segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Retrospecto do mês: Uma análise dos acontecimentos do mês de Dezembro e seus antecedentes.




O mês de Dezembro tem uma particularidade notória. Quando termina este mês termina junto com ele o ano inteiro. Ao observarmos os fatos que marcaram o mês de Dezembro, também é impossível fazer menção aos fatos que ocorreram ao longo do ano que está para findar. Mas, deixemos os fatos do ano para amanhã e nos fixemos somente nos fatos deste mês.


Graças damos ao Deus da vida e da existência que nos possibilitou terminar este mês em saúde e graça. Peçamos encarecidamente pelas almas dos fiéis que não puderam terminar entre nós mais um mês. Peçamos a graça da ressurreição aos que se encontram mortos para a fé.


O mês de Dezembro é o mês do Santo Natal e do Advento. Todo ano observamos estarrecidos as corridas de compras para o Natal. O comércio comemora os lucros e a festa cada vez mais fica desfigurada e sem seu verdadeiro significado. Algo de bom acontece, pois milhares de pessoas antes desempregadas conseguem uma oportunidade, nem que seja temporária. A economia reaquece e alimenta as expectativas dos que almeja uma vaga no tão sofrido mercado de trabalho. Não deveria ser condenado o fato de as pessoas fazerem suas maratonas de compras para o natal, desde que o fizessem com cautela e não esquecesse o verdadeiro sentido do Natal.


A "maratona de Natal" não seria matéria de condenação se as pessoas realmente entendesse que o advento é um tempo de reflexão e não de abusos. É um tempo de austeridade e de penitência e não de bebedeiras e festas. O advento traz-nos uma reflexão importante: O mesmo Cristo que nasceu em Belém irá voltar em glória para julgar vivos e mortos.


É verdade que certas figuras natalinas acabam em sua natureza a ocultar o verdadeiro motivo de tal comemoração. As pessoas geralmente querem ver a "Árvore de Natal", ou o "Bom velhinho" e se esquecem de que esta festa tem caráter religioso e sagrado e que tais elementos são apenas peças de adorno para enriquecer a festa. Cristo nasceu há mais de 2 mil anos em Belém para nos transmitir a vida e para nos dar o amor de Deus. Cristo que é Deus desceu dos céus, do qual também como Deus jamais se ausentou, para nos dar uma vida nova, longe dos conceitos mundanos e do pecado. Cristo é a luz que ilumina os povos e que nos traz a paz.


Mas afinal quais foram os destaques do mês de Dezembro de 2007? O fim da CPMF? O assassinato da líder política no Paquistão? O calor de 40º no Rio? Na atualidade em que estes fatos já são comentados pela mídia de forma até exaustiva, não seria interessante gastar uma página sobre estes e tantos outros.


Preferimos deixar a cargo do leitor, que durante este ano entrou em nosso link e fez seus comentários, escritos ou apenas verbais. Vendo que a grande parcela ruma em direção a um pensamento laicista e contrários as virtudes evangélicas, esperamos que o referido leitor tenha mudado algum ponto de vista ou pelo menos tenha lhe causado um minuto de reflexão. Pensemos que a cada minuto que passa mais próximo da cova estamos e o que fazemos com cada minuto dado por Deus terá sua recompensa.


Encerramos nossas postagens do ano civil de 2007 com um pedido aos nossos leitores; que reflitam suas vidas, seus gostos e prioridades, pois cada dia não é mais um dia, e sim um único dia que não voltará a acontecer. Que Deus nos ilumine neste novo ano que se inicia e que nos cubra de bênçãos, para tomarmos as atitudes mais corretas e coerentes no nosso presente, para que assim possamos ter um futuro abençoado e repleto de frutos de fé, esperança e caridade...


...Feliz Ano Novo!!!

São Silvestre, Papa (OITAVA DO NATAL)




São Silvestre nasceu em Roma e foi ordenado pelo Papa São Marcelino durante a paz que precedeu as perseguições do imperador Diocleciano. Ele passou através desses anos de terror, e assistiu a abdicão de Diocleciano e de Maximiliano e assistiu ao triunfo de Constantino em 312. Dois anos mais tarde ele sucedeu a São Melquiades como Bispo de Roma. No mesmo ano, ele enviou quatro legatários para representa-lo no grande Concílio da Igreja Ocidental em Aries. Ele confirmou suas decisões naquele Concílio implementou-as na Igreja.
No Concilio de Nicéia, também reunido no seu reinado, no ano de 325, mas não podendo assistir devido a sua idade avançada, enviou seus legatários que encabeçavam a lista dos signatários dos seus decretos, precedendo assim aos Patriarcas da Alexandria.
O Livro dos Pontífices "Liber Pontificalis" diz que ele era filho de um romano chamado Rufinus. Em 31 de janeiro de 314 ele foi eleito para a cadeira de São Pedro, sendo que poucos dias antes o Imperador Constantino, com o Edito de Milão dava permissão a existência do cristianismo. Ele teria conseguido isto por ser conselheiro e diretor espiritual de Constantino.
Diz a tradição que Constantino havia sido aconselhado pelo seu médico que a melhor maneira de curar a lepra seria se banhar no sangue de uma criança. Uma visão de São Pedro apareceu ao imperador, insistindo que o batismo nas mãos de São Silvestre seria a sua cura o que fez Constantino mudar de idéia e São Silvestre o batizou e o imperador se curou. Em gratidão deu as ilhas de Sicília e Córsega ao papado. Essas terra conhecidas como a ‘Doação de São Silvestre " formaram a base do futuro Vaticano.
Constantino doou grandes terrenos em volta de Roma para a construção de basílicas e outros prédios. Os cristãos oravam em pequenas capelas ou as escondidas mas Silvestre imaginava uma Igreja grande de modo a conter todo o clero, bem como basílicas e cemitérios para os mais ilustres mártires.
Constantino deu ainda o Palácio Lateran para ser a residência do papa.
Na época muitos cristãos romanos olhavam com suspeita a legalização do cristianismo a qual marcava o fim de uma gloriosa tradição.
Deve ser lembrado que os cristãos foram impiedosamente perseguidos no reinado de Diocleciano e de Maximiliano.
Na arte litúrgica da Igreja São Silvestre é mostrado com o Imperador Constantino, ou 2) cavalgando um dragão (símbolo do demônio na época), ou 3) com um anjo segurando uma cruz e um ramo de oliva (significando paz na Igreja),ou 4) com Santa Romana e finalmente 5)batizando Constantino.
é especialmente reverenciado em Pisa, Itália
Ele morreu em 335 DC.
Sua festa é celebrada em 31 de dezembro.


domingo, 30 de dezembro de 2007

Domingo dentro da Oitava de Natal (OITAVA DO NATAL)




Antes da vinda do Filho de Deus, enviado pelo Pai, para que também recebêssemos a adoção de filhos de Deus, o homem era como um herdeiro na sua menoridade que em nada se distinguia dum escravo. Pelo contrário, agora que a lei nova o emancipou da tutela antiga, "ele já não é mais servo e sim filho". Desta maneira o culto dos filhos de Deus resume-se nesta palavra proferida com Jesus: "Pai!".



O Evangelho descobre-nos qual será o grandioso papel, no futuro, deste Menino cuja manifestação começa hoje no templo. É o Rei cujo o reino penetrará até o interior dos corações. Será para todos a pedra de toque, pedra de escândalo para os que o rejeitarem, e pedra angular de suporte para os que o receberem.



Só depois da maioridade é que o filho entra na posse da herança a que tem direito. Antes disso depende daqueles que em seu nome administram o patrimônio. Era assim para os judeus na Lei Mosaica. Esperavam pelo rico patrimônio da nova lei, mas estavam sujeitos ainda aos ritos e prescrições da Antiga Aliança, espécie de tutela do povo de Deus, enquanto esperavam a herança que lhes fora prometida. Mas essa hora da herança chegou; o Filho de Deus fez-se homem para nos libertar da escravidão da Lei e tornar-nos filhos de Deus, co-herdeiros do reino do Céus. Com os tempos messiânicos cessa a lei mosaica e começa a maioridade do Povo de Deus, alcançada por meio do Batismo.



Evangelho do Domingo:



Continuação do Santo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas: Naquele Tempo:
São José e Maria estavam admirados das coisas que dele se diziam.
Simeão abençoou-os e disse a Maria, sua mãe: Eis que este menino está destinado a ser uma causa de queda e de soerguimento para muitos homens em Israel, e a ser um sinal que provocará contradições,
a fim de serem revelados os pensamentos de muitos corações. E uma espada transpassará a tua alma.
Havia também uma profetisa chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser; era de idade avançada.
Depois de ter vivido sete anos com seu marido desde a sua virgindade, ficara viúva, e agora com oitenta e quatro anos não se apartava do templo, servindo a Deus noite e dia em jejuns e orações.
Chegando ela à mesma hora, louvava a Deus e falava de Jesus a todos aqueles que em Jerusalém esperavam a libertação.
Após terem observado tudo segundo a lei do Senhor, voltaram para a Galiléia, à sua cidade de Nazaré.
O menino ia crescendo e se fortificava: estava cheio de sabedoria, e a graça de Deus repousava nele.

sábado, 29 de dezembro de 2007

OITAVA DO NATAL





Façamos do nosso coração um humilde e simples presépio, para que nele possa nascer Cristo Jesus. Boas Festas!

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

28 de Dezembro, Santos inocentes (OITAVA DO NATAL)



A festa dos santos Inocentes é do Século V. A morte destas crianças manifesta, a seu modo, a realeza de Jesus. Foi por ter acreditado na palavra dos magos e do príncipe dos sacerdotes, por ele consultados, que Herodes viu o menino de Belém como uma ameaça a seu trono. Assim que sou mandou perseguir o Rei dos Judeus que acabara de nascer. Mas, como canta a Igreja: "Cruel Herodes, que receia tu da vinda de Cristo? Não arrebata os cetros mortais, aquele que dá os reinos celestes".




É a glória deste rei divino que os inocentes proclamam com a sua morte e a honra que eles dão a Deus é um motivo de confusão para os ímpios de Jesus porque, longe de conseguirem o fim que se propunham, não fazem mais do que dar cumprimento as profecias aos quais anunciavam que o filho do homem voltaria do Egito e que em Belém seria grande o choro das mães lamentando a morte dos filhos. E para por mais ao vivo a desolação dessas mães, Jeremias evoca Raquel, mãe de Benjamim, chorando a perda de seus descendentes. Mãe compassiva, a Igreja reveste os seus ministros de paramentos de tristeza, suprimindo o Glória e o Alleluia.




Confessemos nós por uma vida isenta de vícios a divindade de Jesus que estas almas inocentes confessaram com a morte.



Lefebvre, Dom Gaspar. Missal Quotidiano e Vesperal. Bruges, Bélgica; Abadia de S. André, 1960.

Teologia Ascética e Mística: O castigo



Não tardou o castigo: o castigo pessoal, e da sua posteridade.



O castigo pessoal dos nossos primeiros pais é descrito no Gênesis. Mas ainda aqui aparece a bondade de Deus: poderia aplicar imediatamente a pena de morte a nossos primeiros pais; por misericórdia não o fez. Contentou-se de os despojar dos privilégios especiais que lhes tinha conferido, isto é, do dom da integridade e da graça habitual: conservam pois, a natureza e seus privilégios naturais. É certo que a vontade ficou enfraquecida, se a compararmos ao que era com o dom da integridade; mas não está provado que seja mais fraco do que teria sido no estado de natureza; em todo o caso, permanece livre e pode escolher entre o bem e o mal. Deus até quis deixar-lhes a fé e a esperança e fez imediatamente brilhar a seus olhos desalentados a visão de um libertador, saindo da raça humana, que um dia triunfaria do demônio e restauraria o homem decaído. Ao mesmo tempo, pela graça atual, solicitava aqueles corações ao arrependimento, e porventura não tardou o momento em que o pecado lhes foi perdoado.



Mas qual será a sorte da raça humana que nascerá da sua união? Será privada desde o instante de sua conceição, da justiça origina, isto é, da graça santificante e do dom da integridade. Estes dons puramente gratuitos, que eram, por assim dizer, um bem de família, só se haveriam de transmitir à posterioridade de Adão, se este permanecesse fiel a Deus; mas, como a condição não se cumpriu, nasce o homem privado da justiça original. Se Adão fez penitência e recobrou a graça, não foi senão como pessoa privada e por sua conta particular; não a pode, por conseguinte, transmitir à sua posteridade. Ao Messias, ao novo Adão, que desde este momento foi constituído cabeça da raça humana, é que estava reservado expiar as nossas culpas e instituir o sacramento da regeneração, para transmitir a cada batizado a graça perdida pelo primeiro homem.



Assim pois, os filhos de Adão nascem privados da justiça original, isto é, da graça santificante e do dom de integridade. A privação desta graça constitui o que se chama o pecado original, pecado em sentido lato, que não implica ato algum de nossa parte, senão um estado de decadência, e, tendo em conta o fim sobrenatural a que persistimos destinados, a uma privação, a falta de uma qualidade essencial que deveríamos possuir, e, por conseguinte, uma nódoa, ou mácula moral, que nos afasta do reino dos céus.



E, como o dom da integridade ficou igualmente perdido, arde em nós a concupiscência, a qual, se não lhe resistirmos corajosamente, nos arrasta ao pecado atual. Somos, pois, relativamente ao estado primitivo, diminuídos e feridos, sujeitos à ignorância, inclinados ao mal, fracos para resistir as tentações. A experiência mostra que não é igual em todos os homens a concupiscência: nem todos tem, efetivamente, o mesmo temperamento e caráter, nem, por conseguinte, as paixões igualmente fogosas. Uma vez, pois, que o freio da justiça original, que as reprimia, desapareceu, é natural, que as paixões retomando a sua liberdade, sejam mais violentas em uns, mais moderadas em outros, tal é a explicação de Santo Tomás (Suma Teológica I,II).



Devemos ir mais longe, e admitir com a escola Agostiniana, uma certa diminuição intrínseca de nossas faculdades e energias naturais? Não é necessário, e nada o prova.



O que podemos admitir com certos tomista que a queda nos enfraqueceu para a luta contras as tentações do demônio e neste sentido, que temos mais obstáculos a vencer, em particular a tirania que o demônio exerce sobre os vencidos e a supressão de certos auxílios naturais.



ciência
do Lat. scientia
s. f.,
conhecimento rigoroso e racional de qualquer assunto;
corpo de conhecimentos, sobre um determinado tema, obtido mediante um método próprio;
domínio organizado do saber;
conjunto organizado de conhecimentos baseados em relações objectivas verificáveis e dotados de valor universal;
o conjunto das ciências;
o universo da ciência;
instrução;
erudição;
saber fazer;
arte, técnica.
-s aplicadas: aquelas em que a pesquisa visa uma aplicação;
-s exactas: as matemáticas;
-s humanas: as que estudam o comportamento do homem, individual ou colectivamente;
- infusa: a que se supõe vinda de Deus por inspiração;
-s morais: as que estudam os sentimentos, pensamentos e actos do homem;
-s naturais: as que estudam os fenómenos e os seres que constituem o mundo físico, a Natureza;
-s sociais: aquelas cujo objecto de estudo são os diferentes aspectos das sociedades humanas.



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justiça
do Lat. justitia
s. f.,
conformidade com o direito;
acto de dar a cada um o que por direito lhe pertence;
equidade;
alçada;
magistratura;
conjunto de magistrados e das pessoas que servem junto deles;
poder judicial.



(Fonte: Compêndio de Teologia Ascética e Mística - Ed. Apostolado da Imprensa - 1961 - 6ª edição)


















quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

São João Evangelista (OITAVA DO NATAL)



São João nasceu na Galiléia em 6 DC e era filho de Zebedeu e Salomé e era o irmão mais novo de Tiago, o Maior. Os dois irmãos viviam da pesca no Lago Genesare até serem chamado por Jesus. João seria o discípulo mais amado do Senhor e é dito que teria escrito o Livro das Revelações (o Apocalipse), o último livro da Bíblia, quando estava em exílio na ilha de Patmos perto da costa da Turquia. Este livro é uma soberba conclusão das sagradas escrituras. O livro do Gênesis começa com a odisséia do homem ao ser expulso do Éden e o Livro das Revelações seria uma visão de encorajamento a espera do homem, para o retorno ao Paraíso.
João é o mais jovem dos apóstolos tendo cerca de 25 anos ao ser chamado. João deve ter sido um seguidor de João Batista , porque ele relata todas as circunstancias da vida do Percursor de Jesus e embora, por modéstia, ele esconda , as vezes, o seu nome em algumas partes do Evangelho que tem o seu nome.( Evangelho de São João).
Cristo deu a Tiago e a João o apelido de "Filhos do Trovão" para expressar a sua natureza apaixonada. Eles queriam chamar o fogo do céu para os Samaritanos que rejeitaram Cristo(Lu 9:54-56). Queriam sofrer com Jesus como testemunhas (Mar10:35-41). Este santo heroísmo beneficia a fé, porque permite a eles propagar a lei de Deus sem medo do poder dos homens.Era mesmo João o mais amado de Cristo? Primeiro, o amor que João dava a Ele e depois pela sua humildade e a sua disposição pacífica fazia com que João fosse muito parecido com Cristo e ainda a sua singular pureza e virgindade, segundo alguns, teria feito que ele tivesse mais valor perante o Senhor.Que João era um dos mais próximos de Jesus é evidente já que somente ele, Pedro e Tiago estavam presentes a eventos importantes, tais como a Transfiguração, a cura da sogra de Pedro, a ressurreição da filha de Jairus e a Agonia no Jardim das Oliveiras.Por essa razão São Paulo nomeia João, Pedro e Tiago como sendo os líderes ou os pilares da Igreja de Jerusalém. (Gal2:9).Ele e Pedro foram os primeiros apóstolos na tumba do Cristo ressuscitado. (Jo 20:3-8) Na ultima ceia ele se inclinou e se apoiou no peito de Jesus e foi o único apóstolo presente a crucificação, onde Jesus deu a ele a tarefa de cuidar de Sua mãe a Virgem Maria e de Seus amigos.Ele estava na Corte porque conhecia os altos sacerdotes e ele conseguiu que os serventes da Corte do Califa deixassem São Pedro entrar.(Jo 18:15-16).
Mais tarde quando Cristo apareceu para eles no lago e com eles comeu, João por instinto reconheceu quem era e disse a Pedro (Jo21:7). Juntos eles caminharam ao longo da margem do lago. Vendo João seguindo Pedro a Ele o que seria do seu amigo, pensando talvez que Ele iria dar a ele um favor especial . "O que será de ti?" o Senhor perguntou, "Então eu terei ele aqui até eu voltar e ele me seguirá. "Alguns discípulos pensaram que isto significava que João não iria morrer nunca, mas ele mesmo tratou de dizer o que realmente significava. (Jo21:20-23). Ele viveu por 70 anos após a morte de Jesus. Por muito tempo ele continuou junto a São Pedro. Eles estavam juntos quando o homem é curado no Portão do Paraíso(Atos 3:1-11) e foram presos juntos e apareceram diante do Sanhedrin juntos(Atos 4:1-21) Ele acompanhou Pedro a Samaria para transmitir o Espirito Santo aos novos convertidos. João permaneceu em Jerusalém alguns anos após a Ascensão de Jesus embora algumas vezes ele pregou no exterior, visto que São Paulo (alguns anos após a sua conversão) encontra-se com João e confirma sua missão aos gentios. Ele provavelmente foi um assistente ao Conselho de Jerusalém.A tradição diz que seus afazeres apostólicos foram primeiro para os judeus nas províncias de Parthia, onde ele plantou a fé cristã.Ele voltou de novo a Jerusalém no ano de 62 DC para se reunir e conferenciar com outros apóstolos que ainda viviam. Depois disto ele foi para Éfesus(Turquia) onde deu a Ásia Menor a sua particular atenção e onde ele estabeleceu igrejas e dirigiu congregações.. Com quase toda certeza, João estava presente a morte da Virgem Maria em Éfesus.Sua autoridade apostólica era universal e embora São Timóteo permanecesse Bispo de Éfesus, até o seu martírio em 97 , não há diferenças entre eles nos relatos de jurisdição. É provável que ele tenha colocado bispos em todas as Igrejas da Ásia porque enquanto os apóstolos viveram, eles supriram as igrejas com suas próprias nomeações em virtude do poder recebido do próprio Jesus.
Uma linda historia sobre João é contada por São Clemente de Alexandria. Perto do fim João escolheu um jovem para ser padre e encarregou o seu tutor para que fosse instruído, batizado e confirmado.No seu retorno, algum tempo depois, ele disse ao tutor:" Devolva-me o que eu dei a você perante esta Congregação e perante Jesus!""Ele está morto". disse o tutor "Morto?" perguntou João."Após a sua instrução e seu batismo, ele caiu em más companhias e foi caindo nos degraus da honra até chegar ao fim, tornando-se até um ladrão" disseram eles.João então disse ao jovem que estava presente: " Existe ainda espaço para arrependimento A sua salvação não é irrecuperável. Eu responderei por você diante de Cristo e implorarei a Jesus por você e estou disposto a sacrificar minha vida por você, como Jesus sacrificou a dele por todos nós. Acredite, fique comigo, eu sou um enviado de Cristo".O jovem ficou parado com os olhos no chão e cheios de lagrimas. Ele abraçou seu tutor e implorou o perdão. Ele encontrou um segundo batismo nas lágrimas. João beijou-o afetuosamente e devolveu a ele os Santos Sacramentos.
Esta veia de caridade percorre toda a vida de São João e é a grande lei da fé cristã, sem a qual todas, as pretensões a uma Religião Divina seriam em vão e sem valor. Outra história conta que um visitante encontrou João jogando bola com os seus discípulos. O visitante reclamou e como o visitante carregava um arco e flechas João perguntou a ele se ele poderia jogar todas as fechas sem parar ."Não" respondeu ele, o arco iria quebrar. João então respondeu que o nosso espírito também precisa descansar para não quebrar. Assim, no dia a dia, podemos as vezes brincar e relaxar para acalmar as tensões. Esta a é a "Regra dos Jogos" que São Tomas de Aquino nos ensina na Questão 169, artigo 10 na sua "Summa Teológica ".
Nos anos 95 durante a Segunda perseguição do Imperador Domiciano, João foi preso na Ásia e levado para Roma onde conseguiu escapar ao martírio de forma milagrosa. Tertuliano diz que ele saiu de dentro de um caldeirão de óleo fervendo sem nenhum dano aparente. Seus perseguidores atribuíram este milagre a feitiçaria e ele foi exilado na ilha de Patmos.Até ser removido do calendário Romano em 1960, este evento era usado para comemorar litúrgicamente, na Igreja Ocidental, o dia 6 de maio como sendo o dia de São João. Relatos deste julgamento dão a ele o título de mártir, embora ele seja o único apostolo que não morreu martirizado. Entretanto, este fato vem de encontro a previsão de Cristo de que João beberia do cálice do sofrimento.Na ilha de Patmos, já com idade extremamente avançada, ele teria sido favorecido com uma visão que foi descrita e relatada no Livro das Revelações.O seu exílio não teve longa duração visto que, com a morte de Domiciano, seus éditos foram declarados nulos pelo Senado Romano por serem suas sentenças muito duras e cruéis. João estava livre para voltar a Éfesus de novo em 97 DC. Alguns acham que ele escreveu o seu Evangelho quando retornou a Éfesus já com 92 anos de idade. A tradição identifica João como o autor do 4° Livro do Evangelho já no século segundo. Com certeza sabemos que os fragmentos descobertos por Cherster-Beatty, datam os escritos como sendo do inicio do século segundo ou um pouco mais cedo, no final do século primeiro.
O Livro das Revelações, também atribuído a ele, e tão diferente em pensamento, conteúdo e estilo do genuíno escrito joanino, que parece ser mais um produto dos seus seguidores.
Quando a fraqueza apoderou-se dele e ele não mais podia pregar, era carregado para a assembléia dos fiéis e constantemente ele era ouvido dizer : "Minhas queridas crianças, amai uns aos outros" e quando perguntado porque repetia sempre as mesmas palavras disse :"Porque é o preceito mais importante do Senhor e se vocês o cumprirem será o bastante".
São Jerônimo diz: "estas palavras deveriam estar incrustado em caracteres de ouro nos corações de cada cristão".
São João morreu em Éfesus quando tinha mais de 92 anos de idade.Usava cabelos longos, como Jesus e muito comum na época. Mas como estava sentado a direita de Jesus na Santa Ceia do mestre Leonardo da Vinci (1495), alguns acreditam ser ele Maria Magdalalena, mas aí ficaria faltando ( na pintura) um dos doze apóstolos, presentes a Ultima Ceia. Veja em diversos.Diz a tradição que ele era o único dos doze apóstolos que sabia escrever (antes de receberem o Espirito Santo) por isso é representado algumas vezes, segurando, em sua mão direita, uma pena de escrever, e na outra um livro.(SãoLucas médico, tambem sabia escrever. Seu Evangelho é o mais longo de todos, mas São Lucas não era um dos doze apóstolos).Veja em S Lucas .Alguns estudiosos acham que Matheus, apezar de ser coletor de impostos, nao sabia escrever e grande parte dos escritos eram ditados a um escrevente, mas na verdade sao apenas conjecturas pois nada disso pode ser hoje comprovado.
Na arte litúrgica da Igreja, São João geralmente é representado como um jovem belo, as vezes como um patriarca , as vezes com o livro do Evangelho nas mãos ou com o "Atos dos Apóstolos", ou com o Livro das Revelações , ou escrevendo o Livro das Revelações na ilha de Patmos ( algumas vezes é representado com o demônio voando para fora do seu tinteiro), as vezes com uma águia representando a majestade do Evangelho e as vezes dentro de um caldeirão de óleo, as vezes bem velho lendo ou escrevendo, ou as vezes levantando Drusilla dos mortos ou ainda sendo carregado pelos anjos ao céu .
Sua festa é celebrada no dia 27 de dezembro
A sua festa na Igreja Oriental é celebrada no dia 26 de setembro



quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Santo Estevão, Mártir (OITAVA DO NATAL)



São Estevão, protomártir da fé Cristã, e um dos mais reverenciados de todos os mártires. Estefan é um nome obviamente grego e tem sido postulado que ele era um Helenita, significando os judeus que nasceram em uma terra distante de Palestina e que falavam grego como sua língua nativa. Contra esta teoria, temos a tradição que começou no seculo 5° que São Estevão era um nome equivalente do Aramaico "Kelil", talvez o nome original de São Estevão, o qual foi escrito na sua tumba encontrada em 415. Que São Estevão teria origem judaica ficou mais patente ainda na lista dos decanos nos "Atos dos Apóstolos"(6:5) onde lista apenas Nicolau como sendo da Antiópia, o que significaria que os demais diáconos seriam judeus. Virtualmente nada se conhece de sua vida antes de ser convertido. A primeira menção a ele de fato ocorre nos Atos(6:5) quando ele é escolhido para ser um dos sete diáconos dos Apóstolos e tem a missão de trabalhar com os pobres. São Estevão foca a sua atenção nos convertidos Helenistas e dá uma prova de grande pregador, com o dom de descrever o poder da graça e o poder de fazer milagres.
Seu martírio foi contado nos Atos (6-7)e ocorreu porque ele acabou tendo uma posição proeminente como pregador e trouxe a inimizade de um grupo de judeus em Jerusalém. Levado a presença de Sanhedrin ele se defendeu com paixão e eloquência (Atos 7:2-53) mas não fez nada para suavizar a ira dos seu inimigos. Foi arrastado para fora da cidade e apedrejado até a morte de acordo com a Lei Mosaic.
Os seu executores colocaram suas mantas sob a guarda de Saul (futuro São Paulo) que estaria "consentindo na sua morte (8-2)".
As ultimas palavras de São Estevão foram:"Jesus, meu Senhor receba meu espirito".
Pedindo ainda perdão para seus atacantes, ele foi enterrado como um homem devoto e sua morte teria sido muito lamentada. A sua tumba foi esquecida até ser descoberta por Lucian e uma igreja foi construída em sua honra perto em Damasco, pela imperatriz Eudoxia (455-460) .
É padroeiros dos pedreiros e dos coletores de moedas (uma espécie de coletor de impostos que colecionava um décimo da produção colhida, que mais tarde passou a se chamar dízimo).
Na Europa ele é padroeiro dos cavalos
Era uma pratica muito comum entre os fazendeiros da Europa decorar os seus cavalos no dia de São Stefano e leva-los para a igreja para serem bentos pelo pároco local e após faziam uma cavalgada com três voltas em torno da igreja, um costume ainda observado em varias regiões rurais. Mais tarde no mesmo dia toda a família saia em um cavalgada festiva, em geral numa carruagem, e a festa tinha o nome de " A Cavalgada de São Stefano".
Na Suíça o sagrado diácono foi mudado na figura de um santo nativo local que seria um rapaz cuidador de um estábulo que teria sido morto pelos pagãos em Helsingland. Seu nome "S. Staffan" revela a origem do nome .
Lá também tem a "Parada de S. Staffan" .
Em algumas cidades da Suécia no dia 26 de dezembro, os devotos saem as ruas a cantar hinos e cânticos em honra do "santo dos cavalos".Noutras localidades da Europa rural, no dia São Stefano, o sal é levado para ser bento pelo padre local e é dado aos cavalos como sendo um sal milagroso e capaz de prevenir varias doenças dos cavalos.
É padroeiro dos fabricantes de caixão, diáconos, cavalos, pedreiros e da Diocese de Owensboro Kentucky,USA e invocado contra dores de cabeça.
Na arte litúrgica da igreja ele é representado com um diácono carregando pedras e com a palma do martirio.
Sua festa é celebrada no dia 26 de dezembro.

Catecismo Online: "Desceu aos infernos, ao terceiro dia ressurgiu dos mortos." (Parte II)


Não se deve, porém, julgar que Cristo desceu de tal maneira aos infernos, que só ali chegasse com seu poder e virtude, e não com sua própria alma. Devemos crer, ao contrário, que a própria alma realmente desceu aos infernos, e ali esteve presente com todas as Suas faculdades. Assim o declara Davi em termos peremptórios: "Não deixareis minha alma abandonada nos infernos" (Sal 15,10 - entenda-se como limbo).



Mas, com descer aos infernos, Cristo nada perdeu de seu supremo poder, e nem de leve conspurcou a limpidez de sua santidade. Pelo contrário. Esse fato mostrou, à luz meridiana, como era verdade tudo o que se havia predito de sua santidade; e que Cristo é filho de Deus, conforme ele mesmo tinha antes declarado, por meio de tantos milagres.



Ser-nos-á fácil compreender o que aconteceu, se compararmos entre si as causas por que Cristo e outros homens desceram aquele lugar.



Todos o mais desceram aos infernos na condição de cativos (Sal 87,5ss). Ele, porém, "livre entre os mortos" (Sal 87,6) e vitorioso, lá foi abater os demônios que mantinha os homens presos e agrilhoados, em conseqüência do pecado.



Além disso, todos os outros que para lá desceram, uns eram atormentados pelo rigor das maiores penas; outros não sentiam dores propriamente, mas angustiavam-se com a privação da vista de Deus, e com a retardo daquilo que tanto anelavam: a glória da eterna felicidade.



Ora, Cristo Nosso Senhor desceu aos infernos, não para sofrer alguma pena, mas para livrar os Santos e justos daquele miserável e doloroso cativeiro, e para lhes aplicar os frutos de sua Paixão. Portanto, a descida aos infernos não diminuiu coisa alguma de absoluta dignidade e soberania.



Depois destas explicações, devemos entender que Cristo desceu aos infernos, para arrebatar as presas do demônio, livrar do cárcere os santos patriarcas e outros justos, e levá-los ao céu em sua companhia.



Foi o que fez, de uma maneira admirável e sumamente gloriosa. Com sua presença logo derramou sobre os cativos uma luz de grande fulgor, incutiu-lhes na alma um inefável sentimento de alegria e prazer, e conferiu-lhes também a muito almejada felicidade, que consiste na visão de Deus. Realizou então a promessa que havia feito ao bom ladrão, quando lhe disse: "hoje mesmo estarás comigo no paraíso" (Lc 23,43).



Esta libertação dos justos, Oséias a tinha predito muito tempo antes, ao prorromper nas palavras: "Ó morte, eu hei de ser a tua morte; Eu hei de ser a tua ruína, ó inferno! (Os 13,14). O mesmo havia vaticinado o profeta Zacarias nestes termos: "Tu também, por causa do sangue de tua aliança fizeste sair teus cativos do lago, em que não existe água" (Zac 9,11). E o que afinal também exprime aquela afirmação do Apóstolo: "Desarmou os principados e as potestades, e arrastou-os ao pelourinho, depois de ter, por si mesmo, triunfado publicamente sobre eles (Col 2,15).



Para melhor apanharmos o sentido deste mistério, devemos recordar muitas vezes esta verdade: Todos os justos, não só os que no mundo nasceram depois da vinda de Nosso Senhor, mas também os que hão de existir até a consumação dos séculos, conseguem salvar-se pelo benefício de sua Paixão.



Por este motivo, antes de sua morte e ressurreição, as portas do Céu jamais se abriram a nenhum dos homens. Quando passavam deste mundo, as almas dos justos eram levadas ao seio de Abraão, ou eram purificadas no fogo do purgatório, como ainda hoje se dá com todos aqueles que tenham de lavar alguma mancha, ou de solver alguma dívida.



Outra razão, afinal, por que Cristo Nosso Senhor desceu aos infernos, era de manifestar ali sua força e poder, como o fez no céu e na terra, para que de maneira absoluta "se curvasse a Seu santo nome todo joelho no céu, na terra e nos infernos" (Fil 2,10).



Nesta altura, quem deixaria, pois, de admirar a suprema bondade de Deus para com o gênero humano? Quem não se tomaria de espanto ao verificar que, por amor a nós, ela não só quis sofrer a morte crudelíssima, mas até descer nas maiores profundezas da terra, para dali arrancar, e introduzir na glória as almas que tanto amava?



(Fonte: Catecismo da Igreja Católica - 1962 - Ed. Vozes)

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

25 DE DEZEMBRO, SOLENIDADE DO NATAL DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO












O Verbo desde toda a eternidade gerado pelo Pai elevou a união pessoal com ele o fruto Bendito do seio Virginal de Maria; quere dizer que a natureza humana e divina se ligaram em Jesus na unidade duma só pessoa que é a segunda da Santíssima Trindade e visto que quando se fala de filiação é a pessoa a que se designa, deve dizer-se que Jesus é o filho de Deus, porque a sua pessoa é divina: É o Verbo incarnado. Daqui se segue que Maria é com razão chamada Mãe de Deus, não porque gerou a humanidade que o Verbo uniu a si no mistério da incarnação. Compreendemos então que a Igreja cante na Missa o Solene Intróito: "Tu és meu filho, Eu hoje te gerei".








Filho Eterno de Pai, constantemente gerado por ele na Eternidade, Cristo continua a sê-lo no dia do se nascimento sobre a Terra, revestido da nossa humanidade. É no meio da noite que Maria dá a lua a seu filho divino e o coloca no presépio. Por isso celebra-se a Missa da meia-noite, e a estação faz-se na Basílica de Santa Maria maior, no altar onde se conservam as relíquias do Presépio.








Este nascimento de Cristo em plena noite é simbólico: "Deus nascido de Deus, Luz nascida da luz" (Credo), Cristo dissipa as trevas do pecado; "É a verdadeira luz" cujo esplendor ilumina os olhos de nossa alma, para que enquanto conhecemos a Deus de uma maneira visível, por ele sejamos arrebatados ao amor das coisas invisíveis. Veio arrancar-nos da impiedade e dos prazeres do mundo e ensinar-nos a merecer, pela dignidade da vida neste mundo a feliz esperança que nos foi prometida. Será em plena luz que se realizará a vinda da glória de Deus, Nosso Senhor Jesus Cristo. Natal é aparição na noite do mundo da Luz Divina, cujo o fulgor, em nós, e em volta de nós, se estende até o fim dos tempos.
















Se o Tempo do Advento nos faz aspirar à dupla vinda do filho de Deus, o Natal celebra o aniversário do seu nascimento em Belém e prepara-nos para a vinda final em que virá julgar-nos. A partir do natal, o Ciclo Litúrgico segue passo a passo Jesus na sua obra de redenção, para que a Igreja enriquecidas com as graças que dimanam de cada um dos mistérios da vida de Cristo, seja, como diz São Paulo, a Esposa sem mancha, sem rugas, santa e imaculada, que Ele poderá apresentar ao Pai, quando vier, no fim do mundo, para nos introduzir no seu reino. Esta nova vinda de cristo, celebrada pelo último domingo depois de Pentecostes, é o término de todas as festas do calendário Cristão. A festa do natal a 25 de dezembro, correspondendo ao 25 de março, coincide com a festa que os povos pagãos celebravam no solstício de Inverno para honrar o nascimento do Sol que eles divinizavam. A Igreja Cristianizou deste modo o rito pagão. A Imperatriz S. Helena mandou construir uma basílica em Belém, muito simples já que Jesus nascera na pobreza. O verbo desde toda a eternidade gerado pelo Pai elevou a união pessoal com Ele o fruto bendito do seio virginal de Maria; quer dizer a natureza humana e a divina se ligaram em Jesus na unidade de um só pessoa que se designa, deve-se que Jesus é o filho de Deus por que sua pessoa é divina.








Evangelho da Festa:








Continuação do Santo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas:
Naquele tempo apareceu um decreto de César Augusto, ordenando o recenseamento de toda a terra.
Este recenseamento foi feito antes do governo de Quirino, na Síria.
Todos iam alistar-se, cada um na sua cidade.
Também José subiu da Galiléia, da cidade de Nazaré, à Judéia, à Cidade de Davi, chamada Belém, porque era da casa e família de Davi,
para se alistar com a sua esposa Maria, que estava grávida.
Estando eles ali, completaram-se os dias dela.
E deu à luz seu filho primogênito, e, envolvendo-o em faixas, reclinou-o num presépio; porque não havia lugar para eles na hospedaria.
Havia nos arredores uns pastores, que vigiavam e guardavam seu rebanho nos campos durante as vigílias da noite.
Um anjo do Senhor apareceu-lhes e a glória do Senhor refulgiu ao redor deles, e tiveram grande temor.
O anjo disse-lhes: Não temais, eis que vos anuncio uma boa nova que será alegria para todo o povo:
hoje vos nasceu na Cidade de Davi um Salvador, que é o Cristo Senhor.
Isto vos servirá de sinal: achareis um recém-nascido envolto em faixas e posto numa manjedoura.
E subitamente ao anjo se juntou uma multidão do exército celeste, que louvava a Deus e dizia:
Glória a Deus no mais alto dos céus e na terra paz aos homens, objetos da benevolência (divina).

Equipe do blog Precioso Depósito!









Desejamos a todos um Feliz e Santo Natal!!

São os Votos da Equipe do blog Precioso Depósito!!!

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

24 de DEZEMBRO, VIGÍLIA DO NASCIMENTO DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO



A vigília do Natal é ela toda cheia de santa alegria, e se não fossem os paramentos indicando a penitência e o jejum, dizíamos que a festa já principiara. Com efeito, a Santa Igreja espera na alegria a vinda do Senhor que vem salvar seu povo do pecado. Todos os que crêem em Cristo fazem parte deste povo; "toda a carne verá a salvação de nosso Deus", disse Isaías. São Paulo também afirma na Epístola de hoje que foi escolhido para levar o Evangelho a todas as gente e chamá-lo para Cristo.


A missa da vigília é uma preparação para bem celebrarmos o aniversário "do adorável nascimento do filho de Deus", daquele que a Esposa de José deu a luz e que, da raça de Davi, segundo a carne, foi predestinado a reinar com poder, pela ressurreição dos mortos. O Nascimento de Cristo aparece desde já orientado, através da Paixão, para a sua ressurreição e reino glorioso. Há duas vindas, ou melhor, dois momentos da mesma vinda: O nascimento do Redentor já é a preparação para a vinda final e do juízo Triunfador. É a esta luz que devemos compreender a maior parte dos textos litúrgicos do Natal. Na humilhação do presépio cantamos já a vinda de glória e saudamos, desde a sua aurora uma obra de redenção completamente realizada. Sob este ponto a Missa da vigília é particularmente notável: o mesmo pensamento por toda ela. Compreendemos melhor São Bernardo, a comentar em Matinas o Hodie e o Mane de que fala-o Êxodo, que ele diz significar: um, o dia da vinda presente, breve e cheio de trevas ainda, o outro o da eternidade nos esplendores dos Santos.


Preparemo-nos, portanto, para recebermos com alegria Aquele que nos vem resgatar para que um dia o possamos comtemplar sem receio, quando nos vier julgar.


Feliz Natal!

Liturgia: Símbolos do Natal e do Advento (Especial de Natal)





As celebrações da Igreja possuem uma riqueza no que diz respeito aos símbolos e cerimônias que a acompanham. Hoje Véspera de Natal iremos falar sobre o significado dos símbolos natalinos.


Coroa do Advento: Sua forma de círculo representa a eternidade. Acredita-se que tenha sua origem no paganismo como um amuleto contra as maldições. Os Cristãos utilizaram a Guirlanda ou coroa do Advento como um símbolo de esperança e amor divino. O material da qual é formada, galhos de pinheiros e azevinho, é verde como a esperança e seu laço vermelho, simboliza o amor de Deus aos homens. As quatro velas simbolizam os 4 domingos do advento que por sua vez simbolizam os 4000 anos de Adão até a chegada do Messias na terra.


Árvore de Natal: O uso de árvore em festividades de Dezembro já estava presente no Egito Antigo. A Árvore é símbolo de esperança e de vitória da vida contra a morte, simbolizada pelo rigor do inverno no hemisfério Norte. Os Druidas utilizavam carvalhos enfeitados neste mesmo dia na Festa pagã do Sol Invíctus. Os primeiros relatos sobre a Ávore de Natal aparecem na Alemanha no século XVI. No cristianismo o seu significado refere-se ao Reino de Deus com seus galhos e frutos coloridos, que foi inaugurado com o nascimento do Messias. Lembremo-nos também que no Inverno rigoroso da Europa, todas as árvores, exceto o pinheiro, perderam suas folhagens no outono, por isso, o pinheiro é visto também como o cristão que nunca deixa sua fé ser abalada diante das adversidades da vida.


Presépio: É mais comum nos países católicos, e sua origem remonta o século XIII. Obra de São Francisco de Assis que queria recriar a cena do nascimento do Salvado no ano de 1223. São Francisco utilizou pessoas e animais de verdade para o presépio. Depois disso com o passar dos anos as pessoas começaram a fabricar imagens de gesso e madeira do nascimento de Jesus para adornar as casas e as igrejas.


As bolas de Natal: São os frutos, os dons e as virtudes do bom cristão. Suas cores são variadas e seu significados distintos. As bolas douradas simbolizam a realeza; as bolas vermelhas o amor; as bolas azuis simbolizam o prêmio aos santos que é o céu; as bolas verdes simbolizam a esperança; as bolas prateadas simbolizam a glória.


A estrela: Simboliza a Estrela que guiou os Magos vindos do Oriente a adora o Senhor, o Rei dos reis (Mt 2, 2.9.10).


Velas: Simbolizam a Cristo que é Luz do Mundo que rompeu as trevas da noite e do pecado para nos salvar.


Papai Noel: Sua origem se deve a figura do Bispo São Nicolau, que era conhecido como bom e generoso para com os pobres. Sua festa é dia 06 de Dezembro. Morreu no ano de 350 d.C. Sua transformação em símbolo natalino ocorreu na Alemanha. Nos Estados Unidos, a tradição do velhinho de barba comprida e roupas vermelhas que anda num trenó puxado por renas ganhou força. A figura do Papai Noel que conhecemos hoje foi obra do cartunista Thomas Nast, na revista Harper's Weeklys, em 1881.


Ceia de Natal: Lembra-nos a última ceia na qual Jesus Instituiu a Santíssima Eucaristia. A família reunida na ceia lembra-nos de que Cristo é nosso centro. Nossa vida deve está em torno do Salvador que veio ao mundo redimir os pecadores.


Cartões de Natal: A prática de enviar cartões de Natal começou na Inglaterra no ano de 1843. Mas, foi em 1849 que os primeiros cartões populares de Natal começaram a ser vendidos por um artista inglês chamado William Egly.


Presentes: Presenteamos as pessoas num gesto simbólico no qual todos nós ganhamos o maior de todos os presentes: Jesus. A origem de dar presentes no natal é incerta. Atribui-se a São Nicolau que presenteava os pobres com moedas para sobrevirem. O costume de colocar presentes sob as árvores de Natal provavelmente começou durante o reinado de Elizabete I, filha de Henrique VIII, na Inglaterra, no século XVI. Ela promovia festas natalinas e recebia muitos presentes.


Luzes: Simbolizam assim como as velas que Jesus é a Luz do mundo.


Flor do Natal: Euphorbia pulcherrima, flor-de-papagaio ou espírito santo, possui brácteas vermelhas e folhas bem verdes. É decorativa, ilustra cartões natalinos. Foi encontrada no México em 1828 e depois introduzida na América Latina. Conta-se que uma humilde camponesa desejava oferecer um presente ao Menino Jesus e não tinha o que dar. Surge um anjo e lhe sugere que leve uma planta que existia junto à estrada. Feliz, ela vai entregá-la ao Menino Jesus. As pessoas que presenciavam a cena começaram a rir da pobre senhora, que começou a chorar. Suas lágrimas, ao caírem sobre as folhas, as tornaram vermelhas, para espanto de todos. A poinsettia ou espírito santo é uma planta que, exposta ao sol, é verde. Se estiver à sombra torna-se vermelha: é fato científico.


Missa do Galo: O fato da missa da meia-noite que já era celebrada nas origens do cristianismo se chamar dessa forma se deve ao fato de que o horário que correspondia as 00h até as 3h da madrugada era conhecida em Roma antiga como hora do Galo. Hora do galo pois é nesse horário que os galos cantam. Por isso ficou conhecida como Missa do Galo até hoje.


Cânticos natalinos: São numerosos e belos, e começou quando a Igreja Católica querendo evangelizar os pagãos que não sabiam ler e nem escrever, compôs músicas de melodia simples. Existem músicas natalinas cantadas até hoje e que se originaram no século IV.


Sinos: Os sinos emitem sons agradáveis e audíveis à distância, e são tocados em ocasiões geralmente festivas. Fazem parte do campanário das igrejas e também têm uso particular. Servem para enviar mensagens pelo ar. De modo geral, seu toque é festivo. Tocado por ocasião do Natal, nos lembra o fato de termos um Salvador que e fez homem, habitou entre nós e partiu deixando sua mensagem de amor e paz.






domingo, 23 de dezembro de 2007

IV Domingo do Advento: "João preparava as almas para a vinda de Cristo pelo batismo e pela penitência" (Ev.)



Como toda a liturgia deste tempo, a Missa do IV Domingo do Advento tem por fim preparar-nos para as duas vindas de Cristo, vinda de misericórdia para o Natal, em que comemoramos o nascimento de Jesus, e vinda de justiça no fim do mundo. O Intróito, o Evangelho, o Ofertório e a Comunhão referem-se à primeira; a Epístola, à segunda; e a Oração, o Gradual e o Alleluia podem se aplicar a uma e a outra.


Encontra-se nesta missa as três grandes figuras do Tempo do Advento: Isaías: ele é a voz que clama no deserto: Preparai os caminhos do Senhor, endireitai as suas veredas... e toda a carne verá a salvação de Deus. Ao comentar a pregação do Precursor, São Gregório explica que a ira futura com que São João ameaça o auditório é o castigo final que o pecador não poderá evitar, senão pela penitência: "o amigo do Esposo excita-nos a que não façamos apenas frutos de penitência, mas frutos dignos de penitência. Tais palavras são um apelo a consciência de cada um, convidando-nos a alcançar pela penitência um tesouro de boas obras, que deve ser tanto maior quanto mais profundos foram os estragos causados pelo pecado".


Vemos como a Igreja nunca perde de vista a última vinda de Jesus. Recordando-nos a Santíssima Virgem e lugar principal que ela ocupa no mistério do Natal a comunhão e o ofertório leva-nos ao nascimento em Belém. Na comunhão escutamos a profecia de Isaías, que anuncia sete séculos antes do nascimento virginal: Uma Virgem conceberás e dará a luz o Emanuel. O ofertório é uma saudação delicada e pura em que a Santa igreja, ouvindo as palavras do Arcanjo São Gabriel e de Santa Isabel, canta a graça especial de Maria ao gerar o homem Deus. "Gabriel quer dizer força de Deus, explica São Gregório, foi enviado a Maria, porque ele vinha anunciar o Messias, que se dignou a aparecer pequenino e humilde para vencer a todos os potentados. Convinha que fosse Gabriel, a força de Deus, a anunciar aquele que vinha como o Senhor dos Exércitos, Todo-Poderoso, o Invencível nos combates, que havia de vencer todas as potências do Mal".


A Oração alude a força de Deus, que antes de se mostrar na segunda vinda, se manifesta já na primeira, pois, que é revestido da nossa fraca e mortal natureza que Jesus vence o Demônio.


Vendo se aproximar a vinda de Jesus Nosso Salvador, digamos-lhe com a Santa Igreja: "Vinde Senhor, não tardeis".


Evangelho de Domingo:


Continuação do Santo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas:
No ano décimo quinto do reinado do imperador Tibério, sendo Pôncio Pilatos governador da Judéia, Herodes tetrarca da Galiléia, seu irmão Filipe tetrarca da Ituréia e da província de Traconites, e Lisânias tetrarca da Abilina,
sendo sumos sacerdotes Anás e Caifás, veio a palavra do Senhor no deserto a João, filho de Zacarias.
Ele percorria toda a região do Jordão, pregando o batismo de arrependimento para remissão dos pecados,
como está escrito no livro das palavras do profeta Isaías (40,3ss.): Uma voz clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas.
Todo vale será aterrado, e todo monte e outeiro serão arrasados; tornar-se-á direito o que estiver torto, e os caminhos escabrosos serão aplainados.
Todo homem verá a salvação de Deus.

sábado, 22 de dezembro de 2007

SÁBADO DAS TÊMPORAS DO ADVENTO



O sábado era o dia mais solene das Têmporas, porque era o dia em que a Igreja ordenava os presbíteros na Basílica de São Pedro em Roma. O Sábado das quatros Têmporas fora sempre celebrado nas grandes Basílicas construídas por Constantino, e reconstruídas no século XVI e XVII pelos Papas na colina do Vaticano, onde São Pedro foi martirizado, e onde repousam suas relíquias. Na noite das ordenações reunia-se o povo na ampla Basílica a liam-se doze lições, das quais são um vestígio das seis missas solenes. Estas celebrações de Dezembro eram outrora as únicas celebradas somente em Roma. A data, era por conseguinte, muito importante; na missa de hoje tudo nos apresenta sinais de uma liturgia antiguíssima, lembrando-nos, com suas numerosas leituras entremeadas de responsórios e orações, a forma primitiva da Antemissa. A alma que se deixa compenetrar na beleza dos textos deste Sábado das Quatros Têmporas do Advento sentir-se-á inválida de uma santa impaciência. Com a Igreja realça as mais belas profecias de Isaías, e aspira ao novo nascimento do Filho Único de Deus que deve vir resgatar-nos do pecado"; espera com confiança o Senhor Jesus que vem livrar-nos dos inimigos, "destruindo o Anticristo com esplendor da sua chegada".


O Evangelho evoca mais uma vez a figura de São João Batista o Precursor, que prepara as almas para a vinda do Salvador. Encontramos ainda neste mesmo Evangelho na missa do dia de amanhã, porque fazendo-se, outrora, a Ordenação à tarde, as leituras se prolongavam noite a dentro, estendendo-se até o domingo.


Evangelho do dia:


Continuação do Sento Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas: No ano décimo quinto do reinado do imperador Tibério, sendo Pôncio Pilatos governador da Judéia, Herodes tetrarca da Galiléia, seu irmão Filipe tetrarca da Ituréia e da província de Traconites, e Lisânias tetrarca da Abilina,
sendo sumos sacerdotes Anás e Caifás, veio a palavra do Senhor no deserto a João, filho de Zacarias.
Ele percorria toda a região do Jordão, pregando o batismo de arrependimento para remissão dos pecados,
como está escrito no livro das palavras do profeta Isaías (40,3ss.): Uma voz clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas.
Todo vale será aterrado, e todo monte e outeiro serão arrasados; tornar-se-á direito o que estiver torto, e os caminhos escabrosos serão aplainados.
Todo homem verá a salvação de Deus.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

SEXTA-FEIRA DAS TÊMPORAS DO ADVENTO



A missa de hoje é um perfeito resumo de todo o espírito do Advento, o qual se pode dizer o primeiro ato do drama grandioso da Encarnação. Poderíamos intitular este ato: A espera de Cristo, e representá-lo em tríptico: à esquerda os profetas, sobressaindo Isaías, que perscrutam o horizonte e anunciam a vinda de Cristo, Sol de justiça; à direita São João Batista que ainda no ventre de sua mãe saúda a Jesus que mais tarde o apresentará às turbas como o Messias esperado; no painel do meio a Virgem, no primeiro e segundo mistérios gozosos, a anunciação e a visitação, dos quais nos falam os Evangelhos de hoje e de quarta-feira.


Evangelho do dia:



Continuação do Santo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas: Naquele tempo: Maria se levantou e foi às pressas às montanhas, a uma cidade de Judá.
Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel.
Ora, apenas Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança estremeceu no seu seio; e Isabel ficou cheia do Espírito Santo.
E exclamou em alta voz: Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre.
Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe de meu Senhor?
Pois assim que a voz de tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança estremeceu de alegria no meu seio.
Bem-aventurada és tu que creste, pois se hão de cumprir as coisas que da parte do Senhor te foram ditas!
E Maria disse: Minha alma glorifica ao Senhor,
meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador.

São Tomé, Apóstolo e Mártir



Apostolo e mártir, mais conhecido como Tomé o Incrédulo e é um dos doze apóstolos e é citado nos 4 evangelhos embora o de São João é o mais detalhado nas epistolas envolvendo Tomé .Chamado por João Didymus, Grego para gêmeos, ele aparece em três momentos especiais. Primeiro quando se proclama pronto para morrer por Cristo ,dizendo no caminha para Bethany "Vamos morrer com ele"(João 11:16) Depois quando ele diz a Jesus: "Mestre nós não sabemos onde você está indo: como vamos saber o caminho?" E prontamente Jesus responde " Eu sou o caminho e a verdade e a vida. Ninguém chega ao Pai, exceto através de mim".
Finalmente, Tomé duvida dos seus companheiros discípulos quando eles dizem que ele haviam visto Jesus ressuscitado: "Se eu não ver as marcas dos pregos nas suas mãos e não colocar o meu dedo nas chagas das mãos e minha mão em seu lado ,eu não acreditarei (Lu 20:25)". Mas ele grita "Meu Senhor e meu Deus " quando fica face a face com o Senhor.
( Alguns estudiosos pensam que esta dúvida foi propositadamente sugerida por Deus, para que fosse possível alguém tocar nas chagas de Jesus, ficando assim sem a menor duvida, que Jesus havia ressuscitado. Este raciocínio ainda é confirmado, porque a frase "Vamos morrer com ele" foi dita quando os outros apóstolos não queriam que Jesus fosse ressuscitar Lázaro dos mortos e Tomé insistiu e foi o maior milagre de Jesus).
São Gregorio, o magno em uma de suas homilias diz claramente:" O que vocês pensam quando São Tomé não acreditou e Ele voltou para ser visto, ouvido, tocado e acreditado!? Uma maravilhosa Providencia Divina visto que Tomé era o único ausente e tudo foi arranjado por Ele para que Tomé fosse ser a maravilha da misericórdia Divina aos descrentes e Tomé ao tocar as feridas, curou a grande ferida da descrença.". Pouco é conhecido sobre sua vida posterior a morte de Jesus embora Euzébius da Cesárea confirmou na sua "Historia Eclesiástica" que Tomé pregou entre os Parthias no Leste. Esta assertiva confirma as varias lendas e tradições de São Tomé teria sido um missionário na Índia, onde ele é considerado o fundador dos Cristãos Malabares, perto de Madras, uma descrição a qual é prescrita nos "Atos de Tomé", escrito em Syriaco durante o terceiro século e influenciado os Agnósticos. Outros escritos atribuem a São Tomé o Evangelho de São Tomé , o Atleta , que outros consideram apócrifo. Suas relíquias estão supostamente guardadas em um santuário em Ortona, na Itália. Seus símbolos são a lança , o machado e o esquadro de carpinteiro.
Ele é padroeiro dos geólogos, geógrafos, geometristas, dos arquitetos, dos construtores e das pessoas em dúvida.


quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

QUARTA-FEIRA DAS TÊMPORAS DO ADVENTO



Já no século V a Igreja Romana santificava as quatro estações do ano por meio das Têmporas do Advento. Porém somente no século XI que o Papa São Gregório VII as limitou aos dias em que conhecemos hoje. Constam de três dias de jejum, 4ª, 6ª e sábados, afim de consagrar a Deus os diversos períodos do ano agrícola e servirem de preparação para as ordenações. Era grande a importância que gozavam na primitiva Igreja. Os sábados eram os dias mais importantes.


O Evangelho é o da anunciação e a sua primeira palavra missus serve para designar a Missa deste dia, a qual gostavam de assistir os viajantes. Recorda a missão do Arcanjo São Gabriel a Nossa Senhora para lhe anunciar a maternidade divina. "Não era a boca de um homem, mas de um anjo, a que devia anunciar o mistério de tal mensagem. Pela primeira vez é hoje que se ouve: "O Espírito Santo virá sobre ti". Ouve-se e acredita-se. "Eis aqui, diz Maria, a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a sua palavra". Há afinidades muito antigas na liturgia, entre a anunciação do dia 18 de Dezembro, em vez de 25 de Março, por este dia cair muitas vezes na Quaresma. Este primeiro dos mistérios gozosos da Santíssima Virgem adapta-se perfeitamente ao Espírito de alegria que caracteriza o Advento, em que esperamos "o Senhor que está próximo" e que depois de ter vindo na humildade da carne humana para nos salvar, voltará um dia como Rei e cheio de glória para se vingar de seus inimigos e nos libertar para sempre.


Evangelho do dia:



Continuação do Santo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas: Naquele tempo: No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré,
a uma virgem desposada com um homem que se chamava José, da casa de Davi e o nome da virgem era Maria.
Entrando, o anjo disse-lhe: Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo.
Perturbou-se ela com estas palavras e pôs-se a pensar no que significaria semelhante saudação.
O anjo disse-lhe: Não temas, Maria, pois encontraste graça diante de Deus.
Eis que conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus.
Ele será grande e chamar-se-á Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi; e reinará eternamente na casa de Jacó,
e o seu reino não terá fim.
Maria perguntou ao anjo: Como se fará isso, pois não conheço homem?
Respondeu-lhe o anjo: O Espírito Santo descerá sobre ti, e a força do Altíssimo te envolverá com a sua sombra. Por isso o ente santo que nascer de ti será chamado Filho de Deus.
Também Isabel, tua parenta, até ela concebeu um filho na sua velhice; e já está no sexto mês aquela que é tida por estéril,
porque a Deus nenhuma coisa é impossível.
Então disse Maria: Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra. E o anjo afastou-se dela.

Catecismo Online: "Desceu aos infernos e ao terceiro dia ressurgiu dos mortos." (Parte I)




Se muito importa conhecer a glóriasa sepultura de Jesus Cristo Nosso Senhor (Is 11,10), conforme acabamos de tratar, de maior alcance para o povo cristão é saber os nobres triunfos que ele alcançou, com a derrota do demônio, e com a tomada dos infernos.


Disso vamos ocupar-nos agora, juntamente com a Ressurreição. Poderíamos, sem dúvida, falar desta parte separadamente; mas, a exemplo dos santos padres, julgamos melhor juntá-la com a descida aos infernos.



A primeira cláusula deste artigo propõe-nos a crer que, após a morte de Cristo, Sua alma desceu aos infernos, e lá todo o tempo que o corpo esteve no sepulcro.



Com estas palavras, confessamos igualmente que a mesma pessoa de Cristo esteve nos infernos, ao mesmo tempo que jazia no túmulo. Este fato não deve causar estranhamento a ninguém. Conforme já dissemos várias vezes, a Divindade nunca se apartou da alma nem do Corpo, não obstante a separação que houve entre a alma e o corpo.



Para maior evidência deste artigo, devemos entender o significado da palavra "infernos", neste artigo. Devemos compreender também que esta palavra não designa o sepulcro como alguns asseveravam, com uma impiedade igual a própria ignorância.



No artigo anterior, vimos com efeito que Cristo Nosso Senhor fora sepultado. Ora, não havia motivo para que os Santos Apóstolos, na doutrinação da fé, repetissem a mesma verdade com outras palavras, por sinal que mais obscuras.



A expressão "infernos" designa os ocultos receptáculos onde são detidas as almas que não conseguiram a bem-aventurança do Céu.



Neste sentido, ocorrer em muitos lugares da Sagrada Escritura. Lê-se, por exemplo, no Apóstolo: "Ao nome de Jesus, deve-se dobrar reverente todos os joelhos, seja no Céu, na terra ou nos infernos" (Fil 2,10). E nos Atos dos Apóstolos atesta São Pedro que "Cristo Nosso Senhor ressuscitou, depois de vencer as dores do inferno" (Ato 2,24).



Mas esses receptáculos não são todos da mesma categoria. Um deles é a horrenda e tenebrosa prisão, em que as almas réprobas são atormentadas num fogo eterno e inextinguível (Mc 9,44ss), juntamente com os espíritos imundos. Chama-se também "geena" (Mt 5,22; 23,15-33; 25,41), e "abismo" (Apoc 9,11; 20,3). É o inferno propriamente dito.



Há também um fogo expiatório, no qual por certo tempo sofrem e se purificam as almas dos justos, até que lhes seja franqueado o acesso da Pátria eterna, onde nada de impuro pode entrar (Apoc 21,27).



Consoante as declarações dos Santos Concílios, essa verdade tem por si os testemunhos da Escritura e da Tradição Apostólica. Essa verdade deve ser defendida durante todo católico até chegarmos ao tempo em que os homens já não suportarão a sã doutrina (2Tim 4,3).



Existe, afinal, um terceiro receptáculo, em que eram recolhidas as almas justas, antes da vinda de Cristo Nosso Senhor. Ali desfrutavam um suave remanso, sem nenhuma sensação de dor. Alentavam-se com a ditosa esperança do resgate. Estas almas eleitas aguardavam o Salvador no seio de Abraão (Lc 16,22-23); foi a elas que Cristo Nosso Senhor libertou, na descida aos infernos.



(Fonte: Catecismo da Igreja Católica - 1962 - Ed. Vozes)