domingo, 30 de dezembro de 2007

Domingo dentro da Oitava de Natal (OITAVA DO NATAL)




Antes da vinda do Filho de Deus, enviado pelo Pai, para que também recebêssemos a adoção de filhos de Deus, o homem era como um herdeiro na sua menoridade que em nada se distinguia dum escravo. Pelo contrário, agora que a lei nova o emancipou da tutela antiga, "ele já não é mais servo e sim filho". Desta maneira o culto dos filhos de Deus resume-se nesta palavra proferida com Jesus: "Pai!".



O Evangelho descobre-nos qual será o grandioso papel, no futuro, deste Menino cuja manifestação começa hoje no templo. É o Rei cujo o reino penetrará até o interior dos corações. Será para todos a pedra de toque, pedra de escândalo para os que o rejeitarem, e pedra angular de suporte para os que o receberem.



Só depois da maioridade é que o filho entra na posse da herança a que tem direito. Antes disso depende daqueles que em seu nome administram o patrimônio. Era assim para os judeus na Lei Mosaica. Esperavam pelo rico patrimônio da nova lei, mas estavam sujeitos ainda aos ritos e prescrições da Antiga Aliança, espécie de tutela do povo de Deus, enquanto esperavam a herança que lhes fora prometida. Mas essa hora da herança chegou; o Filho de Deus fez-se homem para nos libertar da escravidão da Lei e tornar-nos filhos de Deus, co-herdeiros do reino do Céus. Com os tempos messiânicos cessa a lei mosaica e começa a maioridade do Povo de Deus, alcançada por meio do Batismo.



Evangelho do Domingo:



Continuação do Santo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas: Naquele Tempo:
São José e Maria estavam admirados das coisas que dele se diziam.
Simeão abençoou-os e disse a Maria, sua mãe: Eis que este menino está destinado a ser uma causa de queda e de soerguimento para muitos homens em Israel, e a ser um sinal que provocará contradições,
a fim de serem revelados os pensamentos de muitos corações. E uma espada transpassará a tua alma.
Havia também uma profetisa chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser; era de idade avançada.
Depois de ter vivido sete anos com seu marido desde a sua virgindade, ficara viúva, e agora com oitenta e quatro anos não se apartava do templo, servindo a Deus noite e dia em jejuns e orações.
Chegando ela à mesma hora, louvava a Deus e falava de Jesus a todos aqueles que em Jerusalém esperavam a libertação.
Após terem observado tudo segundo a lei do Senhor, voltaram para a Galiléia, à sua cidade de Nazaré.
O menino ia crescendo e se fortificava: estava cheio de sabedoria, e a graça de Deus repousava nele.

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