São João Batista é, como o profeta Isaías e a Santíssima Virgem, uma das três grandes figuras que enchem a liturgia do advento. Ao mesmo tempo profeta do Messias (o último dos profetas) e testemunha de Cristo (foi o primeiro a pregar as multidões a sua vinda).
São João Batista suscitado por Deus para preparar os caminhos do Senhor continua como outrora a cumprir sua missão junto de nós. A Santa Igreja compraz-se em repetir-nos o testemunho do Precursor, as suas exortações a penitência, e aponta-no-lo como exemplo de profunda humildade. Como os homens o tomassem por Cristo, humilhou-se até o ponto de declarar indigno de desatar os cordões de seus sapatos. As suas exortações conservam ainda hoje toda a importância. O Salvador, que para nós já veio, está para vir ainda para muitas das almas que continuam a ignorá-lo. Nós mesmo devemos recebê-lo cada vez mais em nossas almas. Na festa do Natal realiza-se a nossa filiação divina. Além disso, devemos preparar-nos para a última vinda do Senhor, em que Ele virá julgar-nos sobre a maneira como recebemos nesse mundo. A Igreja prepara-nos assim para a festa do Natal e também para essa última vinda do Salvador. A grande alegria dos cristãos à qual nos convida a Igreja, é a de sentirmos que o dia do Senhor se aproxima, dia em que virá cheio de glória para nos introduzir consigo na Jerusalém Celeste. Façamos votos para que o Natal nos prepare para esse grande dia que o Apóstolo diz está próximo e para que ele se realize depressa. Todas essas aspirações do Advento, estes "Vinde", são como um eco dos profetas e daquele "Veni" com que João termina o livro do Apocalipse: "Vinde Senhor Jesus!" é a última frase do Novo Testamento. Como sinal de alegria, tocam-se os órgãos à missa solene e o sacerdote pode usar paramentos de cor rosa, os quais simbolizam a alegria da Jerusalém Celeste e um alívio as penitências do Advento roxo. Alega-te ó Jerusalém, com Grande Alegria, porque há ti virá o Salvador, Aleluia. "Per adventum tuum libera nos Domine", cantamos nós na ladainha de todos os Santos.
Evangelho de Domingo:
Continuação do Santo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João: Naquele Tempo:
Os judeus enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para perguntar a João: Quem és tu?
Ele fez esta declaração que confirmou sem hesitar: Eu não sou o Cristo.
Pois, então, quem és?, perguntaram-lhe eles. És tu Elias? Disse ele: Não o sou. És tu o profeta? Ele respondeu: Não.
Perguntaram-lhe de novo: Dize-nos, afinal, quem és, para que possamos dar uma resposta aos que nos enviaram. Que dizes de ti mesmo?
Ele respondeu: Eu sou a voz que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor, como o disse o profeta Isaías (40,3).
Alguns dos emissários eram fariseus.
Continuaram a perguntar-lhe: Como, pois, batizas, se tu não és o Cristo, nem Elias, nem o profeta?
João respondeu: Eu batizo com água, mas no meio de vós está quem vós não conheceis.
Esse é quem vem depois de mim; e eu não sou digno de lhe desatar a correia do calçado.
Este diálogo se passou em Betânia, além do Jordão, onde João estava batizando.
Os judeus enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para perguntar a João: Quem és tu?
Ele fez esta declaração que confirmou sem hesitar: Eu não sou o Cristo.
Pois, então, quem és?, perguntaram-lhe eles. És tu Elias? Disse ele: Não o sou. És tu o profeta? Ele respondeu: Não.
Perguntaram-lhe de novo: Dize-nos, afinal, quem és, para que possamos dar uma resposta aos que nos enviaram. Que dizes de ti mesmo?
Ele respondeu: Eu sou a voz que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor, como o disse o profeta Isaías (40,3).
Alguns dos emissários eram fariseus.
Continuaram a perguntar-lhe: Como, pois, batizas, se tu não és o Cristo, nem Elias, nem o profeta?
João respondeu: Eu batizo com água, mas no meio de vós está quem vós não conheceis.
Esse é quem vem depois de mim; e eu não sou digno de lhe desatar a correia do calçado.
Este diálogo se passou em Betânia, além do Jordão, onde João estava batizando.
Lefebvre, Dom Gaspar. Missal Quotidiano e Vesperal. Bruges, Bélgica; Abadia de S. André, 1960.
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