

A Própria bíblia está cheia de exemplos de intercessão, e aplica a Moisés o título de mediador (Dt 5,5): "Eu fui naquele tempo intérprete e mediador entre vós e o Senhor". E São Paulo em uma de suas carta em que afirma que Jesus Cristo sendo o único mediador entre os homens e Deus, fala-nos dos mediadores secundários (ITim 2,1-5): "Acima de tudo, recomendo que se façam preces, orações, súplicas, ações de graças por todos os homens, pelos reis e por todos os que estão constituídos em autoridade, para que possamos viver uma vida calma e tranqüila, com toda a piedade e honestidade. Isto é bom e agradável diante de Deus, nosso Salvador, o qual deseja que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade. Porque há um só Deus e há um só mediador entre Deus e os homens: Jesus Cristo, homem". Jesus Cristo é o único mediador entre Deus e os homens e os santos são mediadores por nós em Jesus Cristo. Em outra passagem no livro de Macabeus lê-se: "Eis o que vira: Onias, que foi sumo-sacerdote (já falecido), homem nobre e bom, modesto em seu aspecto, de caráter ameno, distinto em sua linguagem e exercitado desde menino na prática de todas as virtudes, com as mãos levantadas, orava por todo o povo judeu. Em seguida havia aparecido do mesmo modo um homem com os cabelos todos brancos, de aparência muito venerável, e nimbado por uma admirável e magnífica majestade. Então, tomando a palavra, disse-lhe Onias: Eis o amigo de seus irmãos, aquele que reza muito pelo povo e pela cidade santa, Jeremias, o profeta de Deus."
A Sagrada Tradição sempre entendeu que Jesus Cristo é o único mediador (o primeiro) que nos mereceu todas as graças e a salvação eterna, pela sua vida morte e ressurreição. Só por ele que nos pode dar dos seus méritos, sem recorrer a outro mediador. A Virgem e os Santos intercedem por nós mediadores secundários, por meio de Nosso Senhor Jesus Cristo, por meio de seus méritos e mediação. Nisso todas as orações litúrgicas terminam: "Por Nosso Senhor Jesus Cristo...
Oração: Ó meus Senhor Jesus Cristo, Pastor benígno, conservai os justos em graça, justificai os pecadores, compadecei-vos de todos os fiéis, e favorecei amorosamente este pecador. Amém.
Pai-Nosso; Ave-maria; Glória-ao-Pai...
Para a Intercessão de São Gregório Papa:
Ó meu Senhor e Deus, Jesus Cristo, que admirávelmente revelastes o mistério de vossa Santíssima Paixão ao vosso bem-aventurado servo São Gregório: peço-vos que a este miserável pecador concedais alcançar aquela perfeita remissão de pecados, que o mesmo vosso venerável pontífice, com abundante autoridade apostólica, liberalmente concedeu a todos que verdadeiramente se arrependessem e meditassem o progresso de vossa admirável paixão. Que vives e reinas por todos os séculos dos séculos. Amém.
Estas orações de São Gregório e Pai-nossos e Ave-marias que tenho rezado, ofereço-vos aos sagrados merecimentos da paixão e morte de meu Senhor, a quem peço mas que receba em desconto e satisfação de minhas culpas e pecados, confirmando o que São Gregório e outros pontífices tem concedido a quem as rezar diante da imagem do mesmo Senhor: e de tudo quanto ganho e minha vontade que Deus Nosso Senhor aplique o que for servido para tirar do purgatório a alma que seja mais que minha obrigação de seu santo serviço, bem e glória. Amém.
Incluímos também outros objetos litúrgicos aos quais não necessitam ser benzidos e consagrados: o baldaquino, o pálio ou umbela que serve como teto móvel para guardar o santíssimo sacramento nas procissões; também os estandartes e bandeiras de irmandades contendo imagens de Nosso Senhor, da Virgem e dos Santos.
É necessário convencermo-nos de que a obra da perfeição é obra de grande fôlego, que exige muita constância, e que somente são bem-sucedidos aqueles que voltam incessantemente ao trabalho com novo ardor, a despeito dos reveses parciais que experimentam. É isso o que fazem os homens de negócio, quando querem triunfar; é o que deve fazer toda a alma que quiser progredir. Todas as manhãs se deve perguntar a si mesma, se não pode fazer um pouco mais ou um pouco melhor por Deus; e todas as noites se deve examinar com cuidado, menos em parte o programa da manhã.
Para assegurar a constância, não há nada mais eficaz do que o exame particular fielmente praticado; quem concentrar a atenção sobre um determinado ponto, uma virtude e der conta ao próprio confessor o progressos realizados, pode ter certeza de ir avançando, ainda quando não tenha consciência disso.
Observe o caro leitor que a educação da vontade é algo também excelente para ajudar a triunfar da inconstância. Na próxima postagem falaremos sobre o fervor indiscreto dos principiantes.
(Fonte: Compêndio de Teologia Ascética e Mística - Apostolado da Imprensa - 1961)
Morte
Juízo
Paraíso
Oração: Meu Senhor Jesus Cristo, eu vos adoro suspenso nessa cruz, suportando a coroa de espinhos na vossa sacrossanta cabeça; eu vos rogo que essa nobilíssima cruz seja o escudo que me livre dos ministros de vossa justiça. Amém.
Pai-Nosso; Ave-maria; Glória-ao-Pai...
Para a Intercessão de São Gregório Papa:
Ó meu Senhor e Deus, Jesus Cristo, que admirávelmente revelastes o mistério de vossa Santíssima Paixão ao vosso bem-aventurado servo São Gregório: peço-vos que a este miserável pecador concedais alcançar aquela perfeita remissão de pecados, que o mesmo vosso venerável pontífice, com abundante autoridade apostólica, liberalmente concedeu a todos que verdadeiramente se arrependessem e meditassem o progresso de vossa admirável paixão. Que vives e reinas por todos os séculos dos séculos. Amém.
Estas orações de São Gregório e Pai-nossos e Ave-marias que tenho rezado, ofereço-vos aos sagrados merecimentos da paixão e morte de meu Senhor, a quem peço mas que receba em desconto e satisfação de minhas culpas e pecados, confirmando o que São Gregório e outros pontífices tem concedido a quem as rezar diante da imagem do mesmo Senhor: e de tudo quanto ganho e minha vontade que Deus Nosso Senhor aplique o que for servido para tirar do purgatório a alma que seja mais que minha obrigação de seu santo serviço, bem e glória. Amém.
Se não lhe demos causa, importa utilizar bem esta provação.
Para ser bem entendido aos dirigidos esta doutrina sobre as consolações e as securas, é necessário repeti-la muitas vezes; porque apesar de tudo, eles crêem que vão muito melhor, quando tudo corre a medida de seus desejos, do que quando é necessário remar contra a correnteza. Pouco a pouco, porém, faz-se luz; e as almas, que não se envaidecem no momento da consolação, nem perdem o ânimo no tempo da secura, estão próximas de fazerem progressos muito mais rápidos e constantes.
(Fonte: Compêndio de Teologia Ascética e Mística - Ed. Apostolado da Imprensa - 1962)A) Vasos sagrados: Cálice e Patena
O cálice é um vaso sagrado que se usa no Santo Sacrifício da Missa, para a consagração do vinho no sangue do Senhor. Sua forma variou muito com o passar dos séculos. Enquanto vigorou a comunhão sob as duas espécies, os cálices eram grandes. Chamavam-se ministeriais. Eram providos de duas asas para facilitar seu transporte. Tinham essas dimensões enormes devido um grande número de comungantes. Desde que ficou privada aos leigos a comunhão sob as duas espécies, reduziu-se o tamanho do cálice e sumiram-se as asas, já que agora eram desnecessárias.
Nos oitos primeiros séculos, não se havia regra sobre a matéria para a confecção dos cálices. Por isso, nessa época aparecem cálices de diversos materiais: madeira, mármore, ágata, cobre, estanho; muito mais vezes, porém, são de vidro, de cristal, de ouro e prata.
Segundo as normas litúrgicas da igreja em vigor atualmente, a Igreja exige que a copa do cálice seja de ouro ou de prata dourada no seu interior (em caso de pobreza pode-se empregar estanho dourado).
A consagração do cálice é executada pelo bispo, único com poderes para fazer essa consagração. O cálice perde a consagração quando: a). Quando sofreu lesões ou mutações que lhe tiraram a forma primitiva e o tornaram impróprio para o uso a que se destinava. b). Quando lhe foi dado um mal uso ou foi posto a venda. O cálice e a patena não perdem sua consagração pelo uso constante ou se for reformado.
A Patena (do latim "patina", prato) é uma espécie de prato de forma redonda que serve para receber a sagrada Hóstia. A patena outrora era um prato de grandes dimensões, no qual os fiéis depositam os pães trazidos para serem consagrados. Era a patena ministerial, correspondente ao cálice de igual nome. Hoje o tamanho é bastante reduzido, proporcional a copa do cálice. Sua consagração se dá apenas pelo bispo, conforme o cálice.