Vestes eclesiásticas na vida particular
Durante os primeiros séculos do cristianismo, o vestuário eclesiástico em nada se diferenciava do vestuário dos leigos. No auge da perseguição religiosa que sofria os cristão, a mais elementar prudência aconselhava que se evitasse cuidadosamente qualquer distintivos que pudessem chamar a atenção pública, e revelar aos agentes dos governos pagãos quem era ministro do Senhor. Ora, os homens dessa época seguiam duas modas principais: vestiam a túnica, com mangas ou sem mangas, ou toga, que era uma espécie de capa grande, passando por debaixo do braço direito. Os trajes femininos eram mais ou menos iguais ao dos homens, sendo que a túnica e o manto eram de um tecido melhor e com enfeites.
No século VI, deu-se no vestuário dos leigos uma transformação completa. Os romanos escolheram a veste curta dos bárbaros, a quem estavam agora sujeitos. A Igreja não aderiu aos novos costumes, permanecendo fiel às tradicionais vestimentas. Logo, ficou esta diferenciação que vemos atualmente. O uso do hábito talar, não se trata de nenhuma inovação da Igreja, mas sim, resultado deste fato histórico no qual os romanos que foram vencidos pelos bárbaros, preferiram aderir a seus costumes, enquanto os clérigos conservaram as vestimentas tradicionais.
Vestes dos eclesiásticos nas funções sacras
Não é possível dizer com precisão, como se vestiam os clérigos dos três primeiros séculos da Igreja, no desempenho das funções sacras, já que os documentos antigos não são unânimes neste ponto, que aliás quase não frisam. O que há mais de verdade, que podemos afirmar, é que havia pouquíssima diferença, ou nenhuma, nas roupas que os clérigos usavam na vida particular com as que eles utilizavam nas celebrações. É mais provável que duas características distinguiam estas últimas: as veste que serviam para as celebrações eram geralmente de cor branca apresentando maior asseio e maior opulência do que as roupas comuns.
Estas considerações retrospectivas, sobre os primitivos trajes dos soldados do culto cristão, servem para compreendermos melhor sobre as vestes litúrgicas que usamos atualmente na Igreja.
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