segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Liturgia: Símbolos do Natal e do Advento (Especial de Natal)





As celebrações da Igreja possuem uma riqueza no que diz respeito aos símbolos e cerimônias que a acompanham. Hoje Véspera de Natal iremos falar sobre o significado dos símbolos natalinos.


Coroa do Advento: Sua forma de círculo representa a eternidade. Acredita-se que tenha sua origem no paganismo como um amuleto contra as maldições. Os Cristãos utilizaram a Guirlanda ou coroa do Advento como um símbolo de esperança e amor divino. O material da qual é formada, galhos de pinheiros e azevinho, é verde como a esperança e seu laço vermelho, simboliza o amor de Deus aos homens. As quatro velas simbolizam os 4 domingos do advento que por sua vez simbolizam os 4000 anos de Adão até a chegada do Messias na terra.


Árvore de Natal: O uso de árvore em festividades de Dezembro já estava presente no Egito Antigo. A Árvore é símbolo de esperança e de vitória da vida contra a morte, simbolizada pelo rigor do inverno no hemisfério Norte. Os Druidas utilizavam carvalhos enfeitados neste mesmo dia na Festa pagã do Sol Invíctus. Os primeiros relatos sobre a Ávore de Natal aparecem na Alemanha no século XVI. No cristianismo o seu significado refere-se ao Reino de Deus com seus galhos e frutos coloridos, que foi inaugurado com o nascimento do Messias. Lembremo-nos também que no Inverno rigoroso da Europa, todas as árvores, exceto o pinheiro, perderam suas folhagens no outono, por isso, o pinheiro é visto também como o cristão que nunca deixa sua fé ser abalada diante das adversidades da vida.


Presépio: É mais comum nos países católicos, e sua origem remonta o século XIII. Obra de São Francisco de Assis que queria recriar a cena do nascimento do Salvado no ano de 1223. São Francisco utilizou pessoas e animais de verdade para o presépio. Depois disso com o passar dos anos as pessoas começaram a fabricar imagens de gesso e madeira do nascimento de Jesus para adornar as casas e as igrejas.


As bolas de Natal: São os frutos, os dons e as virtudes do bom cristão. Suas cores são variadas e seu significados distintos. As bolas douradas simbolizam a realeza; as bolas vermelhas o amor; as bolas azuis simbolizam o prêmio aos santos que é o céu; as bolas verdes simbolizam a esperança; as bolas prateadas simbolizam a glória.


A estrela: Simboliza a Estrela que guiou os Magos vindos do Oriente a adora o Senhor, o Rei dos reis (Mt 2, 2.9.10).


Velas: Simbolizam a Cristo que é Luz do Mundo que rompeu as trevas da noite e do pecado para nos salvar.


Papai Noel: Sua origem se deve a figura do Bispo São Nicolau, que era conhecido como bom e generoso para com os pobres. Sua festa é dia 06 de Dezembro. Morreu no ano de 350 d.C. Sua transformação em símbolo natalino ocorreu na Alemanha. Nos Estados Unidos, a tradição do velhinho de barba comprida e roupas vermelhas que anda num trenó puxado por renas ganhou força. A figura do Papai Noel que conhecemos hoje foi obra do cartunista Thomas Nast, na revista Harper's Weeklys, em 1881.


Ceia de Natal: Lembra-nos a última ceia na qual Jesus Instituiu a Santíssima Eucaristia. A família reunida na ceia lembra-nos de que Cristo é nosso centro. Nossa vida deve está em torno do Salvador que veio ao mundo redimir os pecadores.


Cartões de Natal: A prática de enviar cartões de Natal começou na Inglaterra no ano de 1843. Mas, foi em 1849 que os primeiros cartões populares de Natal começaram a ser vendidos por um artista inglês chamado William Egly.


Presentes: Presenteamos as pessoas num gesto simbólico no qual todos nós ganhamos o maior de todos os presentes: Jesus. A origem de dar presentes no natal é incerta. Atribui-se a São Nicolau que presenteava os pobres com moedas para sobrevirem. O costume de colocar presentes sob as árvores de Natal provavelmente começou durante o reinado de Elizabete I, filha de Henrique VIII, na Inglaterra, no século XVI. Ela promovia festas natalinas e recebia muitos presentes.


Luzes: Simbolizam assim como as velas que Jesus é a Luz do mundo.


Flor do Natal: Euphorbia pulcherrima, flor-de-papagaio ou espírito santo, possui brácteas vermelhas e folhas bem verdes. É decorativa, ilustra cartões natalinos. Foi encontrada no México em 1828 e depois introduzida na América Latina. Conta-se que uma humilde camponesa desejava oferecer um presente ao Menino Jesus e não tinha o que dar. Surge um anjo e lhe sugere que leve uma planta que existia junto à estrada. Feliz, ela vai entregá-la ao Menino Jesus. As pessoas que presenciavam a cena começaram a rir da pobre senhora, que começou a chorar. Suas lágrimas, ao caírem sobre as folhas, as tornaram vermelhas, para espanto de todos. A poinsettia ou espírito santo é uma planta que, exposta ao sol, é verde. Se estiver à sombra torna-se vermelha: é fato científico.


Missa do Galo: O fato da missa da meia-noite que já era celebrada nas origens do cristianismo se chamar dessa forma se deve ao fato de que o horário que correspondia as 00h até as 3h da madrugada era conhecida em Roma antiga como hora do Galo. Hora do galo pois é nesse horário que os galos cantam. Por isso ficou conhecida como Missa do Galo até hoje.


Cânticos natalinos: São numerosos e belos, e começou quando a Igreja Católica querendo evangelizar os pagãos que não sabiam ler e nem escrever, compôs músicas de melodia simples. Existem músicas natalinas cantadas até hoje e que se originaram no século IV.


Sinos: Os sinos emitem sons agradáveis e audíveis à distância, e são tocados em ocasiões geralmente festivas. Fazem parte do campanário das igrejas e também têm uso particular. Servem para enviar mensagens pelo ar. De modo geral, seu toque é festivo. Tocado por ocasião do Natal, nos lembra o fato de termos um Salvador que e fez homem, habitou entre nós e partiu deixando sua mensagem de amor e paz.






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