quinta-feira, 30 de agosto de 2007

30 de Agosto, Santa Rosa de Lima, Virgem e Padroeira da América Latina

Santa Rosa nasceu em Lima, capital do Peru, fundada em 1535 pelo conquistador Francisco Pizarro. Esta cidade surgiu com vocação para grandeza: deveria ser a capital do vice-reinado espanhol.



Rosa, mesmo não tendo consciência clara de tudo, viveu a tragédia do Ocidente cristão: a irrupção do protestantismo que rompeu a unidade religiosa; o surdo duelo da reforma e da Contra-Reforma; viveu também a empresa tirânica dos missionários protestantes empenhados em cristianizar rapidamente o novo mundo, uma vez que a Igreja de Cristo perdia o velho mundo.



Neste cenário de feitos grandiosos e dramáticos, a vida de Rosa passa quase que imperceptível. Foi breve, oculta, interior, eremítica, silenciosa. Por ser mulher não teve expressão social. Mas, mesmo assim, desde o princípio, o povo vibrou com rosa. Reconheceu suas virtudes e a chamou de santa muito antes de sua morte e declaração oficial do vaticano.


Nasceu no dia 30 de Agosto de 1586. Seu Pai escreveu cuidadosamente no seu livrinho de anotações familiares: "O parto foi sem dor e sem dificuldades, o que é considerado como 'milagre manifesto de sua Divina Majestade'; por isso eu dou infinitas graças a Deus.


Desejava ardentemente se consagrar a Deus. Para não contrariar seus pais entrou na ordem terceira dominicana na qual era fiel. Uma vida austera e carregada de penitências. Construiu uma cela estreita nos fundos do quintal da casa de seus pais onde vivia uma vida religiosa. Foi extremamente caridosa para com todos, especialmente para com os índios e negros, aos quais prestava os serviços mais humildes em caso de doença.


Conta-se que era constantemente visitada pela Virgem Maria e pelo Menino Jesus, que quis repousar certa vez entre seus braços e a coroou com uma grinalda de rosas, que se tornou seu símbolo. Também é afirmado que tinha constantemente junto a si seu Anjo da Guarda, com quem conversava. Ainda em vida lhe foram atribuídos muitos favores; milagres de curas, conversões, propiciação das chuvas e até mesmo o impedimento do saque de Lima pelos piratas holandeses em 1615.


Assemelhou-se tanto ao seu divino mestre que teve a graça de ganhar a morte com os sofrimentos da Paixão de seu amado Senhor. Morreu no dia 24 de agosto de 1617, aos 31 anos de idade. E considerada padroeira da América Latina.


(Garcia, Baijamin, Rosa de Lima. Ed. Paulinas. 1994. São Paulo)

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