sexta-feira, 30 de maio de 2008

SOLENIDADE DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS







Nos séculos XVI e XVII o protestantismo e o Jansenismo procuravam deformar ou mesmo abolir por completo um dos dogmas essenciais do cristianismo - o amor de Deus aos homens. Era pois necessário que o Espírito de amor que orienta a Igreja, encontrasse meio novo de se opor à heresia nascente, por que a esposa de Cristo, longe de ver diminuir o seu amor a Jesus Cristo, o sentisse crescer cada vez mais. Foi então que apareceram os grandes precursores do novo culto ao Coração de Jesus, já precedidos na Idade Média pelas grandes figuras beneditinas de Gertrudes e Matilde. São João Eudes foi o primeiro a lançar o grito de alerta contra os perigosos e subversivos discípulos de Jansénio e instituiu em 1670 a missa e o ofício do Sagrado Coração de Jesus para uso particular da congregação que fundara. Pouco depois, em 1675, escolheu a providência uma filha espiritual de São Francisco de Sales, Santa Margarida Maria Alacoque, a qual Jesus mostrou o seu Coração em Paray Le Monial no segundo domingo depois de Pentecostes e pediu que estabelecesse uma festa do Sagrado Coração de Jesus na primeira sexta-feira depois deste mesmo domingo. Em 1765, Clemente XIII aprovou a festa e o ofício do Sagrado Coração e em 1856 o Papa Pio IX estendeu-a à Igreja universal. Em 1929, Pio XI compôs missa e Ofício novos para esta festa.
Continuação do Santo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo Segundo São João: Naquele tempo:
Os judeus temeram que os corpos ficassem na cruz durante o sábado, porque já era a Preparação e esse sábado era particularmente solene. Rogaram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas e fossem retirados.
Vieram os soldados e quebraram as pernas do primeiro e do outro, que com ele foram crucificados.
Chegando, porém, a Jesus, como o vissem já morto, não lhe quebraram as pernas,
mas um dos soldados abriu-lhe o lado com uma lança e, imediatamente, saiu sangue e água.
O que foi testemunha desse fato o atesta (e o seu testemunho é digno de fé, e ele sabe que diz a verdade), a fim de que vós creiais.
Assim se cumpriu a Escritura: Nenhum dos seus ossos será quebrado (Ex 12,46).
E diz em outra parte a Escritura: Olharão para aquele que transpassaram (Zc 12,10).


Lefebvre, Dom Gaspar. Missal Quotidiano e Vesperal. Bruges, Bélgica; Abadia de S. André, 1960.



Suávi jugo tuo domináre, Dómine, in médio inimicórum tuórum.

Nenhum comentário: