domingo, 6 de janeiro de 2008

SOLENIDADE DA EPIFANIA DO SENHOR








A festa da Epifania que, antes de ser introduzida em Roma, já existia nas Igrejas do Oriente e em algumas do Ocidente, parece ter sido sua origem uma festa do Natal; o dia 06 de janeiro era para essas Igrejas, pouco mais ou menos o que o Natal de 25 de Dezembro, era para a Igreja de Roma.



Introduzida em Roma na segunda metade do século IV, a festa da Epifania tornou-se como que o complemento do Natal. A Igreja celebra hoje a manifestação de Nosso Senhor ao mundo inteiro e o grau de esplendor do mistério da Encarnação. São Leão e com ele toda a tradição cristã viu que nos reis magos, que pressurosos correm aos pés de Cristo, as primícias da gentilidade: eles trazem atrás de si todos os povos da Terra e, por isso, o mistério da Epifania, manifestação de Cristo ao mundo, abarca toda a história do mundo; é um mistério que os magos indicaram o começo, mas que continua a se desenrolar a medida que a Igreja se expande.



É este o sentido da grandiosa profecia de Isaías que a Igreja nos apresenta ao mesmo tempo na Epístola e nas lições das orações de Matinas. São Leão não deixa de se referir a este ponto. São ainda os frutos e conseqüências do mistério da Encarnação do Verbo que a Igreja canta na Antífona do Magníficat de 2ª Vésperas do Breviário Romano, ajuntando a vocação dos magos a sua união com Cristo, prefigurado pelas bodas de Cana, e o batismo dos seus filhos, anunciado pelo Senhor nas águas do Jordão.



Evangelho da Festa:



Continuação do Santo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus: Naquele tempo:
Tendo, pois, Jesus nascido em Belém de Judá, no tempo do rei Herodes, eis que magos vieram do oriente a Jerusalém.
Perguntaram eles: Onde está o rei dos judeus que acaba de nascer? Vimos a sua estrela no oriente e viemos adorá-lo.
A esta notícia, o rei Herodes ficou perturbado e toda Jerusalém com ele.
Convocou os príncipes dos sacerdotes e os escribas do povo e indagou deles onde havia de nascer o Cristo.
Disseram-lhe: Em Belém, na Judéia, porque assim foi escrito pelo profeta:
E tu, Belém, terra de Judá, não és de modo algum a menor entre as cidades de Judá, porque de ti sairá o chefe que governará Israel, meu povo(Miq 5,2).
Herodes, então, chamou secretamente os magos e perguntou-lhes sobre a época exata em que o astro lhes tinha aparecido.
E, enviando-os a Belém, disse: Ide e informai-vos bem a respeito do menino. Quando o tiverdes encontrado, comunicai-me, para que eu também vá adorá-lo.
Tendo eles ouvido as palavras do rei, partiram. E eis que e estrela, que tinham visto no oriente, os foi precedendo até chegar sobre o lugar onde estava o menino e ali parou.
A aparição daquela estrela os encheu de profunda alegria.
Entrando na casa, acharam o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se diante dele, o adoraram. Depois, abrindo seus tesouros, ofereceram-lhe como presentes: ouro, incenso e mirra. Avisados em sonhos de não tornarem a Herodes, voltaram para sua terra por outro caminho.
Anuncio da Páscoa:


Lefebvre, Dom Gaspar. Missal Quotidiano e Vesperal. Bruges, Bélgica; Abadia de S. André, 1960.

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