domingo, 14 de outubro de 2007

20 domingo depois de Pentecostes: "Vai, diz Nosso Senhor, teu filho vive". (Ev.)

As lições que estes se lêem no Ofício divino são tiradas quase todas do livro dos Macabeus. Depois do cativeiro da Babilônia, o povo de Deus tinha voltado a Jerusalém e reconstruído o templo. Os primeiros anos foram de paz. A mão de Deus, porém, não tardou a pesar sobre este povo de "cabeça dura", em conseqüência de novas e lamentáveis infidelidades. Antíoco Epifânio, com efeito apoderou-se de Jerusalém, saqueou a cidade e o templo, e decretou a abolição do judaísmo sob toda a extensão do império. Ergueram-se numerosos alteres aos ídolos e o número de apóstatas cresceram de forma tão assustadora, que parecia que ia desaparecer da face da terra a fé dos profetas de Israel. Deus, porém, esperava o momento oportuno para mostrar mais uma vez a este povo ingrato que, embora às vezes a mãe esquece o filho, ele nunca o esqueceria. Com efeito o sacerdote Matias reuniu um pequeno exército liderado pelo seu filho Judas Macabeu, que iria desviar o rumo dos acontecimentos e acender na alma dos velhos patriotas a chama fulgurante dos dias gloriosos. Esse punhado de homens decididos, rápidos como os abutres e Implacáveis como o Espírito de Deus, derrotaram o exército de Antioco e restauraram nas terras de Israel o culto ao Verdadeiro Deus.

Todas as partes da missa exprimem sentimentos semelhantes. O gradual por exemplo: "Todos os olhos se levantaram para vós, Senhor, Cheios de Esperança", traduz perfeitamente o sentido daquela oração tão bela: " O nosso olhar voltou-se para vós, Senhor, não nos deixe perecer". O ofertório, um dos versículos mais sentidos referentes ao cativeiro, revela-nos bem o estado de espírito dos Macabeus perante o templo profanado. Finalmente o Intróito, depois de dizer que o povo de Deus foi castigado, por causa dos seus crimes, pede ao senhor que mostre a sua misericórdia e glorifique o seu nome. Façamos estes, os nossos pensamentos. Reconheçamos que os males que sofremos são provenientes de nossa infidelidade à vontade divina, e roguemos também ao senhor que se compadeça de nós, que nos perdoe e nos una, para que o sirvamos em paz e glorifiquemos o seu nome.


Evangelho de Domingo:


Continuação do Santo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João: Naquele tempo:
Havia então em Cafarnaum um oficial do rei, cujo filho estava doente.
Ao ouvir que Jesus vinha da Judéia para a Galiléia, foi a ele e rogou-lhe que descesse e curasse seu filho, que estava prestes a morrer.
Disse-lhe Jesus: Se não virdes milagres e prodígios, não credes...
Pediu-lhe o oficial: Senhor desce antes que meu filho morra!
Vai, disse-lhe Jesus, o teu filho está passando bem! O homem acreditou na palavra de Jesus e partiu.
Enquanto ia descendo, os criados vieram-lhe ao encontro e lhe disseram: Teu filho está passando bem.
Indagou então deles a hora em que se sentira melhor. Responderam-lhe: Ontem à sétima hora a febre o deixou.
Reconheceu o pai ser a mesma hora em que Jesus dissera: Teu filho está passando bem. E creu tanto ele como toda a sua casa.

Nenhum comentário: