No Símbolo, vemos a seguir a palavra "Pai". Ora dar-se a Deus nome de "Pai" sob vários pontos de vista. Necessário pois, explicar primeiro o sentido, que lhe cabe este lugar.
Ainda que a fé não alumiasse suas trevas, chegaram alguns a reconhecer que Deus é uma substância eterna, da qual tiveram origem todas as coisas, e cuja providência tudo governa, e tudo conserva em sua ordem e posição.
Assim como chamamos de pai a quem funda uma família, e a dirige com critério e autoridade, assim quiseram eles, por analogia chamar de Pai, a quem reconheciam como criador e governador de todas as coisas.
A sagrada escritura emprega o termo também no mesmo sentido. Falando de Deus, devemos lhe atribuir a criação, o domínio e a admirável provisão de todas as coisas (Deut 32,6).
Pelo nome de Pai, a revelação nos permite entrever aos poucos o que se acha profundamente oculto e encerrado naquela "luz inacessível onde Deus habita (Hebr 2,11)", mistérios que a perspicácia do espírito humano não podia certamente atingir, nem tão pouco suspeitar.
O termo indica que, na unidade da natureza divina, não podemos crer na existência de uma pessoa, mas de várias pessoas realmente distintas.
(Fonte: Catecismo da Igreja Católica - 1962 - Ed. Vozes)
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