A vigília do Natal é ela toda cheia de santa alegria, e se não fossem os paramentos indicando a penitência e o jejum, dizíamos que a festa já principiara. Com efeito, a Santa Igreja espera na alegria a vinda do Senhor que vem salvar seu povo do pecado. Todos os que crêem em Cristo fazem parte deste povo; "toda a carne verá a salvação de nosso Deus", disse Isaías. São Paulo também afirma na Epístola de hoje que foi escolhido para levar o Evangelho a todas as gente e chamá-lo para Cristo.
A missa da vigília é uma preparação para bem celebrarmos o aniversário "do adorável nascimento do filho de Deus", daquele que a Esposa de José deu a luz e que, da raça de Davi, segundo a carne, foi predestinado a reinar com poder, pela ressurreição dos mortos. O Nascimento de Cristo aparece desde já orientado, através da Paixão, para a sua ressurreição e reino glorioso. Há duas vindas, ou melhor, dois momentos da mesma vinda: O nascimento do Redentor já é a preparação para a vinda final e do juízo Triunfador. É a esta luz que devemos compreender a maior parte dos textos litúrgicos do Natal. Na humilhação do presépio cantamos já a vinda de glória e saudamos, desde a sua aurora uma obra de redenção completamente realizada. Sob este ponto a Missa da vigília é particularmente notável: o mesmo pensamento por toda ela. Compreendemos melhor São Bernardo, a comentar em Matinas o Hodie e o Mane de que fala-o Êxodo, que ele diz significar: um, o dia da vinda presente, breve e cheio de trevas ainda, o outro o da eternidade nos esplendores dos Santos.
Preparemo-nos, portanto, para recebermos com alegria Aquele que nos vem resgatar para que um dia o possamos comtemplar sem receio, quando nos vier julgar.
Feliz Natal!
Um comentário:
Feliz Natal, Pedro!
Votos de um ano novo de contínua batalha contra o "espírito da reforma", como está registrado no seu blog.
Pax et Bonum.
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