domingo, 1 de julho de 2007

5º Domingo depois de Pentecostes


A liturgia deste domingo nos ensina o modo como devemos perdoar as injúrias e, como no anterior, tem aqui esta doutrina dois elementos por base: a história de Davi que continua a ler-se no breviário e uma passagem da Epístola de S. Pedro cuja festa celebramos nesta semana.

Uma grande lição de caridade se desprende destas considerações e compreendemos agora a escolha do Evangelho e da Epístola que nos pregam ambos o dever impreterível de perdoar. "Sede pois unânimes na oração e não deis mal por mal, nem ultraje por ultraje", diz a Epístola. "Se apresentares a tua oferta no altar, diz o Evangelho, e te lembrares de que o teu irmão tem algo contra ti, deixa diante do altar a tua oferta e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão". A comunhão da missa exprime os sentimentos de Davi ao apoderar-se da cidade de Sião e mandar colocar nela a Arca do Senhor. Isto foi a recompensa da sua invencível caridade, dessa virtude indispensável para que o culto tributado a Deus pelo homem no templo santo lhe seja verdadeiramente agradável. A Epístola e o Evangelho salientam o que é sobretudo quando nos reunirmos para orar que mais nos devemos unir. O melhor meio para alcançar esta virtude é o amor de Deus e desejo veemente dos bens eternos e da felicidade que reina na corte do Deus vivo, onde se entra senão pela porta estreita da renúncia e da abnegação cristã.

Nenhum comentário: