Os cristãos devem crer, em primeiro lugar, as verdades que os santos Apóstolos, guias e mestres da fé, inspirados pelo Espírito Santo, distribuíram nos doze artigos do Símbolo.
Tendo recebido de Deus a ordem de irem como seus embaixadores, pelo mundo inteiro, a pregar o evangelho a toda criatura, acharam os apóstolos que se devia compor uma fórmula de fé cristã.
Serviria esta para que todos tivessem a mesma crença e a mesma linguagem, e não houvesse separações entre os que foram chamados à unidade da fé, mas fossem todos perfeitamente no modo de pensar e de sentir.
Esta profissão de fé e esperança cristã, que acabavam de redigir, os apóstolos chamam lhe Símbolo, ou porque de forma das várias proposições que cada um deles apresentou, ou porque devia servir de santo-e-senha para identificar os desertores, os irmãos falsos e intrusos, adulterados do evangelho, e assim distingui-los daqueles que verdadeiramente tomavam um santo compromisso na milícia de Cristo.
Muitas das verdades que a religião propõe aos fiéis, com a obrigação de aceitá-las numa fé inabalável, quer cada uma delas em particular, quer todas em seu conjunto.
Mas a primeira verdade é mais essencial, que todos devem acreditar, por ser propriamente a base e o resumo da revelação, consiste naquilo que o próprio Deus nos ensinou acerca da unidade da essência divina, da distinção das três pessoas, das operações que lhe são atribuídas de maneira mais particular.
Divide-se o Símbolo em três partes principais, como já dizia os artigos cristãos, quando se punha a explicá-lo com amor e cuidado. A primeira parte trata da primeira pessoa da natureza divina, e da prodigiosa obra da criação. A segunda trata da segunda pessoa e do mistério da redenção dos homens. A terceira afinal descreve, em várias fórmulas adequadas, a terceira pessoa, autor e princípio de nossa santificação.
As proposições dos Símbolo chamam-se artigo, de acordo com uma analogia que nossos santos padres usavam com freqüência. Na verdade assim como os membros do corpo humano se distinguem pelas articulações, assim também podemos chamar artigos às verdades que nessa profissão de fé de crer, distintas e separadas uma das outras.
(Fonte: Catecismo da Igreja Católica - Editora Vozes - 1962)
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