham de converter-se. Pediu a seus superiores que o enviassem ao convento mais solitário que tivesse a comunidade. Mandaram-no ao convento de Marisco, em terrenos desabitados, e lá compôs um formoso livro a respeito da oração, que foi extremamente estimado pela Santa Teresa e São Francisco de Sales, e foi traduzido a muitos idiomas. Desejando São Pedro de Alcântara que os religiosos fossem mais mortificados e se dedicassem por mais tempo à oração e a meditação, fundou um novo ramo de franciscanos, chamados de "estrita observância". O Supremo Pontífice aprovou tal congregação e logo houve em muitos lugares, conventos dedicados a levar a santidade a seus religiosos por meio de uma vida de grande penitência. Os últimos anos de sua vida os dedicou a ajudar a Santa Teresa à fundação da comunidade de Irmãs Carmelitas que ela tinha baseado, obtendo muitos êxitos na extensão da comunidade carmelita.


sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Teologia Ascética e Mística: Ilusões dos principiantes acerca das securas

As securas são privações das consolações sensíveis e espirituais, que facilitam as orações e as práticas das virtudes. Apesar de esforços muitas das vezes renovados, não se sente gosto na oração, experimenta até dela enfado, cansaço, e o tempo parece não ter fim; poderia se dizer que se encontram adormecidas a fé e esperança, e a alma, privada de toda alegria, vive numa espécie de torpor; não, opera senão a golpes de vontade. É este sem dúvida um estado extremamente penoso; mas tem também suas utilidades.


a) Quando Deus nos envia securas, é para desprender-nos de tudo quanto é criado, até mesmo da doçura que se encontra na piedade, para aprendermos amar a Deus só, e por si mesmo.



b) Quer também, Deus, nos humilhar mostrando-nos que as consolações não nos são devidas, antes são favores essencialmente gratuitos.



c) Com elas também nos purifica mais, tanto das faltas passadas como das afeições presentes e de qualquer inclinação egoísta: quando se tem de servir a Deus sem gosto, por convicção e vontade, sofre-se muito, e esse sofrimento é expiatório e reparador.



d) Fortalece-nos enfim nas virtudes, porquanto, para continuar a orar e praticar o bem, é preciso exercitar com energia e constância a vontade, e por meio deste exercício e que se fortifica a virtude.



Como as securas vem as vezes de nossas faltas, é preciso antes de tudo examinar seriamente, mas sem excessiva inquietação se delas não somos responsáveis:






  1. Por certos movimentos mais ou menos consentidos de vã complacência e de orgulho;



  2. Por uma espécie de preguiça espiritual, ou, pelo contrário, por uma contensão de espírito intempestiva;



  3. Pela busca das consolações humanas, de amizade demasiado sensíveis, de prazeres mundanos, porque Deus não quer nada de um coração dividido;



  4. Pela falta de lealdade com o diretor; "porquanto, uma vez que mente para o Espírito Santo, diz São Francisco de Sales, não é maravilha que ele vos recuse a sua consolação" A solução para este tipo de aridez, é humilhar-se e esforçar-se por suprimi-la.



Se não lhe demos causa, importa utilizar bem esta provação.




  1. O melhor meio para conseguir, é persuadirmos que servir a Deus sem gosto e sem sentimento é mais meritório do que fazê-lo com muita consolação; que basta querer amar a Deus, para o amar, e que, enfim o ato mais perfeito de amor é conformar a própria vontade com a de Deus.



  2. Para tornar esta ato mais meritório ainda, não há nada melhor do que unir-se a Jesus Cristo que, no Jardim das Oliveiras se designou sentir que o tédio e a tristeza por amor de nós e repetir com ele: "Não se faça, todavia, a minha vontade, mas sim a tua" (Lc 22,42).



  3. Mas o que sobretudo importa é nunca perder o ânimo, nem cercear nada dos seus exercícios, dos seus esforços das suas resoluções; antes imitar a Nosso Senhor Jesus Cristo que, mergulhado na agonia, orou mais longamente "Não se faça, todavia, a minha vontade, mas sim a tua".



Para ser bem entendido aos dirigidos esta doutrina sobre as consolações e as securas, é necessário repeti-la muitas vezes; porque apesar de tudo, eles crêem que vão muito melhor, quando tudo corre a medida de seus desejos, do que quando é necessário remar contra a correnteza. Pouco a pouco, porém, faz-se luz; e as almas, que não se envaidecem no momento da consolação, nem perdem o ânimo no tempo da secura, estão próximas de fazerem progressos muito mais rápidos e constantes.

(Fonte: Compêndio de Teologia Ascética e Mística - Ed. Apostolado da Imprensa - 1962)


quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Catecismo Online: "Nasceu de Maria Virgem..."


Esta parte do presente artigo do credo impõe aos fiéis a obrigação de crerem que o Senhor Jesus não só foi concebido por obra do Espírito Santo, mas também que nasceu de Maria Virgem, e por ela foi posto neste mundo.





O anjo foi o primeiro a anunciar esta verdade ao mundo. Esta mensagem de grande felicidade, e suas palavras dão-nos facilmente a entender, com quanta alegria e elevação de espírito não devemos meditar este mistério da fé: "Eis que venho anunciar-vos uma grande alegria para todos os povos". E também aos cantos dos coros celestiais: "Glória a Deus nos mais alto dos céus e paz aos homens de boa vontade!"





Desde aquele instante, começou portanto a cumprir-se a grandiosa promessa de Deus a Abraão, quando lhe dissera que, um dia, "todos os povos seriam abençoados em sua descendência". Maria, a qual proclamamos e veneramos como sendo a verdadeira mãe de Deus, por ter dado a Luz ao Salvador que é ao mesmo tempo Deus e homem, descendente da estirpe real de David.





Se a própia conceição já excede toda a ordem da natureza, em seu nascimento nada podemos contemplar que não seja de caráter divino.





O que há de mais admirável, o que sobrepuja a tudo quanto se possa dizer ou imaginar, é o fato de ele nascer de sua mãe, sem a menor lesão a sua virgindade materna.





Assim como mais tarde Cristo saiu do sepulcro fechado e selado; assim como "entrou para junto de seus discípulos, apesar de as portas estarem fechadas"; assim como, na observação diária da natureza, vemos os raios solares atravessarem um vidro compacto, sem o quebrar, e sem lhe fazer o menor estrago; assim também, e de maneira mais sublime, nasceu Jesus Cristo do seio de sua mãe, sem nenhum dano para a integração materna.





É pois, com mais justos louvores que, em Maria, enaltecemos uma virgindade perpétua e intemerata. Operado este milagre pela virtude do Espírito Santo. De tal modo a Mãe na conceição e no nascimento do filho que, dando-lhe fecundidade, lhe conservou todavia a perpétua virgindade.





De vez em quando, costuma o Apóstolo designar a Cristo como sendo o "Segundo Adão", e a confrontá-lo com o primeiro Adão. Realmente, assim como pelo primeiro todos os homens sofrem a morte, assim pelo segundo são todos novamente chamados à vida. Assim como Adão foi pai do gênero humano pelas leis da natureza, assim também Cristo é o autor da graça e bem-aventurança.





Por idêntica analogia, podemos comparar com Eva à Virgem Maria. A primeira Eva corresponde com a segunda, que é Maria; assim como acabamos de mostrar que o segundo Adão, isto é, Cristo, corresponde ao primeiro Adão.





Por ter dado crédito à serpente, Eva acarretou morte e maldição ao gênero humano. Maria acreditou nas palavras do anjo, e obteve para os homens que viesse as bênçãos e a vida. Por culpa de Eva, nascemos filhos da ira; por Maria recebemos Jesus Cristo, que nos regenera como filhos da graça. A Eva foi dito: "Em dores darás luz a teus filhos". Maria ficou isenta desta lei. Conservando sua integridade de virginal pureza, como dizíamos há pouco, Maria deu a luz a Jesus, filho de Deus, sem sofrer dor de espécie alguma.





Visto serem tão grandes e tão numerosos os mistérios desta admirável conceição e nascimento, covinha que a divina providência os fizesse anunciar, por meio de muitas figuras e profecias.





Esta é a razão por que os Santos Doutores aplicam a este mistério muitos trechos, que lemos em vários lugares da Sagrada Escritura. Entre os quais se fala principalmente da porta do Santuário, que Ezequiel viu fechada; da pedra que se desprendeu do monte, "sem a intervenção das mãos humanas", como diz Daniel, " a qual se avolumou em grande montanha, e encheu toda a superfície da Terra" (Dan 2,34-35); da "vara de Aarão, a única que deitou rebentos, entre as varas dos príncipes de Israel" (Num 17,8); da sarça-ardente que Moisés viu arder sem se consumir (Exod 3,2ss).
(Fonte: Catecismo da Igreja Católica - Editora Vozes - 1961)

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Santa Tereza de Ávila,


Ela nasceu no dia 28 de março de 1515 e foi batizada Tereza de Cepeda Y Ahumada ,em Avila, Castilha, Espanha. Ela era filha de Alonso Sanchez de Cepeda e Beatrice Davila y Ahumada. Tereza foi educada pelas irmãs Agostinianas até 1532 quando ela voltou para casa por causa de sua saúde. Quatro anos mais tarde ela entrou para o Convento das Carmelitas Descalças, em Ávila, um estabelecimento que era negligente com relação pobreza e a clausura. Ela voltou de novo para casa em 1536 por dois anos devido a sua saúde. De 1555 a 1556 ela teve visões e ouviu vozes. No não seguinte São Pedro de Alcântara passou a ser o seu diretor espiritual e ajudou-a sobremaneira em seu apostolado religioso. Desejosa de ser uma freira que obedecesse rigidamente as regra das Carmelitas, Santa Tereza fundou em 1567 o convento de São José em Ávila onde ela foi seguida por outras irmãs que desejavam uma vida mais rígida. Em 1568 ela recebeu permissão do Pior Geral da Ordem das Carmelitas para continuar no seu trabalho e ela fundou 16 outros conventos ,recebendo o apelido e "a freira ambulante " devido as suas freqüentes viagens. Tereza se encontrou com São João da Cruz outro Carmelita buscando a reforma, em Medino del Campo, local do seu segundo convento. Ela fundou ainda um monastério para homens em Duruelo em 1568 , mas passou a responsabilidade dirigir e reformar ou fundar outros novos monastérios para São João da Cruz.A oposição se desenvolveu entre as Carmelitas (calçadas)e membros da Ordem original e o Consilho de Piacenza em 1575 restringiu muito as suas atividades. A rixa continuou até que o Papa Gregório XIII (1572-1585) a pedido do Rei Felipe II, da Espanha, reconheceu as Reformadas Carmelitas Descalças como uma província separada da Ordem das Carmelitas originais. Nesta altura a maturidade espiritual de Santa Tereza era evidente e os seu livros e cartas foram sendo conhecidos e passaram a se tornar clássicos da literatura espiritual e logo incluíram sua autobiografia chamada "O caminho da Perfeição" e o seu livro "Castelo Interior" como clássicos da teologia espiritual. Santa Tereza foi reverenciada como uma grande mística, tendo notável senso de humor e bom senso, combinando uma deslumbrante atividade, com uma mística contemplação. Ela morreu no dia 4 de outubro de 1582 (14 de outubro pelo calendário Gregoriano que entrou em efeito no dia seguinte a sua morte, e avançou o calendário por 10 dias).Ela foi canonizada em 1622 pelo Papa Gregório XV e foi declarada Doutora da Igreja em 1970 pelo Papa Paulo VI.


Liturgia: Vasos Liturgicos

Muitas das vezes ao irmos na igreja assistir uma missa, não percebemos a presença de simples objetos utilizados no culto ou simplesmente não entendemos muitos dos quais percebemos. Vamos a partir de agora nos aprofundar sobre os objetos litúrgicos, os quais também chamamos Vasos Litúrgicos, para melhor aproveitar o significado das celebrações.






Existem três classes de objetos litúrgicos:




  1. Os que são consagrados para o culto divino



  2. Os que apenas são benzidos





  3. Os vasos, ou melhor os objetos litúrgicos que não são nem consagrados ou benzidos





A) Vasos sagrados: Cálice e Patena






O cálice é um vaso sagrado que se usa no Santo Sacrifício da Missa, para a consagração do vinho no sangue do Senhor. Sua forma variou muito com o passar dos séculos. Enquanto vigorou a comunhão sob as duas espécies, os cálices eram grandes. Chamavam-se ministeriais. Eram providos de duas asas para facilitar seu transporte. Tinham essas dimensões enormes devido um grande número de comungantes. Desde que ficou privada aos leigos a comunhão sob as duas espécies, reduziu-se o tamanho do cálice e sumiram-se as asas, já que agora eram desnecessárias.






Nos oitos primeiros séculos, não se havia regra sobre a matéria para a confecção dos cálices. Por isso, nessa época aparecem cálices de diversos materiais: madeira, mármore, ágata, cobre, estanho; muito mais vezes, porém, são de vidro, de cristal, de ouro e prata.



Segundo as normas litúrgicas da igreja em vigor atualmente, a Igreja exige que a copa do cálice seja de ouro ou de prata dourada no seu interior (em caso de pobreza pode-se empregar estanho dourado).



A consagração do cálice é executada pelo bispo, único com poderes para fazer essa consagração. O cálice perde a consagração quando: a). Quando sofreu lesões ou mutações que lhe tiraram a forma primitiva e o tornaram impróprio para o uso a que se destinava. b). Quando lhe foi dado um mal uso ou foi posto a venda. O cálice e a patena não perdem sua consagração pelo uso constante ou se for reformado.






A Patena (do latim "patina", prato) é uma espécie de prato de forma redonda que serve para receber a sagrada Hóstia. A patena outrora era um prato de grandes dimensões, no qual os fiéis depositam os pães trazidos para serem consagrados. Era a patena ministerial, correspondente ao cálice de igual nome. Hoje o tamanho é bastante reduzido, proporcional a copa do cálice. Sua consagração se dá apenas pelo bispo, conforme o cálice.