segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Liturgia: Vestimentas eclesiásticas dos ministros inferiores

Nas missas solenes, os paramentos dos diáconos e subdiáconos são praticamente os mesmo que os do padre, sendo que o diácono não usa a casula. Em vez de casula o diácono usa a dalmática e o subdiácono usa a túnica.


A Dalmática (do latim "dalmática" de "dalmatia", de Dalmácia): Este traje era característico dos dálmatas, habitante da Dalmácia. A Igreja adotou esse traje nas celebrações litúrgicas a princípio reservado aos Papas. Depois fora estendido aos bispos. Finalmente no século IV, determinou o Papa Silvestre que fossem insígnias privativas dos diáconos de Roma. Aos Poucos se modificou a dalmática. As mangas que traziam outrora desapareceram, e foram substituídas por duas tiras que encobre os ombros.


Túnica: Embora sejam vestes próprias do subdiácono, a túnica não difere da dalmática. Primitivamente sim. O tecido e os seus formatos originais eram outros. A túnica não era tão larga e tinha mangas mais curtas Na opinião de alguns liturgistas, foi no colobium que se deu origem a estes paramentos. A túnica alcançava o joelho e tinha mangas muito pequenas; por isso chamavam de colobium, do grego kolobos que significa "cortado".


No aspecto simbólico, é a atribuída a túnica, assim como a dalmática, a alegria de que deve inundar o diácono e ao subdiácono, por serem consagrados a vida aos serviços de Deus.


Sobrepeliz: No começo, a sobrepeliz tinha mais ou menos o tamanho da alva. Depois foi diminuindo até que modernamente ela nunca fica abaixo do joelho. Usam-na os clérigos, quando assistem as cerimônias da Igreja ou desempenham alguma função eclesiástica.


Roquete: Derivou igualmente da alva. É parecido hoje com a sobrepeliz. Tem mangas estreitas, com muitos bordados. De uso exclusivo dos bispos e dos cônegos.


Barrete: O barrete não era conhecido nos primeiros séculos. Nas cerimônias litúrgicas, os padres celebravam as missas com a cabeça coberta pelo amito. Na vida civil tinha um capuz preso ao manto chamado de birrus ou pénula. No século X, julgaram muito difícil e pouco eficaz esta moda de se cobrir. Adotaram, em seu lugar, uma espécie de chapéu redondo e, mais tarde, quadrado, que veio a ser o barrete.


Capa: Também chamada de pluvial. Era um manto grande, aberto na frente do provido de capuz para resguardar da chuva durante as procissões. Passando com o tempo a ser um paramento litúrgico, onde sofreu diversas alterações. Na idade Média, bordaram-na com brocados de ouro e no século XV retiraram-lhe o capuz. O uso de capa é reservado apenas ao sacerdote, porém nos ofícios de bênçãos e nas procissões, tanto a levam os mais categorizados ministros do culto como os clérigos de ordens menores.

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