domingo, 18 de novembro de 2007

6º Domingo depois da Epifania - 25º Pós Pentecostes: "Revelarei coisas que ficaram ocultas desde a criação do Mundo" (Ev.)



Deus diz São Paulo, falou-nos pelo seu filho, a quem constitui herdeiro de tudo, e o qual, sendo o esplendor da glória do Pai e a figura da sua substância e conservando tudo por meio de sua palavra, quis operar a purificação dos pecados, e agora está sentado a direita de Deus. A nenhum dos anjos disse Deus "Tu és meu filho, hoje mesmo te gerei". E quando o enviou ao mundo disse: "Que todos os anjos o adorem". O Apóstolo, comenta Santo Atanásio, declara Jesus superior aos anjos para evidenciar a diferença que existe entre Cristo, o filho de Deus, e as criaturas. A missa de hoje revela igualmente a divindade de Cristo, tão claramente expressa no ofício de matinas, como acabamos de ver. É Deus, porque revelas as coisas ocultas em Deus e que o mundo ignora. A sua palavra é divina, porque tem o poder de apaziguar as tempestades das paixões e é capaz de produzir na alma de quem a receber maravilhas de fé, de esperança e caridade. A Igreja divina é também. Pega em raiz-divina, na palavra do Senhor, e está admiravelmente figurada nas três medidas de farinha que a força força expansiva do fermento leveda, e no grão de mostarda a mais pequena das sementes, que em breve se torna em um árvore frondosa onde as aves do Céu encontram abrigo.




Meditemos com freqüência o Evangelho para que nos penetre e nos transforme como crescente e se torne, na nossa alma e na nossa vida, árvore frondosa cheia de frutos de santidade. Desta maneira trabalharemos eficazmente no alargamento do Reino de Deus.




Evangelho de Domingo:

Continuação do Santo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus: Naquele tempo: Contou Jesus à uma grande multidão esta parábola: O Reino dos céus é comparado a um grão de mostarda que um homem toma e semeia em seu campo.
É esta a menor de todas as sementes, mas, quando cresce, torna-se um arbusto maior que todas as hortaliças, de sorte que os pássaros vêm aninhar-se em seus ramos.
Disse-lhes, por fim, esta outra parábola. O Reino dos céus é comparado ao fermento que uma mulher toma e mistura em três medidas de farinha e que faz fermentar toda a massa.
Tudo isto disse Jesus à multidão em forma de parábola. De outro modo não lhe falava,
para que se cumprisse a profecia: Abrirei a boca para ensinar em parábolas; revelarei coisas ocultas desde a criação (Sl 77,2).

Lefebvre, Dom Gaspar. Missal Quotidiano e Vesperal. Bruges, Bélgica; Abadia de S. André, 1960

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