sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Retrospecto do mês: Uma análise dos acontecimentos do mês de Agosto e antecedentes


O mês de Agosto já está terminando, e com ele ficam os nossos agradecimentos a Deus Nosso Senhor por mais um mês que se finda e por mais um outro que se inicia. Peçamos a Deus pelas almas dos que não tiveram a mesma oportunidade de terminar este mês estando entre nós, para que Deus os conceda o descaço eterno e a paz.





Este mês que se despede tem por característica a devoção dos grandiosos mistérios da Santíssima Virgem. Sua assunção, coroação e seu imaculado coração. Virgem mãe que na atualidade tem sofrido constantes ataques furiosos dos hereges, que seguindo uma doutrina humana, demonstra-se contraditória e causadora de subjetivismo.






Uma vez me questionava sobre o olhar com que os católicos de hoje olham para a figura amável e doce da Santíssima Virgem. Pensei que, muitos poderiam responder se fossem indagados: "como uma mãe" ou "como a mãe de Jesus e nossa também". Mas muitos se esquecem de olha-la como uma mulher que venceu o mundo. Como a Senhora, que com a graça de Deus venceu as trevas do pecado, o demônio e a carne.






Muitos católicos não chegam a compreender a grandiosidade do título dado a Mãe de Jesus de "Virgem", e a sua riqueza demonstrada de forma mais profunda aos corações inclinados a contemplação. Virgem, meus caros irmãos, significa uma mulher que se privou dos prazeres terrenos por um amor extremo a Deus. Significa também, uma mulher que venceu o mundo com suas tentações e malícias, por incomensurável amor ao divino. Virgem significa também, um amor sem medidas, pois privou-se de tudo o que hoje chamamos de "curtir a vida" para verdadeiramente gozar das alegrias verdadeiras que estão no Altíssimo.





A figura de Maria Santíssima tem em muito a nos ensinar, como o valor da maternidade. Quem no mundo poderia ser escolhida para ser a mãe do próprio Deus? Não podia ser qualquer pessoa a ter a graça de receber em seu seio o criador do universo, já que Deus e o pecado se repelem. Teria de ser uma alma e corpo santo e imaculado. Um corpo que não provou dos pecados e que se privou de outros prazeres lícitos por amor. Uma alma caridosa, justa, humilde para acolher o amor infinito sem que jamais o orgulho passasse por seu coração mas sim o reconhecimento de que o autor de tão grande maravilha era seu Senhor: "grandes coisas fez em mim aquele que o nome é santo" (Lc 1,49).



Poderia hoje citar inúmeros casos de qualificação lamentável que tivemos a infelicidade de presenciar neste mês de agosto. Mas prefiro me abster destes fatos para neste mês valorizar a importância da oração e das práticas das virtudes que tem perdido espaço dentro de nossos corações modernizados. Por isso exalto a figura de Maria Santíssima, para que nós olhemos para a Virgem como ponto de referência, levando-nos até a seu filho Jesus. Vejamos os exemplos dos outros santos, cuja memória lembramos neste mês que se encerra. Santa Clara com seu amor à pobreza e a caridade com seus semelhantes; Santo Agostinho pela sua sede de verdade e de apostolado; Santa Mônica com sua vida de orações e modelo exemplar de mãe zelosa, pela salvação e integridade de seus filhos; Santa Rosa de Lima por seu amor e sua vida cheia de privações e penitências; São Luís Rei de França com seu zelo pelas coisas santas e exemplo sublime de chefe de Estado; São João Batista que defendeu a moral e a fé com o próprio sangue; e muitos outros que todos nós conhecemos.





Vendo todos os fatos deste mês e seus antecedentes, aos quais lamentamos muito, chegamos a conclusão de que o mundo está longe dos ideais de Nosso Senhor Jesus Cristo, que encontrou fiel seguidora a sua própria Mãe e os inúmeros seguidores, que hoje são elevados a honra dos altares. Peço, encarecidamente, aos leitores deste blog, que neste novo mês que se inicia, a olharem para a bandeira do Brasil com um olhar diferenciado. Olhemos para o verde de nossa bandeira, como quem vê a esperança de nossa nação em dias melhores e felizes. Olhemos para o amarelo, e vejamos a riqueza da nossa fé e de nossas boas obras. E olhemos para o céu estrelado, azul e anil, lembrando que nossa verdadeira pátria é o céu, e que só conquistaremos se tivermos uma vida coerente e de acordo com os princípios divino. Pensemos na palavra "ordem", no sentido espiritual e do Estado de direito. Que as leis de Deus e do estado (desde que de acordo com a primeira), sejam implementadas visando a paz e a ordem na nação. Pensemos no "progresso" não como um progresso apenas material, mas num progresso humano e espiritual. Entreguemos nossas vidas nesses ideais para a construção de uma nova sociedade, mais próximas dos ideais evangélicos. E que a Senhora das Dores interceda por nós e principalmente pelos que sofrem nesta terra de exílio e peregrinação.

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