
sábado, 31 de maio de 2008
FESTA DE NOSSA SENHORA RAINHA

sexta-feira, 30 de maio de 2008
SOLENIDADE DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS





Nos séculos XVI e XVII o protestantismo e o Jansenismo procuravam deformar ou mesmo abolir por completo um dos dogmas essenciais do cristianismo - o amor de Deus aos homens. Era pois necessário que o Espírito de amor que orienta a Igreja, encontrasse meio novo de se opor à heresia nascente, por que a esposa de Cristo, longe de ver diminuir o seu amor a Jesus Cristo, o sentisse crescer cada vez mais. Foi então que apareceram os grandes precursores do novo culto ao Coração de Jesus, já precedidos na Idade Média pelas grandes figuras beneditinas de Gertrudes e Matilde. São João Eudes foi o primeiro a lançar o grito de alerta contra os perigosos e subversivos discípulos de Jansénio e instituiu em 1670 a missa e o ofício do Sagrado Coração de Jesus para uso particular da congregação que fundara. Pouco depois, em 1675, escolheu a providência uma filha espiritual de São Francisco de Sales, Santa Margarida Maria Alacoque, a qual Jesus mostrou o seu Coração em Paray Le Monial no segundo domingo depois de Pentecostes e pediu que estabelecesse uma festa do Sagrado Coração de Jesus na primeira sexta-feira depois deste mesmo domingo. Em 1765, Clemente XIII aprovou a festa e o ofício do Sagrado Coração e em 1856 o Papa Pio IX estendeu-a à Igreja universal. Em 1929, Pio XI compôs missa e Ofício novos para esta festa.
Continuação do Santo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo Segundo São João: Naquele tempo:
Os judeus temeram que os corpos ficassem na cruz durante o sábado, porque já era a Preparação e esse sábado era particularmente solene. Rogaram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas e fossem retirados.
Vieram os soldados e quebraram as pernas do primeiro e do outro, que com ele foram crucificados.
Chegando, porém, a Jesus, como o vissem já morto, não lhe quebraram as pernas,
mas um dos soldados abriu-lhe o lado com uma lança e, imediatamente, saiu sangue e água.
O que foi testemunha desse fato o atesta (e o seu testemunho é digno de fé, e ele sabe que diz a verdade), a fim de que vós creiais.
Assim se cumpriu a Escritura: Nenhum dos seus ossos será quebrado (Ex 12,46).
E diz em outra parte a Escritura: Olharão para aquele que transpassaram (Zc 12,10).
Lefebvre, Dom Gaspar. Missal Quotidiano e Vesperal. Bruges, Bélgica; Abadia de S. André, 1960.
quinta-feira, 29 de maio de 2008
Santa Joana D'arc, Virgem e Martir
Nascida em Domremy , Champagen , França em 1412 , morreu em Rouen em 31 de maio de 1431. O pai de Joana, Jaques D’Arc era um fazendeiro e Joana nunca aprendeu a ler ou a escrever. Quando ela tinha 13 ou 14 anos ela teve a sua primeira experiência mística. Ela ouviu uma voz chamando-a e acompanhada de uma luz. Ela recebeu as visões quando cuidava das ovelhas do seu pai. Visões posteriores eram compostas de mais vozes e ela foi capaz de identificar as vozes como sendo de São Miguel, Santa Catarina de Alexandria e Santa Margarete entre outras. Em 1428 suas mensagens tinham um fim especifico. Era para se apresentar-se para Robert Bauricourt , que comandava o exercito do rei na cidade próxima. Joana convenceu um tio a leva-la, mas Robert riu dela e comentou com o seu pai que ele deveria disciplina-la.Mas as visões continuaram e secretamente ela deixou sua casa e retornou a Vancoulers. Baudricourt duvidou dela, mas modificou sua posição quando chegaram as noticias de sérias derrotas nas batalh
as de Herrings do lado de fora de Orleans em fevereiro de 1429 exatamente conforme Joana havia predito. Ele enviou Joana com uma escolta para o falar com o Rei e ela escolheu viajar disfarçada com roupas de homem para sua própria proteção. Em Chinon, o rei Carlos estava disfarçado, mas ela o identificou e por sinais secretos eles se comunicavam e ela o convenceu a acreditar na origem divina das sua visões e da sua missão.Ela pediu uma tropa de soldados para ir a Orleans .O seu pedido foi muito questionado na corte e ela foi enviada para ser examinada por um painel de teólogos em Poities. Após um exame de tres semanas o painel aconselhou a ao rei Carlos que fizesse uso dos seus serviços. Diz a tradição que um dos membros do painel era um cardeal que conhecia a verdadeira aparência de Santo Miguel, muito bem guardado nos arquivos de Roma e quando perguntou a Joana com era São Miguel, ela o descreveu exatamente como estava descrito no arquivo secreto em Roma. A ela foi dada a tropa e um estandarte especial feito para ela com a inscrição "Jesus:Maria" e o símbolo da Santíssima Trindade na qual dois anjos presenteavam a ela uma flor de lis e Joana vestia um armadura branca e sua tropa entrou em Orleans em 29 de abril .Sua presença revigorou a cidade e em 8 de maio as forças inglesas que cercavam a cidade foram capturadas.Ela foi ferida no peito por uma flecha o reforçou a sua reputação de guerreira.Ela começou uma campanha em Loire com o Duque d’ Alençon, e eles se tornaram grandes amigos.A campanha teve grande sucesso em parte graças ao elevado moral das tropas, com a presença de Joana e as tropas britânicas se retiraram para Paty e de lá para Troyes. Joana agora estava tentando fazer com que o rei aceitasse a sua responsabilidade e lutou pela sua coroação em 17 de julho de 1429. E a missão de Joana, conforme as suas visões, estava completada.Daí em diante devido ao fato que Carlos não forneceu se nem suporte nem sua presença conforme prometido, Joana sofreu varias derrotas.
O ataque a Paris falhou e ela foi ferida na coxa. Durante a trégua de inverno Joana ficou na corte onde ela continuava sendo vista com ceticismo .Quando as hostilidades recomeçaram ela foi para Compiegne onde os franceses estavam resistindo ao cerco dos Burbundians. A ponte movediças foi fechada muito cedo e Joana e suas troas ficaram do lado de fora. Ela foi capturada e levada ao Duque de Burgundy em 24 de maio. Ela ficou prisioneira até o fim do outono. O rei Carlos não fez nenhum esforço em liberta-la. Ela havia previsto que o castelo seria entregue ao ingleses e assim aconteceu. Ela foi vendida aos lideres ingleses na negociação. Os ingleses estavam determinados a ficarem livres do poder de Joana sobre os soldados franceses . Como os ingleses não podiam executa-la por estar em uma guerra eles forjaram uma maneira de julga-la como herege .Em 21 de fevereiro de 1431 ela apareceu a um tribunal liderado por Peter Cauchon, bispo de Beauvais, o qual tinha esperança que os ingleses o ajudariam a faze-lo Arcebispo de Rouen. Ela foi interrogada sobre as vozes, sua fé e sua vestimenta masculina. Um sumário falso e injusto foi feito e suas visões foram consideradas impuras em sua natureza, uma opinião suportada pela Universidade de Paris. O tribunal declarou que, se ela se recusasse a retratar, seria entregue aos seculares como um herege . Mesmo sob tortura ela recusou a se retratar. Quando finalmente ela foi trazida para uma sentença formal no Cemitério de Santo Ouen, diante de uma enorme multidão ela retratou-se apenas um pouco e de forma bastante incerta e foi devolvida a prisão e voltou a vestir as roupas masculinas que havia concordado em abandonar. Ela teve a coragem de declarar que tudo que ela havia dito antes era verdade e que ela havia recuperado a sua coragem e que Deus havia na verdade enviado ela para salvar a França dos ingleses.Assim no dia 30 de março de 1431 ela foi levada a praça pública do mercado em Rouen e queimada viva. Joana não tinha completado 20 anos. Suas cinzas foram atiradas no Sena. Em 1456 sua mãe e dois irmãos apelaram para a reabertura do caso, com o que o Papa Calistus III concordou.O julgamento e o veredicto foram anulados e ela foi canonizada como uma santa virgem e mártir. Ela era chamada La Pucelle "a Vir
gem de Orleans" .Na arte litúrgica da Igreja Santa Joana é mostrada como uma garota numa armadura, com uma espada, ou uma lança e as vezes com uma bandeira com as palavras "Jesus:Maria" e as vezes com um capacete .Nas pinturas mais antigas, ela tinha longos cabelos caindo nas suas costas, para mostrar que ela era virgem. Ela as vezes ela é mostrada incentivando o rei , ou seguida de uma tropa ou em roupas femininas com um espada. Popularmente venerada por séculos, foi finalmente beatificada em 1909 e canonizada em 1920. Foi declarada oficialmente padroeira da França em 1922.Sua festa e celebrada no dia 30 de maio.
quarta-feira, 28 de maio de 2008
Catecismo Online: "Creio no Espírito Santo" (Parte IV)
Cristo Nosso Senhor disse, numa ocasião em que falava do Espírito Santo: "Ele me glorificará, porque há de tomar o que é meu"(Jo 16,14).
Ainda que as operações exteriores da Santíssima Trindade são comum as três pessoas, muitas delas se atribuem como próprias do Espírito Santo, para entendermos que partem do imenso amor de Deus para conosco. Já que o Espírito Santo procede da vontade divina, e enquanto abrasada de amor, é óbvio que as operações, atribuídas propriamente ao Espírito Santo, promanam do soberano amor de Deus para conosco.
Por isso, o Espírito Santo chama-se "dom", conceito que exprime uma doação, feita por benevolência, a título gratuito, sem nenhum interesse de retribuição. Se o Apóstolo pergunta: "Que temos nós, que de Deus não temos recebido?"(1Cor 4,7) - devemos reconhecer, com piedosa gratidão, que todos os bens e benefícios que de Deus recebemos, nos foram concedidos por mercê e graça do Espírito Santo.

São várias, porém, as suas operações. Sem realçar aqui a criação do mundo, a propagação e a direção das criaturas - assunto já tratado no primeiro artigo do credo - acabamos de ver, há pouco, que o Espírito Santo se atribui de modo peculiar a vivificação, conforme o atesta Ezequiel: "Dar-vos-ei o Espírito, e vivereis"(Ezeq 37,6).
Ora, os efeitos principais e mais próprios do Espírito Santo, o profeta os enumera: "O Espírito de sabedoria e inteligência, o Espírito de conselho e de fortaleza, o Espírito de ciência e de piedade, e o Espírito de do temor de Deus"(Isa 11,2-3; ver também: Gal 6,2).
Estes efeitos se chama dons do Espírito Santo, e por vezes levam até o nome de Espírito Santo. Por conseguinte, quando ocorre nas Escrituras o nome de "Espírito Santo", é com prudência que Santo Agostinho nos manda verificar se designa a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, ou apenas seus dons e operações. Estes dois sentidos diferem tento entre si, quanto cremos que o Criador difere das criaturas.

São estes os pontos que exigem maior explicação, pois que pelos dons do Espírito Santo chegamos a conhecer as normas da vida cristã, e por eles podemos verificar se em nós habita o Espírito Santo.
Entre todos e mais dons de sua liberalidade, devemos enaltecer a graça de justificação, porquanto nos assinala com o "prometido Espírito Santo, que é penhor de nossa herança"(Efe 1,13-14).
Esta é que, num elo íntimo de amor, une nossa alma a Deus. Tem por efeito que, abrasados por intenso ardor de piedade, começamos vida nova; que, "participando da natureza divina"(2Ped 1,4), "recebemos o nome de filhos de Deus, e o somos na realidade"(1Jo 3,1).
(Fonte: Catecismo da Igreja Católica - 1962 - Ed. Vozes)
segunda-feira, 26 de maio de 2008
Liturgia: Funerais

dade ensina a fé, que estão junto de Deus. Desde o século IV, vemos crescida a concorrência, formando o cortejo fúnebre. Levavam tochas; cantavam salmos. A missa era rezada de corpo presente. Terminava a cerimônia lutuosa com o ágape, que era, a princípio, uma refeição de caridade oferecida aos pobres, em homenagem ao falecido. Suprimiu-a a Igreja, por causa dos abusos que haviam introduzido.
ia das Exéquias, vai o clero em procissão, à casa do falecido, buscar o cadáver. Junto do túmulo, o celebrante recita o De profundis. Depois, encaminham-se para a Igreja, cantando o Miserere. Entrados, canta-se salmos o Subvenite. Depositam o cadáver de forma que sua face fique voltada para o altar, e caso sendo um leigo, e voltado para a assistência, caso seja um sacerdote, como querendo ministrar-lhe os derradeiros e supremos ensinamentos.
domingo, 25 de maio de 2008
II Domingo Depois de Pentecostes: "Trazei aqui os pobres, os estropiados..." (Ev.)

A Igreja fixou a celebração da festa do Corpo de Deus na quinta-feira que segue o primeiro domingo depois de pentecostes. Uma coincidência feliz colocou-a entre os dois domingos em que a epístola e o evangelho falam sobre a misericórdia divina e do dever da caridade fraterna que daí deriva para todos os homens. No evangelho do segundo domingo lemos que o reino dos céus é semelhante a um banquete nupcial. E nada pode simbolizar melhor, com efeito, a sagrada eucaristia, que é o banquete por excelência da união das almas com Jesus Cristo, seu esposo, e com todos os membros do corpo místico.
E à hora da ceia, enviou seu servo para dizer aos convidados: Vinde, tudo já está preparado.
Mas todos, um a um, começaram a escusar-se. Disse-lhe o primeiro: Comprei um terreno e preciso sair para vê-lo; rogo-te me dês por escusado.
Disse outro: Comprei cinco juntas de bois e vou experimentá-las; rogo-te me dês por escusado.
Disse também um outro: Casei-me e por isso não posso ir.
Voltou o servo e referiu isto a seu senhor. Então, irado, o pai de família disse a seu servo: Sai, sem demora, pelas praças e pelas ruas da cidade e introduz aqui os pobres, os aleijados, os cegos e os coxos.
Disse o servo: Senhor, está feito como ordenaste e ainda há lugar.
O senhor ordenou: Sai pelos caminhos e atalhos e obriga todos a entrar, para que se encha a minha casa.
Pois vos digo: nenhum daqueles homens, que foram convidados, provará a minha ceia.
sábado, 24 de maio de 2008
Contra-Reforma: A reforma protestante


Os livros do Antigo Testamento são 45 (depende um pouco da divisão que se faça), reconhecidos autênticos pela Igreja católica. Estes livros foram quase todos escritos em hebraico; e uns em língua caldaica e em grego.
Convém fazer algumas distinções primeiras quanto aos nomes:
1) Cânon, do grego Kanón = regra, medida e catálogo;
2) Canônico = livro catalogado - o que significa que também é inspirado por Deus;
3) Protocanônico = livro catalogado próton, isto é, em primeiro lugar ou sempre catalogado;
4) Deuterocanônico = livro catalogado, déuteron ou em segunda instância, posteriormente (após ter sido controvertido);
5) Apócrifo, do grego apókryphon = livro oculto, isto é, não lido nas assembléias públicas de culto, reservado à leitura particular. Em conseqüência, livro não canônico, não catalogado, embora tenha aparência de livro canônico (Evangelho segundo Tomé, Evangelho da Infância, Assunção de Moisés...)
Examinemos como foi formado o atual cânon do Antigo testamento.
As passagens bíblicas começaram a ser escritas esporadicamente desde os tempos anteriores a Moisés. Todavia, Moisés foi o primeiro codificador das tradições orais e escritas de Israel, no século XIII A. C. A essas tradições (leis, narrativas, peças litúrgicas) foram sendo acrescidos, aos poucos, outros escritos no decorrer dos séculos, sem que os judeus se preocupassem com a catalogação dos mesmos.
Já no século I da era Cristã, como os apóstolos começaram a escrever os primeiros livros cristãos (cartas de S. Paulo, Evangelhos...), que se apresentavam como a continuação dos livros sagrados dos judeus, estes reuniram-se no Sínodo de Jâmnia, ao sul da palestina, por volta do ano 100 d.C., a fim de estabelecer as regras que caracterizariam os livros sagrados (inspirados por Deus). Foram estipulados os seguintes critérios:
1 - O livro sagrado não pode ter sido escrito fora da terra de Israel,
2 - ... não em língua aramaica ou grega, mas somente em hebraico,
3 - ... não depois de Esdras (458-428 a.C.),
4 - ... não em contradição com a Torá ou Lei de Moisés.
Em conseqüência, os judeus da palestina fecharam seu cânon sagrado sem reconhecer livros e escritos que não obedeciam a tais critérios. Acontece, porém, que em Alexandria, no Egito, havia uma próspera colônia judaica que, vivendo em terra estrangeira e falando língua estrangeira (o grego), não adotou os critérios nacionalistas estipulados pelos judeus de Jâmnia. Os judeus de Alexandria chegaram a traduzir os livros sagrados hebraicos para o grego entre 250 e 100 a.C., dando assim origem à versão grega dita "Alexandrina" ou "dos setenta intérpretes".
Essa edição bíblica contém livros que os judeus de Jâmnia não aceitaram, mas que os de Alexandria liam como "Palavra de Deus"; assim são os livros de Tobias, Judite, Sabedoria, Baruque, Eclesiástico ou Sirácida, 1o e 2o dos Macabeus, além de Ester 10,4 - 16,24 e Daniel 3,24-90; 13ss).
Podemos, pois, dizer que havia dos cânones entre os judeus no início da era cristão: o restrito, da Palestina, e o amplo, de Alexandria.
O grupo de judeus que se reuniu em Javneh (Jâmnia) se converteu no grupo dominante d
a historia judaica posterior, e hoje muitos judeus aceitam o cânon de Javneh. Contudo, alguns judeus, como os de Etiópia, seguem um cânon diferente que é idêntico ao Antigo Testamento Católico e inclusive os sete livros deuterocanônicos (cf. Enciclopédia Judaica, vol. 6, p. 1147). Como é lógico, a Igreja não tomou em conta as conclusões de Jâmnia. Primeiro, um concílio judeu posterior a Cristo não tem autoridade sobre os seguidores de Cristo. Segundo, Jâmnia rechaçou precisamente aqueles documentos que são fundamentais para a Igreja Cristã - os Evangelhos e os demais documentos do Novo Testamento. Terceiro, ao rechaçar os deuterocanônicos, Jâmnia rechaçou livros que haviam sido usados por Jesus e os apóstolos e que estavam na edição da Bíblia que os apóstolos usavam na vida cotidiana - a Septuaginta. Como os judeus em todo o mundo que usavam a Septuaginta, os primeiros cristãos aceitaram os livros que encontraram nela. Sabiam que os apóstolos não os guiariam erroneamente nem poriam suas almas em perigo, pondo em suas mãos falsas escrituras - especialmente sem adverti-los contra elas.Os apóstolos e evangelistas, ao escreverem o Novo Testamento em grego, citavam o Antigo Testamento, usando a tradução grega de Alexandria, mesmo quando esta diferia do texto hebraico (ver Mt 1,23 quando cita Is 7,14; e Hb 10,5 (cita Sl 40,6). Esta tornou-se a forma comum entre os cristãos; em conseqüência, o cânon amplo, incluindo os sete livros já citados, passou para o uso dos cristãos.
No começo do cristianismo, como conseqüência da existência desses dois cânones, o de Alexandria e o da Palestina, havia uma certa confusão sobre quais deveriam ser seguidos.
O papa S. Dâmaso, no ano 374, confiou a S. Jerônimo o cuidado de coligir e traduzir os livros santos, sujo conjunto forma o atual cânon ou catálogo da Igreja.
O Catolicismo reconheceu sempre, e o Concílio Tridentino confirmou a lista de S. Dâmaso.
Quem confere veracidade ao papel?
É unicamente através da Igreja que se distinguem os livros sagrados dos apócrifos. Os protestantes, ao negarem o papel da tradição, acabam caindo em erros muito graves, visto que não têm como escolher os livros de sua Bíblia. Sem a tradição, como escolher os livros inspirados ou não? E mais, sem a autoridade infalível da Igreja, não há Bíblia que possa ter valor, pois quem confere autenticidade ao papel?
Mesmo em relação ao Novo Testamento havia discordância no início do cristianismo. Livros como Hebreus, Tiago, 2 Pedro, 2 e 3 João, e Apocalipse, permaneceram arduamente discutidos até que se estabeleceu o cânon definitivo.
Não é razoável a interpretação protestante, visto que esta acaba dizendo que a bíblia se prova pela bíblia. Ora, isso é uma temeridade. A Bíblia se prova pela Igreja que a compôs!
A Igreja Católica adotou o cânon grego.
Os protestantes adotaram o cânon farisaico.
Durante 15 séculos, a Igreja universal, tanto a latina como a grega, usou a bíblia grega.
Os escritores do século II só conheciam o antigo testamento pela recensão grega, dita dos setenta, e portanto, não distinguiam entre os livros que dizemos protocanônicos e os deuterocanônicos. Citam tanto estes como aqueles, com igual confiança, como sendo a palavra de Deus revelada.
Quem confere veracidade à Sagrada Escritura ou não é a tradição. Nosso Senhor nunca mandou que se escrevesse um livro, muito pelo contrário: "Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda a criatura" (daí a palavra universal em oposição a uma igreja de um povo, de uma classe, etc). Pregar não é o mesmo que escrever, mas que falar, que transmitir oralmente, etc.
A própria Bíblia diz, claramente, que Jesus Cristo fundou uma Igreja sobre Pedro (Mt 16, 18), diz que estaria com ele até o fim do mundo (Mt 28, 13-20), que lhe dava as chaves do reino do céu (Mt 16, 19), que esta Igreja seria coluna e firmamento da verdade (1 Tim 3, 15), que é preciso escutar esta Igreja sob pena de ser tratado como um pagão (Mt 18, 17). Diz ainda: Cristo mandou os apóstolos pregarem o evangelho, e nem fala na Bíblia, nem de espalhar bíblias (Mc 16, 20)
Deus, em sua infinita bondade, não deixou suas criaturas relegadas à sua própria sorte ou 'interpretação' subjetiva (isto é, cada um interpreta como quer a Bíblia, segundo sua 'inspiração) de sua vontade. Ele nos deixou um "corpo místico" vivo, que se desenvolve no tempo. Ainda afirmou à sua Igreja: "Quem vos escuta a mim escuta, quem vos despreza, a mim despreza" (Lc. 10, 16). "Estarei convosco até o fim dos séculos" (Mt 28, 20).
A Bíblia só serve quando interpretada pela autoridade competente, "Deus é a verdade - Ego sum veritas" (Jo 14, 6). "O homem é a mentira - Omnis homo mendax" (Rom 3, 4). Em outras palavras, a interpretação da verdade não pode ser feita por homens falíveis, mas necessita de uma autoridade infalível.
Em parte alguma Cristo disse: quem ler este livro, conhecerá a minha vontade. Ele disse: "Quem vos escuta a vós, a mim escuta" (Lc 10, 16).
Apenas alguns discípulos (dois eram Bispos) é que escreveram o Novo Testamento, e muitos anos após a morte de Nosso Senhor. Tanto o Novo Testamento quanto o Antigo Testamento foram escritos baseados na tradição oral.
A Bíblia manda seguir a Tradição
1)"Em nome de Nosso Senhor, Jesus Cristo, mandamos que vos afasteis de todo irmão que se entrega à preguiça e não segue a tradição que de nós recebestes" (2 Tm 3,6).
2)"Tu, pois, meu filho, sê forte na graça de Cristo, e o que de mim ouviste perante muita testemunha confia-o a homens fiéis capazes de ensinar a outros" (2 Tm. 1-2). Eis aqui a tradição oral.
Nem tudo está na Bíblia:
"Há ainda muitas coisas feitas por Jesus, as quais, se se escrevessem uma por uma, creio que este mundo não poderia conter os livros que se deveriam escrever" (Jo 21,25).
S. Paulo: "Irmãos, ficai firmes e conservai as tradições que aprendestes, quer por palavra, quer por escrita nossa" (2 Tess 2,15).
E como ficam os protestantes sem a tradição e sem a Igreja? O Antigo Testamento prescreve uma série de normas que não foram abolidas pela Bíblia, mas pela Igreja. Como fica a observância dessas normas se só a Bíblia é fonte de revelação?
Exemplos: Não acender fogo (para cozinhar) em nenhuma moradia no sábado (Ex. 35,3). Não semear diferentes espécies no mesmo campo (Lev. 19,19). Não semear e colher nada, nos campos e na vinha, no ano sabático (Ex. 23, 10-11) e (Lev. 25 3-5). Não comer os frutos das árvores nos primeiros três anos (Lev 19, 23-25).
Só a Bíblia, dizem os protestantes, tudo deve apoiar-se sobre a Bíblia! Mas por que então Cristo não deu esta Bíblia? Por que ele não disse aos apóstolos: Sentai-vos e escrevei o que vos dito, ou, então, viajai e distribui bíblias; em vez de: 'ide e pregai - quem vos ouve, ouve a mim" (Lc 10, 16). E os apóstolos foram fiéis à sua missão; poucos escreveram, e escreveram pouco; mas todos pregaram, e pregaram muito.
Se basta a Bíblia, para que servem os pastores protestantes? Por que estas casas de culto... desde que há uma Bíblia em casa?
Ora, o que convém conhecer é menos a letra que o espírito. A observação é de S. Paulo: "A letra mata, mas o espírito vivifica" (2 Cor 3, 6). Deus fez o sacerdote "ministro do espírito e não da letra" (2 Cor 3, 6).
A Bíblia do Antigo Testamento existia no tempo de Jesus Cristo; entretanto, Ele nunca recomendou aos seus apóstolos a leitura da Bíblia; nem que adquirissem uma Bíblia, mas recomendou que escutassem àqueles que lhes explicavam a Bíblia, de modo autêntico, fossem eles até homens perversos e viciados, desde que constituem a autoridade legítima: "Sobre a cadeira de Moisés se assentaram os escribas e os fariseus; observai, pois, e fazei tudo o que eles vos disserem; mas não imiteis as suas ações" (Mt 23, 2).
Fica claro que o Mestre não recomenda "ler a Bíblia", mas praticá-la, conforme as explicações dos chefes capazes de interpretá-la.
A Sagrada Escritura condena o "Livre Exame" Protestante
A) "Nenhuma profecia da Escritura é de interpretação pessoal" (2Pd, 1,20).
B) "A
ssim vos escreveu também o nosso caríssimo irmão Paulo, segundo a sabedoria que lhe foi dada, falando-vos dessas coisas, como faz também em todas as suas cartas. Nelas há, porém, alguma coisa difícil de compreender, que as pessoas pouco instruídas ou pouco firmes deturpam, como fazem também com as outras escrituras, para sua própria ruína" (2Pd 3, 15-16).C) "Muitas são as opiniões dos homens, e as más imaginações levam ao engano" (Eclo 3,24).
Como explicar que Deus deixaria o mundo ao "livre exame" em que cada um segue sua cabeça e justifica suas opiniões? E onde ficaria a frase de S. João: "Haja um só rebanho e um só pastor" (Jo 10, 16).
E só folhear o Ato dos Apóstolos e verificar que a Igreja, desde o começo, seguia a um só pastor, isto é, o sucessor de S. Pedro (o primeiro Papa).
Outra contradição do "livre exame" é o fato de existirem tantas "igrejas" protestantes, todas se dizendo inspiradas pelo mesmo 'espírito santo', e cada uma pregando uma doutrina diversa da outra.
Depois, se todos têm o "livre exame", como condenar o exame católico? Como julgar, sem ser através de uma Igreja infalível, se a interpretação de alguém está certa ou não? A inspiração não vem para todos? No fundo, os protestantes se acham, ainda que implicitamente, infalíveis em seu exame. Enquanto os católicos são falíveis individualmente e a Igreja é infalível, os protestantes, individualmente, se outorgam a "infalibilidade" que condenam nos católicos.
sexta-feira, 23 de maio de 2008
Teologia Ascética e Mística: Das virtudes e dos dons ou das faculdades da ordem sobrenatural - Do dons do Espírito Santo

om de piedade aperfeiçoa a virtude de religião, que se relaciona com a justiça, fazendo-nos ver em Deus um pai que somos venturosos de glorificar por amor. O dom da fortaleza completa a virtude do mesmo nome, excitando-nos a praticar o que há de mais heróico na paciência e na ação. Enfim o dom de temor, além de facilitar a esperança, aperfeiçoa em nós a temperança, fazendo temer os castigos e os males que resultam do amor ilegítimo dos prazeres.quinta-feira, 22 de maio de 2008
SOLENIDADE DE CORPUS CHRISTI - FESTA DO SANTÍSSIMO CORPO DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO (Dia Santo de Guarda)



Evangelho da Festa:
Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele.
Assim como o Pai que me enviou vive, e eu vivo pelo Pai, assim também aquele que comer a minha carne viverá por mim.
Este é o pão que desceu do céu. Não como o maná que vossos pais comeram e morreram. Quem come deste pão viverá eternamente.
Tal foi o ensinamento de Jesus na sinagoga de Cafarnaum.
quarta-feira, 21 de maio de 2008
Catecismo Online: "Creio no Espírito Santo" (Parte III)


terça-feira, 20 de maio de 2008
Semana Eucarística: "Pureza da alma para poder Comungar"
segunda-feira, 19 de maio de 2008
Semana Eucarística: Milagres eucarísticos

Vivam no mosteiro de São Legoziano os "monges de São Basílio". Um deles, que se sentia atormentado pela dúvida na crença católica da transubstanciação, segundo a tradição, durante uma missa, viu a hóstia, no momento do ato da consagração, converter-se em carne viva e o vinho em sangue vivo. A Hóstia-Carne apresentava, como ainda hoje se pode observar, uma coloração ligeiramente escura, tornado-se rósea se iluminada pelo lado oposto, e tinha uma aparência fibrosa; o Sangue era de cor terrosa (entre amarelo e o ocre), coagulado em cinco fragmentos de formas e tamanhos diferentes. Inicialmente essas relíquias foram conservadas num tabernáculo de marfim e, a partir de 1713, até hoje, passaram a ser guardadas numa custódia de prata, e o Sangue, num cálice de cristal.
Documentação de reconhecimento científico do fenômeno
A partir de 1574, aos reconhecimentos eclesiásticos do milagre, acrescentaram-se pronunciamentos científicos. Em novembro de 1970 os Frades Menores Conventuais, sob cuja responsabilidade se encontravam as substâncias, submeteram-nas a análise científica que foi confiada aos Dr. Odoardo Linoli, Chefe de Serviço dos Hospitais Reunidos de Arezzo e Livre Docente de Anatomia e de Histologia Patológica ede Química e Microscopia Clínica e ao professor Ruggero Bertelli, emérito de Anatomia Humana Normal na Universidade de Siena.
Após uma série de análises e constatações, o parecer foi publicado em "Quaderni Sclavo di diagnostica clinica e di laboratório", 1971, fasc. 3, Grafiche Meini, Siena, dizendo que:
A carne é carne verdadeira.
O sangue é sangue verdadeiro.
A carne seria do tecido muscular do coração (contém, em seção, o miocárdio, endocárdio, o nervo vago e, no considerável espessor do miocárdio, o ventrículo cardíaco esquerdo).
A carne e o sangue seriam do mesmo tipo sangüíneo (AB) e pertencem à espécie humana.
No sangue teriam sido encontrados, além das proteínas normais, os minerais cloreto, fósforo, magnésio, potássio, sódio e cálcio. As proteínas observadas no sangue teria
m sido encontradas normalmente fracionadas em percentagem a respeito da situação seroproteínica do sangue vivo normal. Ou, seja, é sangue de uma pessoa viva.A conservação da carne e do sangue, deixados em estado natural por doze séculos e expostos à ação de agentes físicos, atmosféricos e biológicos constituiria um fenômeno extraordinário.
Supõe-se que o sangue "AB" é o tipo de sangue encontrado no Santo Sudário. Este tipo de sangue é muito comum no povo Judeu. Outro fato interessante é que os cinco fragmentos, ao serem pesados têm exatamente o mesmo peso, não importa a combinação com que se pese. Por exemplo, tanto faz pesar um, dois ou todos fragmentos juntos, eles têm o mesmo peso.
O Milagre Eucarístico de Lanciano é considerado um dos mais famosos milagres eucarísticos relatados pela Igreja Católica, porém não é o único, aproximadamente 130 milagres eucarísticos relatados. Conta-se que na cidade de Cássia, na Itália também já aconteceu. Há relatos de que também tenha acontecido no Brasil, com o famoso Padre Cícero.
Liturgia: Procissões



sábado, 17 de maio de 2008
FESTA DA SANTÍSSIMA TRINDADE - Iº Domingo Depois de Pentecostes





Jesus, aproximando-se, lhes disse: Toda autoridade me foi dada no céu e na terra.
Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Ensinai-as a observar tudo o que vos prescrevi. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo.
Contra-Reforma: O Espírito perfeito para o surgimento do protestantismo


ainda no início do período moderno, sendo questionada por parte da população como práticas ultrapassadas. O clero católico passava por um período de grande corrupção moral e religiosa, provocados pelo pensamento renascentista que já entrara nos conventos e mosteiros. SÁBADO DAS TÊMPORAS DE PENTECOSTES

Saindo Jesus da sinagoga, entrou na casa de Simão. A sogra de Simão estava com febre alta; e pediram-lhe por ela.
Inclinando-se sobre ela, ordenou ele à febre, e a febre deixou-a. Ela levantou-se imediatamente e pôs-se a servi-los.
Depois do pôr-do-sol, todos os que tinham enfermos de diversas moléstias lhos traziam. Impondo-lhes a mão, os sarava.
De muitos saíam os demônios, aos gritos, dizendo: Tu és o Filho de Deus. Mas ele repreendia-os severamente, não lhes permitindo falar, porque sabiam que ele era o Cristo.
Ao amanhecer, ele saiu e retirou-se para um lugar afastado. As multidões o procuravam e foram até onde ele estava e queriam detê-lo, para que não as deixasse.
Mas ele disse-lhes: É necessário que eu anuncie a boa nova do Reino de Deus também às outras cidades, pois essa é a minha missão.
E andava pregando nas sinagogas da Galiléia.